Lá No Morro.

Cinco.

Cadu: Que história é essa de tu ter trombada com a Karen? - Perguntou pra mim.

Jú: Ela chegou querendo ter moral pro meu lado.- Respondi sem muita importância terminando de comer  a coxinha.

Jota: Se liga, nem pensa em ter idéia com ela.- Olhei pra ele e ignorei o mesmo dando um beijo na bochecha do Cadu e da Bru pra poder ir dormir.- Me ignora não, desgraça. Ela te quebra, do jeito que tu é mole.

Jú: Querido, eu fiz luta livre, fui treinada pra me proteger por dois anos, tu acha que aquela pirralha me derruba? Me faça um favor né! - Falei subindo as escadas.

Jota: Ela foi bem treinada por mim.- Gritou e eu parei no alto da escada.

Jú: Grande saco de bosta.- Sorri falsa e os meninos riram, entrei no quarto que era do lado do Jota, era esse o que eu ia dormir, lembrei do meu celular e vi que estava desligado, antes de dormir desci pedindo um carregador, Cadu me deu e eu coloquei meu celular pra carregar, depois deitei caindo no sono.

Acordei com o sol entrando no quarto, Bru estava saindo do banheiro já arrumada.

Bru: Bom dia, meu amor.- Beijou minha bochecha.

Jú: Bom dia.- Sorri.

Bru: Suas roupas ô.- Apontou pra minha mochila no canto do quarto, fui pro banheiro e tomei um banho, sai enrolada na toalha e fui procurar uma roupa.

Escolhi um short jeans cintura alta e uma blusa cinza, calcei um tênis da puma rosé e desci, mas antes peguei meu celular do carregador e vi que tinha umas 20 ligações do meu "pai", suspirei e desci as escadas.

Jú: Bom dia! - Eles olharam pra mim e responderam.-Tem fruta?

Jota apontou pra um lugar que tinha uma fruteira, peguei uma maçã e comi encostada na pia enquanto eles tomavam café.

Cadu: Ainda tá nessa de comer só fruta?

Bru: Espera até a hora do almoço que nós vai pra dona Elisa, nem andar vai conseguir.- Sorriu.

Jota: Fruta não para ninguém em pé.- Se intrometeu.

Jú: Eu fico sentada.- Falei em tom de deboche e Cadu me repreendeu com o olhar.-Quis dizer que, não precisa se preocupar gente, sempre foi assim.

Sorri falsa e eles terminaram de tomar café, seguimos pra o postinho, menos o Jota que foi pra boca, entrei lá aflita junto com a Bru.

Cadu foi falar com a recepcionista e logo voltou avisando que logo teríamos notícias. Depois de uns minutos um médico apareceu.

-Parentes de Juliana Costa? - Nós três levantamos.- Bom, dessa vez foi mais grave que as outras.- Ah meu Deus,quantas vezes ela já veio pra cá? - Infelizmente não trago notícia boa.

Jú: Ela vai viver né? -Perguntei já chorando e ele abaixou o olhar.

- Eu lamento informar, mas infelizmente as pancadas foram mais fortes do que nunca, a maioria delas foi na cabeça.- Todos choravamos. - Lamento informar, mas a Juliana não sobreviveu...