Primeira Flor: Bela-Emília

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No dia em que o céu desceu,

Quis ofertar um presente.

Seu ego, a terra mordeu;

Nascida a filha latente.


Linda menina celeste;

Do pátrio azul se adornou.

Por ter beleza que preste,

A mãe terra cativou.


"Ah, não é pra qualquer uma!"

Criança do céu e da terra

E madrinha, a densa bruma

Que à fresca relva se aferra.


No instante do batizado

O céu estava em vigília;

A terra em lance causado

Pra menina, Bela-Emília!


E com o pai, queria achar-se;

Assim, subia nos muros.

Mas tinha de contentar-se

Com a raiz em solo puro!

Entre Asas e RaízesOnde histórias criam vida. Descubra agora