Sonetos do Galinheiro - Primeira Parte

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I.


Da turva rampa até à portinhola

Traçada com madeira envelhecida,

Que pelas brocas fora carcomida,

No quintal, sobre a grama gabarola.


De um caixote inocente, a casinhola

Que as galinhas prestavam por mantidas

Nos poleiros de varas já roídas

Onde em jeito, faziam festarola!


Lá pulavam, dançavam e brincavam

Desde bem tarde, quando o sol se punha,

Despontando alvorada que clamavam!


A baderna, o juízo sobrepunha,

Parando apenas quando se cansavam

Do tropel, sem nenhuma testemunha!

Entre Asas e RaízesOnde histórias criam vida. Descubra agora