- Mãe? O que aconteceu?
Cheguei em casa gritando por ela, mas não ouvi resposta. Aquilo começou a me preocupar, pois a casa estava até escura, como se não houvesse ninguém ali dentro. Fui até a cozinha e peguei a faca de cortar carne para me prevenir. Suspirei e fechei os olhos, ouvindo um barulho como um jarro caindo, vinha do jardim. Arregalei os olhos e fui atrás, faca na mão, sangue nos olhos e dentes cerrados.
E me deparei com uma cena bem típica da minha mãe.
- Mãe... - Passei a mão na testa e a olhei.
- O quê? Está aqui pra me ajudar ou me julgar? Agora coloca essa faca aí e vem aqui, anda! - Minha mãe estava sentada na grama, toda melada de terra e grama. E ao redor dela? Bom, cerca de um, dois, quatro, seis... quinze cachorros correndo pelo jardim, acabando com a grama e melando a minha mãe.
Fiz o que ela mandou e andei devagar pra perto dela, suspirando.
- Mãe, o que são esses cachorros? Até ontem não tinha nenhum.
- Bom, eu fui dar uma voltinha e... Você sabe a quantidade de cachorros de rua que existem? Olha, eu acho uma maldade, peguei todos que eu achei. Você vai me ajudar a dar banho e deixar cada um desses bem cheirosinho e antes do seu pai chegar em casa, nós vamos levar eles numa casa de adoção.
- Você sabe que é complicado de arrumar quem queira adotar vira-latas, certo?
- Sim... E eu acho isso uma idiotice! Poxa, esses cachorrinhos fazem tudo que um cãozinho burguês de raça faz! E o que mais me irrita é que eles colocam preços nos animais, e ainda sim as pessoas preferem comprar um animal à adotar um que ama da mesma forma! Esse capitalismo desgraçado só liga pra estética e para a quantidade que a beleza pode ser revertida! - Minha mãe estava tão vermelha de raiva que parecia que ia explodir.
- Tudo bem... Vamos fazer isso.
E passamos o resto da tarde inteira dando banho, comida e deixando os cães parecendo cães modelos de televisão. Pertinho de anoitecer, os levamos para um lar de adoção pertinho de casa. Pela minha mãe, ficaríamos com todos, mas meu pai tem uma alergia fodida a gatos e cachorros.
Quando tudo estava terminado, eu tomei um banho e deitei. Naquele momento, senti o peso do álcool martelar minha cabeça, só podia ser uma ressaca antecipada. Eu era bem forte pra álcool, aquilo não havia me deixado necessariamente bêbado. Ah, eu só fiquei bêbado de verdade uma vez e... Chanyeol bêbado não é a melhor pessoa de se estar junto.
Parei pra pensar sobre tudo que tinha acontecido e neguei com a cabeça. Eu só podia ter ficado louco, mas... Caramba, eu literalmente nunca tinha sentido todo aquele desejo por alguém. Meu celular vibrou e eu vi que era uma mensagem.
sehun: tô indo pra sua cidade amanhã, vai me buscar no aeroporto às dez da manhã.
eu já tinha citado o sehun umas duas vezes na fic, mas ele nunca apareceu de fato, então... rs
Gente, eu queria dar uma palavrinha com vocês sobre uma coisa que me preocupa. Naquele capítulo que a BaekNa pergunta pro Chanyeol sobre transar no primeiro encontro, vi umas pessoas a chamando de oferecida, puta, etc. Eu entendo que ela atrapalha o otp e por isso é normal não gostar dela, mas agora, generalizando... Não desmereçam ou julguem uma mulher por ter liberdade sexual, nós lutamos todos os dias para tirar essa coisa de "só mulher santa e virgem é que presta" "mulher não pode tomar atitude" "mulher não pode ficar com alguém se não quiser namorar", entendem? perdoem a militância, é que eu, sinceramente, achei necessário :/ amo vcs
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SUPER HOMO | ↺
FanfictionChanyeol é um youtuber que precisa de coisas novas para o canal e, por isso, decide realizar o desafio de um fã: ❝ Yeol, trolla algum amigo seu dizendo que é gay e dá em cima dele. ❞