— Vamos, Mags... – Camille disse, esfregando o seu corpo magro em mim. Seus longos cabelos tocavam nas minhas mãos, que estavam pousadas na sua cintura.
Camille é a minha namorada. Loira, linda, a pior pessoa que eu já conheci. Ela brinca com as pessoas, ela brinca comigo. Eu deixo. Ou eu fingo deixar. O fato é que Camille acredita que eu estou na palma de suas mãos. Mas eu não estou. Nunca estive. Eu apenas continuo com ela e eu nem mesmo sei o verdadeiro motivo de ficar. Não sou apaixonado por ela, não desejo ela. Não gosto dela. Eu a odeio. E mesmo assim eu estou aqui.
Minha mãe tem apenas duas melhores amigas. Maryse Lightwood e Judite Belcourt. Judite é a mãe de Camille. Talvez esse seja um dos motivos pela qual eu estou ainda com ela. Meu padrasto, Andrew Bane, que é praticamente o meu pai, não gosta de Judite e também não gosta de Camille. Isso gera muitas brigas em casa. Além disso, Judite, minha mãe e Maryse moram todas na mesma rua. Todas perto da casa uma da outra. A casa de Camille era em frente a minha, do outro lado da rua e a de Maryse era ao lado da minha casa. Como eu disse, todas muito perto.
Eu tenho dois irmãos, Catarina e Ragnor. Minha mãe, Nadia Bane, é a melhor mãe do mundo. Ela aceitou minha bissexualidade melhor do que eu mesmo aceitei quando descobri, meu pai também. Eles são os melhores. Catarina tem a mesma idade que eu, 17, e Ragnor é um ano mais velho, o desgraçado finalmente havia feito 18 anos.
Agora, Camille estava falando para eu passar a noite na casa dela. Estávamos caminhando pela rua, eu com a mão na cintura dela e ela com um sorriso malicioso no rosto. Eu quero tanto que ela desapareça.
— Eu tenho vários trabalhos. – Digo, baixinho. — Já te avisei sobre isso. Estou no último ano, Camz, preciso passar de ano.
— Argh... Tudo bem. – Ela disse e começou a andar mais rápido para a sua casa. Ela sequer se despediu quando saiu correndo para longe de mim e foi para a sua casa. Eu ri baixo, ela provavelmente espera que eu vá correndo até ela. Mas eu não vou.
Espero ela entrar em casa e assim que vejo que ela não está no meu ponto de vista, caminho para o lado e ao invés de entrar na minha casa, eu vou para a casa de Maryse e Robert Lightwood. Quando eu entro, tudo está uma loucura.
Maryse está na cozinha, fazendo bolinhos. Robert está correndo pela sala com Max em seus braços enquanto Isabelle joga palitinhos nos dois, sentada no sofá e rindo. Maryse tem os longos cabelos negros presos em um rabo de cavalo e o cheiro que vinha da cozinha era delicioso. Era quase hora jantar e meu estômago quase fez um barulho de fome.
— Oi tia! Oi tio. – Eu disse quando entrei, rindo de Max que se contorcia nos braços de Robert.
— Magnus! – Maryse disse animada, saindo da cozinha e chegando perto de mim, me abraçando. — Achei que você não viria aqui em casa hoje!
— Oi Magnus. – Robert disse sorrindo, Eu sorriu de volta.
— Estava com Camille. – Eu respondi e nenhum deles tocou no assunto. Max veio correndo até mim e me abraçou. O garoto de 10 anos me adorava. Eu levantei Max no colo e quando o soltei, Max já estava correndo atrás de Robert pela casa, os risos infantis eram música para os meus ouvidos. Ali, naquela casa, eu me sentia em paz.
O comprimento de Isabelle foi uma piscadela e em seguida a garota jogou um palitinho em mim também, os cabelos morenos dela caindo em ondas sob os seus ombros. Ela simplesmente disse “Ele está no quarto. Está chateado.” e eu olhei para Maryse.
— Posso subir? – Ele perguntou. A mulher sorriu atenciosa.
— Apenas se você prometer jantar aqui. – Ela disse. Eu sorriu.
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Delicate (Malec)
FanfictionEle era delicado, seu amor por ele era delicado, o momento era delicado. Magnus não queria estragar, ele não queria machucar Alec mais do que ele já estava machucado. Alec era quebrado, mas Magnus iria colar todos os pedaços de volta, ainda mais for...