thirty five

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Soltei uma risada bem alta e esvaziei minha última garrafa de cerveja, minha cabeça girava feito um carrossel desordenado. Huh, porque diabos eu estava rindo mesmo?

Não faço ideia, só sei que metade do litro da vodka já havia ido embora e as garrafas de soju também, eu mal conseguia focar em algum ponto específico, via tudo embaçado.

- Puta merda, eu tô bem zonzo... - Reclamei, o que fez Baekhyun dar de ombros e fechar os olhos, sorrindo feito um idiota. - Porque tá rindo? Huh?

- Nada...

- Aish! - nem tinha motivo, mas minha parte não consciente achou uma ótima ideia explodir naquele momento. Virei o corpo na direção dele e apontei o dedo em seu rosto. - Você fala tão pouco, isso me irrita!

- Mas, hm... Eu não tenho nada pra falar, sabe... - Ele dizia devagarinho, provavelmente tão bêbado quanto eu.

- Tem sim, claro que tem, seus olhos dizem tudo que você não diz com a boca! Seus olhos... - Me aproximei e estreitei os olhos para focar nos dele. - Vê? São tãaaao profundos!

- Se meus olhos já dizem tudo, o que minha boca diz?

- Hm? Oh, faz sentido. Espera... - Aquela conversa não fazia sentido nenhum, mas tinha todo sentido do mundo na minha cabeça. Pensei, pensei, pensei... O que a boca dele dizia? Nada! Nada! - Que porra, seus olhos fazem o trabalho da sua boca, isso me deixa muuuuuito irritado! Irritado demais! Use a porra da sua boca! - eu dizia, convicto de minhas palavras. - Se você só fala com o olhar, sua boca não serve pra mais nada!

Ele soltou uma risada mordeu o lábio inteiro, deixando a cerveja em cima da mesa de centro.

- Ela não serve pra mais nada? Tem certeza?

- Tenho, Byun! Nada!

- Então deixa eu te mostrar a nova função dela.

Então eu senti, como um choque térmico, seus dedos gelados em minha nuca quente. Só com aquilo, senti toda a minha pele arrepiar por completo, mas nada se compara às correntes elétricas que percorreram minhas veias quando nossos narizes se tocaram e Baekhyun quebrou toda a distância entre nossas bocas. Não sei se o álcool tinha culpa naquilo, mas eu sequer hesitei quando coloquei minha mão em sua cintura, por baixo da blusa branca.

Sua boca tinha um gosto forte de álcool, mas isso não me impediu de sentir a boca macia em seus mínimos detalhes. Chupei bem devagarinho seu lábio inferior, o beijo era lento e nós apenas brincamos com os lábios um do outro no início, até eu tomar impulso e deslizar a língua pra fora, sentindo a dele bater contra a minha. Elas deslizavam uma na outra com tanta facilidade que eu senti uma pontada violenta no baixo ventre quando Baekhyun capturou minha língua entre seus lábios e a chupou como se estivesse com outra coisa ma boca... Porra, era quase uma cena pornô, eu queria que ele sentisse os efeitos que tinha causado em mim, então fui inclinando meu corpo até estarmos deitados no sofá surrado.

Baekhyun deixou que eu me encaixasse entre suas pernas e arranhou minha nuca, fazendo meu corpo inteiro tensionar, mas eu não dava a mínima, só queria curtir aquilo tão... Novo. Desgrudei nossos lábios e o encarei, procurando um de seus pulsos. Quando achei, trouxe sua mão para entre nós dois e a deixei por cima do semi volume que aparentava em meus jeans. Ele apenas sorriu de canto e, cacete, apalpou tão bem quanto da vez na banheira, e aquilo era melhor que uma masturbação direta das minhas madrugadas.

Voltei a beijar sua boca e fui deslizando a boca por seu pescoço ao mesmo tempo em que impulsionava meu quadril contra sua mão. Seus gemidos eram bem baixinhos e manhosos contra meu ouvido, eu senti que ia explodir se não abrisse a merda da calça. Ele percebeu, pois tentou desabotoar o jeans, mas justamente quando Baekhyun ia conseguindo, meu celular começou a tocar. Quis ignorar, mas era o toque especial pra ligações da minha mãe, então eu não podia ignorar.

Gemi em frustração e peguei o celular no bolso, sem sair de cima dele.

- Oi, mãe...

- Chanyeol, eu preciso de você aqui em casa, rápido, venha agora, é um caso de vida ou morte.

Não tive tempo de rebater, ela havia desligado. Fechei os olhos e olhei Baekhyun, ele apenas ria baixinho.

- Vai lá, grandão. Deve ser importante.

- Droga. Desculpa, Baek, sério...

- A gente se vê amanhã, quem sabe. - Então Baekhyun deixou um selinho na minha boca e eu tive que sair de la, pegar um táxi e ver o que minha mãe queria.

espero que tenham gostado dessa pegaçãozinha marota, agora me digam o que acham que vai acontecer depois desse dia rs

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