Capítulo 1- Desilusão

1.5K 73 16
                                    

Era sexta-feira, e no meu ateliê já estava tudo pronto, como faltava apenas terminar os arremates de um vestido de festa, resolvi sair mais sedo para fazer uma surpresa para o Antônio, meu noivo.

Saí do ateliê e passei no mercado, para comprar algumas coisinhas pra fazer um jantar lindo. Chegando em meu prédio, estaciono o carro na esquina e vou rumo ao meu apartatamento, e quando chego pego o elevador que me deixa quase na minha porta.

Assim que a abro a porta, logo escuto um gemido alto.

Nem precisei andar muito, pois quando olho pra frente, vejo Antônio com o colega de serviço transando na minha sala. Como eles não me viram, já que estavam ocupadas demais numa transa nojenta de costas pra porta meio de lado e com os gemidos horrivelmente altos, não escutaram a porta abrir. Nem me dou ao trabalho de entrar em casa, saio rumo às escadas de emergência do prédio e fico lá sentado igual um pateta esperando eles saírem.

Eu sei, isso é absolutamente a coisa mais idiota à se fazer, mas eu realmente não estava me importando, estava anestesiado demais, enojado demais com a cena pra tentar fazer qualquer barraco, em momentos de grandes emoções eu sempre travo, e acabo agindo de maneira mais patético possível.

E lá fiquei ao menos uns 40 minutos, quando escuto a porta do apartamento sendo aberta, espio pela lateral da parede vendo os dois trairas saindo, sorrindo um para o outro, como se eu não existisse , como se um deles não estivesse quase casando com outra pessoa.

Vejo Antônio agarrando a bunda de seu colega do qual antes nunca havia me dado à importância de lembrar o nome, e agora muito menos. Assim que entraram no elevador, volto ao meu apartamento e arrumo tudo que é meu dentro de três malas grandes, todos meus pertences mais importantes, e os que não usava mais, coloquei em um saco de lixo, quando termino de arrumar tudo desço para a portaria com as malas e com o saco de lixo, e peço gentilmente para o porteiro, seu Antenor, para olhar minhas malas enquanto pego meu carro.

Claro que o velho não aguentou a curiosidade:

- O senhor vai para onde, seu Mitao? - pergunta ele, me ajudando a carregar as malas.

- Vou visitar uma amiga que não vejo há algum tempo. - falo fechando o porta malas. Pela visão periférica, vi ele sacudir a cabeça em concordância.

- Tenha uma boa viajem e se cuide. - falou ao meu lado me estendo à mão para um aperto de até logo.

- Muito obrigado, seu Antenor, - aperto firme sua mão. - o senhor podia me fazer um favor e dar essa chave para o Antônio quando ele chegar? - falo estendendo o chaveiro para ele.

- Claro seu Mitao. - disse pegando o chaveiro.

Me despeço novamente e entro no carro, dando partida rumo ao apartamento de uma amiga minha. Me surpreendi quando me dei conta que não tinha conseguido derrubar uma só lagrima ainda pelo ocorrido, talvez ainda estivesse em estado de negação.

Claro que nunca cheguei à amar profundamente o Antônio, mas eu era muito apaixonado por ele, e não esperava uma traição dele de forma alguma. Acho que a gente nunca espera.

Alguns minutos depois estaciono na frente do prédio da minha amiga Alura, e ligo para ela descer e me ajudar com as malas, claro que ela fica sem entender à princípio, mas não me questiona. Quando subimos e enfim entrei no apartamento, me jogo imediatamente no sofá, finalmente me dando conta de que tinha acabo de ser traído pelo idiota do cara que eu era apaixonado e que supostamente deveria me amar também, já que estávamos noivos.

- O que houve que veio de mala e cuia? - perguntou sentando-se do meu lado.

- Não faz uma hora que descobri que o idiota do Antônio esta comendo o colega de trabalho dele. - falei olhando para o teto digerindo tudo ainda.

- Tem certeza disso? - Diz me olhando como se eu estivesse louco.

Respiro fundo, me ajeitando no sofá, e criando coragem pra falar o que tinha acabado que ver.

- Claro que sim, Alura. Acabei de pegar os dois transando na minha sala, é justo hoje no dia que saí mais sedo para fazer um jantar romântico para o idiota. - falo já meio irritado com o canalha.

Me olha como se estivesse com pena, mas tentava ao máximo se conter, vi como ela desviou o olhar do meu.

- E o que você fez, como reagiram quando te viram pegando eles no flagra? - se encostou no meu ombro, me abraçando de lado.

- Felizmente eles não me viram, não escutaram a porta, porque o colega dele gemiam como duas putas de pornô barato. - digo deitando a cabeça na dela.

-Então ele não sabe que você já sabe, e que saiu de casa? - ela me olha de canto.

- Não. Esperei ele sair e entrei, arrumei minhas coisas e vim para cá e por mim ele vai demorar em saber onde estou. - falei me levantando.

- Ele vai te ligar.

- Eu quebrei o meu chip e não tem como me ligar. - me virei para ela. - Alu posso tomar um banho? - olho para ela com cara de cachorro sem dono.

- Claro fica no quarto ao lado do meu lá tem uma beloa banheira. - fala me levando ate lá e me ajudando com as malas.

- Eu não tomei nem banho depois de sair do ateliê e to fedendo já. - disse enquanto abria as malas e escolhia uma roupa confortável.

continua...

minha pessoa saindo do banho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

minha pessoa saindo do banho.

minha pessoa saindo do banho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

a louca da Alura. OBS.: os loucos são os melhores.

AntonioLindo, porém traidor

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Antonio
Lindo, porém traidor.

Revisado por MariTomtom1.

um amor surpreedenteOnde histórias criam vida. Descubra agora