Raquel
Sall estava completamente estático, como uma pedra, me arrependi imediatamente de ter cedido ao impulso de beijar os lábios tão atraentes dele. Afastei dele me sentindo mortificada pela vergonha de claramente ter sido rejeitada.
- Desculpe, não sei o que deu em mim...
- Não, por favor, não se afaste.
Ele deslizou as suas mãos pelas minhas costas de um modo possessivo, mas cheio de carinho. Toquei sua cintura firme olhando em seus olhos quando encostou sua testa na minha.
- Me ensine como beijar você, se ainda quiser isso... Eu te quero tanto!
Outra vez fui pega de surpresa. Tanto pelos meus sentimentos confusos em relação a Sall, quanto sua admissão sobre aquele beijo.
- Não me beijou de volta porque não sabe?
Sall concordou parecendo envergonhado, entretanto algo dentro de mim se partiu em felicidade, mas eu não me deixei ir muito longe. Afinal de contas aquilo devia fazer um homem tão másculo quanto ele se sentir inferior.
- Não, ninguém nunca me beijou...
- Você nunca fez nada?
Ele me apertou mais em seus braços e seu olhar ficou arrebatador tão próximo assim.
- Quer saber se já fiz sexo?
Engoli em seco. Mas de fato, eu queria. Na verdade me via completamente curiosa sobre tudo nele.
- Sim...
- Eu já fiz... Mas não foi consensual, porque eu nunca quis uma fêmea, não até conhecer você.
Respirei com força diante daquela admissão que me deixou de pernas bambas. Não só pelo fato dele deixar explícito seu desejo por mim, mas o fato que abusaram-o.
- Sal...
Sussurrei perdida. Eu não sabia o que era aquilo que sentia, mas apenas queria ele.
- Me beija.
Abracei sua cintura então o beijei, passei a língua pelos seus lábios, arrancando um grunhido que me assustou, tão como excitou.
- Abra seus lábios pra mim...
Pedir contra sua boca. Ele o fez e eu não resisti mais a nada. Levei as mãos ao seu rosto virando e me estiquei na medida certa pra virar seu rosto contra o meu, aprofundando o beijo, sentindo aquele homem. Por mais que aquilo fosse contra tudo que eu achava ter certeza, só sentia o Sall, e como de repente começou a corresponder quando sua língua se misturou a minha, e o beijo se tornou nosso.
Ele realmente aprendia rápido. Seu corpo empurrou o meu contra a porta, fechando, enquanto me manteve cativa, junto de uma das suas mãos subindo até meu cabelo e torcendo de modo dominante, quando seu beijo tomou mais confiança ao imitar meus atos. Foi inevitável soltar um gemido de prazer ao que Sall fazia. Para seu primeiro beijo era um ótimo aluno, entretanto no minuto que gemi, ele se afastou.
- Raquel?
- Que foi?
Perguntei ofegante ainda sentindo o gosto dele em mim.
- Fiz algo errado? Te machuquei?
Seu olhar era preocupado. Levei meus lábios ao dele de novo.
- Não, fez tudo certo...
O beijei me sentindo uma devassa e louca. Na lógica nunca seríamos compatíveis, entretanto ali estava eu adorando beijar aquele homem. Envolvi as mãos no seu cabelo e um grunhido veio dele, que apertou seu corpo contra o meu em uma abraço cativante, enquanto devolvia o meu beijo com necessidade.
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Salvation
RomanceSinopse: QUARTO LIVRO DA SÉRIE DNA (1° novela) - O mundo conheceu os novas espécies, não há mais volta, eles são a novidade do mundo e isso assusta. Tudo que não é convencional. Entretanto não há apenas curiosidade de um lado da moeda, os NE's tamb...