My alpha!

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Narrador's P.O.V.

Os dias no colégio, para Louis, estavam sendo uma grande tortura. Nem mesmo as aulas com Harry, algo que antes melhorava seu dia em 100%, agora o deixavam animado. Nada o deixava animado. Era uma intensa chatice estar ali. Mesmo com os meninos tentando a todo custo animar o pequeno ômega, nada adiantava, e isso estava começando a os preocupar.

Nos últimos dias Tomlinson andava muito calado, muito quieto, sempre ficava um pouco distante, sempre muito distraido, quase não ria ou ao menos sorria... Harry começava a se desesperar com a forma que o mais novo vinha agindo, mesmo que com ele as coisas ainda fossem um pouco melhores e que Louis ainda mantesse certo "contato". Styles agradecia aos céus por isso. Ele não aguentaria ter seu namorado tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Ele apenas queria entender o que estava se passando na mente de seu ômega, mas era algo impossível já que nunca conseguia conversar com ele.

E Louis? Louis continuava triste. Muito triste!

Aquele dia não estava sendo diferente de nenhum outro para os meninos, muito menos para o belo garoto de olhos azuis. Era tudo sempre a mesma coisa, tudo sem graça, tudo muito repetitivo e tedioso. Ele sentia tantas coisas ao mesmo tempo, tudo por conta da gravidez, e isso o irritava e o deixava a cada dia mais frustrado. Frustrado ainda mais por estar tendo certa dificuldade para disfarçar sua barriga. Mesmo que ele tentasse usar algumas faixas e cintas, ainda era visível. Sem contar em todos aqueles enjôos, seus inchaços recorrentes e suas "saliências". Obviamente seu corpo estava aumentando, e isso não passou despercebido aos olhares das pessoas daquele colégio.

Certo dia, andando pelos corredores, o menino notou que algumas pessoas cochichavam e olhavam para ele. De início Louis não entendeu, mas não precisou de muito para que descobrisse o motivo. Logo surgiram os rumores, logo ele ouvia coisas como "Que desperdício, tão novo e grávido", "Será que ele sabe quem é o pai?", "Ele não é ligado a nenhum alfa e está grávido, que horror!" ou "Ele é o ômega que dá pro professor matemática, deve ter feito isso pra ter nota". Coisas ridículas, frases xulas e sem sentido, mentiras que ele sabia que eram apenas mentiras mas que no fundo o inquietavam e que o deixavam cada vez mais triste.

- Ele está grávido?! - Uma garota perguntou a sua amiga, alto o suficiente para que o menino pudesse ouvir.

- Claro que sim, olha aquela barriga, Sophi! - A outra apontou para ele descaradamente.

- Nossa, que horrível. Ele é tão novo, tadinho...

- Tadinho nada, ninguém mandou engravidar! - Foi tudo o que ele ouviu, pois já estava correndo para o banheiro masculino.

Era ridícula a forma como aquelas palavras ruins vindas de pessoas que não lhe significavam nada tinham a capacidade de o atingir. Louis sempre fora super de bem com a vida e super resolvido consigo mesmo, mas depois da chocante descoberta de que havia outro ser humano em seu ventre tudo parecia lhe atingir com extrema facilidade. Ele sabia que não deveria se sentir assim, mas ficou triste.

Chegando ao banheiro a primeira coisa que o menino faz é se trancar em uma das cabines do lugar. Ele se senta no vaso sanitário, abaixa sua cabeça e chora. "Como as pessoas podem ser tão más?" era a frase que mais rondava sua mente.

Por que eles o olhavam como se ele fosse um tipo de doente, um infecto ou como se ele tivesse cometido um erro gravíssimo?

Por que o olhavam com piedade ou sarcasmo?

Havia Louis cometido um imenso pecado?

Por que engravidar era algo tão grave assim?

Por que as pessoas o julgavam tanto?

DUPLE (Larry A.B.O.)Onde histórias criam vida. Descubra agora