Sombria [HIATUS P/ CONTA DA OUTRA OBRA]

04

sorry pelo atraso </3

boa leitura 🌸

enjoy 🌸🌸🌸🌸

xoxo

Portland

30 de janeiro

- Ela é uma criança.

- Uma criança perturbada. Não é de hoje.

Chace não conseguia acreditar que havia se escondido na saleta com Sophie só para conversar sobre o comportamento completamente normal da filha.

- Você chama isso de normal? Chace, ela me mostrou um lençol manchado.

Ele suspirou.

- Sophie, pode ser corante ou tinta vermelha. Não é sangue.

- Claro que é. Eu tenho mais do triplo da sua idade e eu sei dizer quando é ou não sangue.

Chace estreitou os olhos - não porque não confiava no que Sophie dizia, e sim por causa do convencimento dela sobre algo sem nexo algum.

Logo, cruzou os braços.

- Então, onde está o lençol?

Sophie bufou.

- Está lá em cima - respondeu. - Eu te mostro mais tarde. Kristy acharia estranho eu descer e subir com o mesmo lençol. Mas eu estou certa do que digo. Há algo errado. E só eu estou vendo isso.

Como é que é?

Chace endireitou-se, adotando a costumeira postura de raiva que fazia-se presente...

Nos momentos menos convenientes.

- Eu espero que você não esteja insinuando que eu não sou um bom pai e não cuido da minha própria filha direito.

Sophie ficou boquiaberta. Pela expressão dela, estava mais do que claro que não tivera a intenção de insinuar algo como aquilo. Sabia muito bem que Chace e Kristy eram ótimos pais - de perto, via-os agir como tal, da forma que se esforçaria para ser se ocorrências inesperadas não a tivessem forçado a mudar de comportamento.

Algumas mudanças faziam-se necessárias.

A maioria, não.

Ela retrucou:

- Você sabe que não! Eu só quero ajudar Rachel, Chace. Ela está pedindo ajuda. Ajuda. Ela sente coisas que não devia. Ela tinha de ser uma criança normal, não uma criança mental e emocionalmente instável.

Chace a encarou por um longo tempo - o olhar dele transmitia confusão e raiva, ambos direcionados exclusivamente a ela.

- Ainda acha normal? - finalizou Sophie, optando por permanecer em silêncio se não quisesse perder a cabeça.

Literalmente.

Chace declinou. E ela só precisava entender o que aquilo significava.

- Eu sei que Rachel anda estranha, mas isso é da idade.

- Você é louco? Ela só tem quatro anos!

- Três.

Sophie piscou.

- Como?

- Ela tem três - resmungou Chace. - Faz quatro em julho.

- Bem... Isso não torna a situação melhor.