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Cap liberado 🌸🌸

Aviso de MUITO conteúdo sexual nem tão explícito assim, o cap todo é basicamente isso com pontos aqui e ali importantes.

xoxo e boa leitura ❤

4h43min

- SIM. ELES ESTÃO BEM.

Quando se tem quase dois mil anos, mentir acaba sendo fácil. Quando se tem cerca de oito mil, o peso na consciência deixa de existir. Quando se tem quatrocentos, você cai na mentira. E quando se tem dois mil, detecta-se a mentira.

Nesse caso, Chace e Sophie torciam para que Kristy não comentasse com Vivyanne a respeito dos gêmeos. Ela estava longe o suficiente para confiar no que o pai e a avó de seus filhos diziam sobre eles, mas boca aberta demais para não telefonar para a ruiva.

Isso não aconteceria se ela permanecesse ocupada.

Chace franziu a testa, analisando o lençol ensanguentado em sua mão novamente enquanto ouvia Kristy resmungar antes de finalizar a ligação.

- Ok. Também te amo - disse, um pouco tarde, pois Kristy já havia desligado.

Ele suspirou e guardou o aparelho. Crispou os lábios, balançou a cabeça, revirou o lençol nas mãos - fez mil coisas para ganhar o tempo necessário. O tempo necessário para formular uma resposta ou uma pergunta coerente. Plausível.

Que justificasse o sangue.

Chace tornou a balançar a cabeça.

- Não.

Sophie o encarou.

- Ela deve ter se ferido - explicou, tentando convencer a si mesmo do que dizia. - Rachel é o tipo de criança que não conta.

Assim que ergueu a cabeça, pôde ver o queixo caído de Sophie. A expressão dela era uma mistura de surpresa e horror.

O momento perfeito para questionar a paternidade dele.

- Não - repetiu Chace, declinando veementemente. - Eu não estou sendo um pai ruim. E você sabe disso.

- Sim, eu sei - replicou rapidamente. - Você só não está enxergando.

Chace revirou os olhos e se virou para a janela. Permaneceu em silêncio por longos segundos, aparentemente ponderando a respeito quando, na verdade, resmungava a um tom quase inaudível - por sorte. Era melhor que Sophie não ouvisse nenhuma palavra.

Enfim, ela continuou:

- Entende o que eu quero dizer.

Chace a olhou. Com seriedade.

- Não pode ignorar - acrescentou, e cruzou os braços. Havia irritação no semblante até então (nem tão) tranquilo dela.

- Eu não estou ignorando nada. Não há nada para ignorar.

Ela ainda não fechara a boca.

- Sophie, afinal, o que você veio fazer aqui?

A ruiva congelou. No sentido literal. O menor sinal de fraqueza deu a Chace a oportunidade para diminui-la, e começou a fazê-lo reduzindo a distância entre ambos. Ainda que a atacasse ferozmente com palavras, havia uma confusão interminável dentro de sua cabeça. Não tinha total convicção de que era o certo daquela discussão, o que tornava tudo pior.

Pior do que se encontrava.

Bem, que já se cansara de discussões a curto prazo estava certo.

Humm.

Sombria [HIATUS P/ CONTA DA OUTRA OBRA]Onde histórias criam vida. Descubra agora