Capítulo 11

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Gente recadinho sobre o livro no final do capítulo

George mal tinha tocado em sua comida, todos estavam ao redor da mesa, comendo, conversando e rindo, o clima era agradável, mas mesmo com todo o barulho ao seu redor, sua mente estava perdida na conversa que teve com Carlos antes de eles entrarem no quarto de Zenon, no hospital, mais cedo.

"Não adianta lutar por algo que é inevitável, não se luta com o destino."

Muitas coisas não se encaixavam, muitas coisas o confundiam, porém, mesmo com toda a confusão que sentia, ele só conseguia concluir, cada vez mais, que a queria para ele, teria que fazê-la entender que ele tinha sido um idiota e pedir a Deus que fosse o suficiente para ela perdoa-lo por tudo.

- Não vai comer, filho? - Alice questiona, ao notar que nem havia tocado no prato, pegou o guardanapo posto em cima da mesa e limpou sua boca, olhando fixamente seu primogênito. George percebeu que ela fez os movimentos com  delicadeza, a voz calma, que estava longe da personalidade que exibia e seus olhos estavam semicerrados. Ainda o analisando, ela colocou o guardanapo de volta na mesa e sorriu para o filho, tentando conforta-lo, mas isso só o fez perceber que precisava parar de se perder em pensamento e respondê-la, ou sua mãe iria em breve perde a compostura e o metralhar com perguntas que ele não poderia responder na frente de todos.

- Não, mãe, estou sem fome, apenas isso. - Ele suspirou, soltando o peso de seu corpo contra a cadeira.

- Tia, ainda tem aquele quarto que eu ficava quando pequeno? Eu gostaria de ficar aqui hoje, para ter certeza que o tio vai ficar bem, só vou em casa, com o Rony para trocar de roupa e voltamos, podemos ficar?

- Não precisa, querido,seu tio está bem, e...

- Eu iria adorar que ficassem os dois aqui, Georginho! Me fará um favor imenso se você e seu amigo ficarem. - Zenon se apressou em dizer.

Ele concordou e seu olhar se cruzou com o de Esmeralda. A menção de dormir ali trouxe muitas lembranças aos dois, o que fez ela pedir licença e ir para seu quarto alegando estar cansada, mas George e Rony foram os únicos que notaram que ela ficou incomodada com o assunto, o que fez mais uma parte da conversa com Carlos no hospital vir em sua mente.

"- Se vai continuar a machucando, peço que volte para a Escócia e a deixe seguir a vida."

Toda a conversa daquele corredor estava corroendo-o por dentro desde que fecharam a porta da emergência atrás deles no hospital.

Sentindo-se incomodado com os pensamentos, ele se levantou pedindo licença e foi até o jardim, pedindo para Rony o avisar quando terminasse para que ele pudessem ir até sua casa. No momento, ele só precisava pegar um ar e organizar os pensamentos.

A noite não estava muito fria, mesmo usando uma camisa de mangas compridas e calças jeans a noite estava agradável. Ele caminhou até o banco no jardim e se sentou ali, observando o cenário que muito fez parte de sua infância e todas as lembranças naquele lugar incluíam Esmeralda, o que fez com que ele questionasse se Carlos não teria razão.

"Não seria melhor voltar?"

Na hora que o rapaz o exigiu que volta-se para Escócia,
George tinha encarado Carlos como se visse um bicho de sete cabeças, mas no fundo sabia que ele poderia estar certo. Uma hora acabaria tendo essa conversa com o rapaz, então decidiu que seria aquele momento no hospital. Colocou as mãos nos bolsos, calmamente, e respondeu sem desviar o olhar de Carlos.

"- Eu não a machuquei, só fiquei preocupado, ela nunca foi de estar cada dia com um cara diferente, e sei como o tio a ama e jamais aceitaria um tipo qualquer para ela."

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⏰ Última atualização: Jul 13, 2019 ⏰

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