Violated

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°Yoongi°

Observo meus fios de cabelo que estão na coloração de um verde desbotado. Mesmo que seja um apocalipse, eu adoraria retocar, quem sabe até pintar de outra cor? Mas não acho que vou encontrar alguma farmácia por aqui, no meio de uma estrada.

É de manhã e já voltamos para o último lugar em que vimos Jimin, não foi nenhuma surpresa quando ficou claro que ele não estava mais lá. Não há nenhuma pista sequer de onde o garoto foi se meter e, céus, isso é frustante.

Eu disse sério, vou enfiar uma árvore no cú de Namjoon se não encontrarmos Park Jimin. Como? Não sei, mas pode ter certeza que vou.

Agora nos encontramos andando, numa estrada, quietos e sem nenhuma animação. Namjoon está destruído, creio que essa distância de Jimin não esteja fazendo bem para ele (apesar de que tenha sido o mesmo que nos obrigou a correr e deixá-lo para trás).

Pelo menos o lobo está feliz, pulando de um lado para o outro com aquela língua rosa pra fora. Do zumbi que me seguia, o Totó, não sei de nada, ele sumiu quando aqueles desgraçados dos zumbis nos atacaram. Creio que, sei lá, esteja morto. Triste, eu tinha me apegado a ele.

Bom, só nos resta seguir em frente.

•Jimin•

— Jimin, acorda! O-Gong está do lado de fora! — Uma voz conhecida me chama e eu demoro um tempo para lembrar onde estou e quem está falando comigo. — Tenho que destrancar a porta para ele... Sinto muito!

— Tudo bem... Você fez tudo que podia. — Bocejo, nem um pouco animado, o único ponto positivo é que pude descansar um pouco. Sehun aperta minhas bochechas, dizendo baixinho que sou fofo demais, e caminha até a porta, logo a destrancando.

— Veio que não o deixou fugir... Muito bem, Sehun, pelo menos uma vez na vida foi útil com algo. — Song O-Gong entra no quarto dizendo tais palavras que fazem Sehun abaixar a cabeça e me deixam com vontade de encher o cara de porrada. Como ele pode ser tão cruel? — Agora nos deixe a sós.

Sehun hesita, lança para mim um olhar como se dissesse "sinto muito", e sai do quarto. Logo em seguida, O-Gong tranca a porta.

— Sugiro que me diga seu nome se não quiser sofrer as consequências. — Nem fodendo que vou dizer meu nome para um monstro desses. Nem se Deus quiser. — Hm, não vai falar é?

Ignorância é a minha melhor arma no momento e eu não vou medir esforços para economiza-la.

— Garotinho, o gato comeu sua língua é?

— Eu não sou um garotinho. — Essa frase escapa de minha boca e O-Gong solta um sorriso, ao meu ver, maníaco.

— Me diga seu nome.

— Vai. Se. Foder. — Cruzo os braços e viro a cabeça para outro lado, decidido a ignorar o cara.

— Se eu fosse você, teria mais respeito! — O-Gong me empurra, me fazendo deitar na cama, e sobe em cima de mim, aproximando bastante nossos rostos. — Ou se não... Lidará as consequências.

O que acontece a seguir é algo que me deixa com ânsias, com uma puta vontade de gorfa, com nojo de mim mesmo. Creio que também possa deixar você assim.

Song O-Gong junta seus lábios aos meus, me forçando a beijá-lo. Eu não reajo apenas fico pensando no quanto isso é nojento, até que ele, por ser mais forte, consegue enfiar aquela língua asquerosa dentro da minha boca.

Não há nada que eu possa e consiga fazer, claramente estou em desvantagem aqui, e, quando interrompe o beijo, O-Gong leva aquelas mãos para minha camisa, a tirando de meu corpo.

Play: Apocalypse ZombieOnde histórias criam vida. Descubra agora