I.
Da turva rampa até à portinhola
Traçada com madeira envelhecida,
Que pelas brocas fora carcomida,
No quintal, sobre a grama gabarola.
De um caixote inocente, a casinhola
Que as galinhas prestavam por mantidas
Nos poleiros de varas já roídas
Onde em jeito, faziam festarola!
Lá pulavam, dançavam e brincavam
Desde bem tarde, quando o sol se punha,
Despontando alvorada que clamavam!
A baderna, o juízo sobrepunha,
Parando apenas quando se cansavam
Do tropel, sem nenhuma testemunha!
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Entre Asas e Raízes
ŞiirEnlaçando a literatura poética num contexto fabulístico, a obra reúne versos que unem dois extremos em estrofes, oscilando suas rimas entre o céu e a terra. Vertentes contraditórias, mas intrincadas pelos papéis naturais atribuídos a cada uma, como...