Capítulo 7

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Duas semanas depois.


  As semanas tinham passado voando, George quase não havia visto Esmeralda nesses dias, ele a evitou o máximo que pode, as poucas vezes que a viu foram de longe, pois ela sempre estava grudada no namorado. No entanto, naquele momento, algo o impulsionava a subir as escadas da casa de seus tios e procurá-la. Passou as mãos pelo seu terno grafite alinhando na tentativa de se segurar, era o casamento de sua irmã e ele não queria estragar as coisas.


 O casamento seria na Catedral Gios Dionysios Areopagitis Catholic, que localizava-se no centro de Atenas, próximo à praça Syntagama. Uma igreja grande e muito conhecida. George não se espantou com o tamanho desse casamento, afinal, Gabriel não era tão diferente de Zenon e queria mostrar para o mundo o seu amor por Dayane.


 Ela, por sua vez, estava no quarto de hóspedes da casa de seus futuros sogros, se arrumando, dali iriam para igreja e depois da cerimônia voltariam para lá, onde também seria a festa. Seu coração estava acelerado e já teria surtado se não fosse sua fiel amiga, Esmeralda, ali, ajudando-a.


– Calma, amiga! Você vai ver, vai dar tudo certo e você será muito mais feliz do que já é, o bobão do meu irmão é louco por você. 


– E eu por ele. – Estava quase chorando quando pela porta entraram seus sogros e seus pais.


– Está linda, minha filha. – Alice diz, aproximando-se da filha.


– Esmeralda, o que você faz de bermuda e chinelo, ainda?


Esmeralda, que estava entretida admirando a amiga, levou um susto com a voz de seu pai, fazendo a acordar e lembrar que passou tanto tempo bajulando e ajudando a amiga que se esqueceu dela mesma e foi impossível não rir com o comentário de seu tio Geórgios.


– A cara do pai, mas personalidade igualzinha à da mãe, os outros sempre em primeiro lugar.


 Os risos se espalham pelo quarto, Esmeralda sempre escutava isso dos outros e concordava, ela era igualzinha sua mãe em vários aspectos.Ela, então, saiu correndo para arrumar-se. Passou como um foguete pelo corredor, mal se dando conta de que George estava subindo as escadas naquele momento, encostou a porta de seu quarto, ligou o som e colocou uma música para escutar, enquanto tomava banho. Ela teria que ser rápida, afinal, a noiva já está pronta e ela nem banho tinha tomado.


 No chuveiro ela cantava sem parar a música que tinha colocado para repetir. Ela gostava de escutar ela, se identificava com a música. Enrolou-se em uma toalha e foi para seu quarto colocar seu vestido de madrinha, cantando e dançando envolvida no seu mundo particular:


 "O meu cupido é gari,
Só me traz lixo
Lixo, lixo, você é prova disso
Lixo, lixo, você é prova disso..."


 Parou de cantar assim que olhou para sua cama em direção ao seu vestido esticado sobre ela e viu algo ao lado do mesmo que não pertencia aquele quarto.


– Bela música. Combina exatamente com o lixo que seu anjo trouxe para você, ao qual chamas de namorado. Porque, cá entre nós, você pode conseguir algo melhor, preciosinha, é só querer.

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