Capítulo 2

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Feliz Natal!!!!

Senti saudade, vontade de voltar. Fazer a coisa certa: aqui é o meu lugar. Mas sabe como é difícil encontrar a palavra certa, a hora certa de voltar. A porta aberta, a hora certa de chegar. Eu que não fumo, queria um cigarro. Eu que não amo você, envelheci dez anos ou mais nesse último mês. Eu que não bebo pedi um conhaque, pra enfrentar o inverno que entra pela porta que você deixou aberta ao sair." (Desconhecido).

Dias atuais...

- Ei cara! Sai da frente desses livros, vamos sair, nos divertir, em dois dias estará voltando para Grécia, e sabe-se lá quando voltará para cá, com essa loucura sua.

Ronald diz, rindo, pois George pediu para que ele segurasse as pontas na construtora por um tempo, enquanto ele passaria alguns dias com a sua família, que nos últimos meses insistiam em dizer que ele só estava em outro pais para fugir do que ele sentia pela Esmeralda.

Ao contrário do que ele pensou, eles não desistiram dessa ideia com o tempo, parecia que cada vez mais insistiam nisso, e por esse motivo tomou essa decisão, de voltar e provar aos seus pais que estão errados através de seus estudos sobre o amor, que fez durante todos esses anos e, de uma vez por todas, colocar um ponto final nessa história.

Ficaria na Grécia por alguns dias, talvez um pouco mais, e resolveria o que ele pudesse pelo computador. Apesar de a construtora estar engatinhando, ainda estavam crescendo rapidamente para tão pouco tempo e sabia que Rony conseguiria aguentar as pontas por alguns meses, se fosse necessário. A verdade é que a empresa que compraram tinha o nome reconhecido no mundo todo, mas estava falindo, pois, o antigo proprietário levou um golpe daqueles que você não vê nem de onde veio e não estava conseguindo se reerguer, a única solução foi vender. Compraram também o nome da empresa que continuará sendo o mesmo GRV Construções, o que os facilitou muito no mercado.

Ronald apoiava o amigo em sua decisão, apesar de não concordar com seus pensamentos, mas não aguentava mais ver George enfiado no meio de tantos estudos e cego com tudo isso. Ele se escora no batente da porta analisando o amigo, com os livros espalhados pela cama e o computador em cima de suas pernas, enquanto pesquisava e o ouvia o amigo dizer que faltava pouco para concluir seu estudo.

- Não vou Ronald, amanhã a gente sai, eu prometo. Falta muito pouco para acabar minha pesquisa e provar a todos que sempre tive razão. - Ele anuncia, empolgado.

- Cara, sabe que pode quebrar a cara, né? - Rony encara o amigo com seriedade, esses anos de convivência serviram para conhecer muito bem o amigo.

Ronald é escocês, conheceu George na faculdade, desde então se tornaram grandes amigos. George foi para Escócia quando completou dezoito anos, foi um alivio na época, pois Esmeralda estava cada vez mais linda e sua lista de pretendentes estava o sufocando, seu ciúme de irmão era muito forte? tanto com ela quanto com Dayane, e ele se sentia obrigado a abafar seus instintos protetores, com medo de sua família dizer que era ciúmes de um homem para com uma mulher, ainda mais quando Esmeralda não colaborou, um dia antes de ele viajar, fazendo com ele falasse coisas das quais se arrependia muito, não por serem mentiras, mas sim porque odiava saber que ela o odiava por ter sido um imbecil, nunca teve a intenção de perder sua amizade. Rony se sentia grato por ter conhecido George, nesses oito anos aqui na Escócia, os dois se tornaram muito próximos, Rony tem acompanhado esses anos todos a dedicação do amigo a este estudo, compartilharam muitos momentos juntos. Eles não tinham laço de sangue, mas se consideravam irmãos de coração.

- Eu não penso assim, estou bem próximo de provar que eu e Esmeralda não somos obrigados a ficar juntos. - diz convicto e esperançoso ao mesmo tempo, olhando seu amigo, que balançava a cabeça em negativa.

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