E se, na verdade, Bela não fosse uma mulher? Como seria possível que a maldição da Fera fosse quebrada? Estaria ele fadado a viver como um monstro para o resto de sua vida?
Contando com vários elementos das versões do conto, desde as da Disney até a...
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"Quanto tempo ainda me resta?" era a pergunta que fazia todos os dias.
Eu não sabia qual era o tempo exato, mas sabia que se esgotava perigosamente a cada pétala caída. Ainda assim, nenhuma outra caíra desde o fedelho chegara a meu castelo.
O moleque não saía do quarto. Desde que eu lhe dera uma bronca, trancara-se lá dentro e não fazia menção de sair. Melhor assim. Quanto menos saísse, menos eu deveria me preocupar com outras tentativas de fuga.
Porém, com a presença dele ali, as palavras de Lumière martelavam em minha cabeça. Eu não teria uma esposa, não me livraria da maldição, entretanto... Eu realmente sentia falta da presença de outras pessoas. Não meus servos, mas pessoas comuns, pessoas... não amaldiçoadas.
Com certeza o moleque não quereria receber-me depois do que eu fizera. Ele me via como um monstro, e com razão. Eu quase o matara... Quase... perdera minha sanidade. A cada dia que passava eu sentia mais e mais o monstro rugindo em minhas entranhas, crescendo e se alastrando dentro de mim. Quando a última pétala caísse, tudo o que eu fora um dia sumiria. Não mais um homem, para sempre uma fera.
Eu tinha que combater a besta, tinha que lembrar-me do humano dentro de mim. E se a única forma de fazer aquilo fosse interagindo com meu prisioneiro, então eu me agarraria àquela deplorável alternativa.
Respirei fundo e segui para o corredor.
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