A Árvore da Providência

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Em dias de canícula, do céu palpável,

Pelo azul majestoso e luzente admirável

Sol a pino abrasando a copiosa terra enxuta,

Dava para avistar a faustosa carreira

De copas homogêneas... Puras palmeiras

Onde o vento passava em constante labuta.


Seu trabalho era como silente canção,

A qual folhas dançavam em contínua adição

De movimento encíclico, lento e moroso.

Que belo bailarico, terno articulado

Entre lascas e estrepes por astros calhados

Nas pencas estreladas de espeto fibroso.


Mas não era somente nas leivas maçadas

Que a lenhosa impolida fazia morada.

Até nos manguezais de tíbias águas calmas

Era possível vê-la enfeitando o local,

Pois eclética em solo de jeito plural

Vestia-se de verde nas preciosas palmas.


Que linda carnaúba profícua e bondosa,

Como uma mãe tão terna às filhas formosas

Por estarem em uso de seus artifícios

Tanto na graça, quanto na grandiosidade;

Sem contar suas célebres utilidades

Desde a raiz à copa e todos interstícios.

Entre Asas e RaízesOnde histórias criam vida. Descubra agora