Eu certamente sou um idiota. Droga, eu havia traído Camille mais uma vez, traído feio. Não tinha apenas beijado Alexander, eu transei com um cara que eu não conheço. Eu levantei da minha cama e acordei o estranho eu descobri apenas hoje que o nome dele é Henry. Assim que eu tomei banho eu permiti que Henry tomasse banho também e após isso eu nem sequer me preocupei em comer algo, saí de casa, ao lado de Henry e quando eu estava saindo de casa dei de cara com Alec. Os olhos de Alec pararam em Henry e ele parecia tão triste. Eu encarei Alec, Alec me encarou. Henry notou a tensão e saiu sem dizer nada. Alec suspirou baixo.
— Oi. — Digo, tímido. Alec revira os olhos.
— Eu tinha vindo para me desculpar mas acho que você está muito ocupado. — Ele diz, já andando para ir embora.
— Alec! — O chamei, quase o puxei pelo braço mas me controlei. Alec virou para trás e me olhou. Ele parecia furioso e decepcionado.
— O que? — Ele perguntou, ainda irritado. — Eu não quero conversar!
— Então porque veio aqui? — Perguntei, estava ficando irritado. Isso não iria acabar bem, eu não queria o machucar mas estava impossível controlar os meus impulsos.
— Eu iria... eu queria... — Ele gaguejou, fechando os olhos e respirando fundo. — Esquece...
— Achei que fossemos melhores amigos, achei que contávamos tudo um para o outro. — Falei, um pouco decepcionado. — Anjo, conversa comigo...
— Não me chame assim... — Ele disse, suspirando. — Não... fale comigo.
Eu estava me sentindo um lixo, eu amo tanto e ele e o machuquei. Estava doendo tanto, eu queria saber o que está acontecendo, quero saber o que eu fiz pra ele mas ele simplesmente não me fala! Eu queria poder fazê-lo feliz e queria poder dizer tudo que eu sentia mas ele era meu melhor amigo! Não queria estragar o que tínhamos, não quero estragar nossa relação.
— Alec... — Não sabia o que dizer, eu só queria que parassemos de brigar. — Eu nem sei porque estamos discutindo você não pode apenas... dizer?
— Dizer o que? — Alec gritou, estávamos parados na frente da minha casa. Eu vi Camille nos olhando na janela de seu quarto. Ela estava sorrindo.
— Dizer o que você veio dizer! — Falei.
— Não vale a pena, não... não importa, é bobagem — Ele disse, triste.
— Alec... Por que você está bravo comigo? — Perguntei, Alec chutou o chão, parecia furioso.
— Porque você é um idiota, Magnus Bane! — Alec falou, dando um passo para frente. — Por isso. Você... você não consegue ver o que está na sua frente, não é? Você é um... argh! Apenas fique longe de mim!
— Você sabe que eu não consigo... — Confessei e vi ele suspirar. Eu não sabia o que dizer, não sabia o que fazer. Eu nunca havia brigado com Alec, não era um sentimento bom, era a pior coisa que eu já senti na vida. Eu amo ele. E ver que ele está com raiva de mim, que está decepcionado comigo, está me matando. Eu queria entender, queria poder dizer aquelas três palavrinhas mas se eu falar isso apenas vou acabar de construir mais uma discussão.
— Por que? — Ele disse, chorando. Eu me senti ainda pior. Fazer Alec chorar sempre foi um dos meus piores pesadelos e eles haviam se tornando realidade. Eu me sinto terrível. — Por que não pode me deixar em paz?
— Por que você quer que eu te deixe em paz? — Perguntei. — Alec, eu não estou entendendo nada... Por que você está me odiando?
— Só... me deixa ir — Ele falou, e apenas agora eu percebi que estava o segurando pelo braço. O soltei imediatamente.
— Alec... — Digo, tentando falar com ele, eu tenho noção de que estou chorando, eu sei muito bem disso, também vejo o quanto ele está evitando me olhar e isso está me matando.
— Me dê alguns dias... — Ele disse, se afastando e indo para a sua casa. Eu suspirei e voltei para dentro de casa. Eu não sei o que acabou de acontecer. Não entendo nada. Minha cabeça dói e eu apenas quero sair correndo e ir até Alec.
Entrei em casa, subi as escadas e eu sentia as lágrimas caindo mais sem que eu pudesse controlar. Eu o amo. E eu apenas quero que ele seja feliz, feliz comigo ou sem mim. Agora ele estava triste, bravo e decepcionado comigo e eu não faço ideia do porquê. Quando entrei no meu quarto eu senti vontade de me matar. Camille estava na minha cama, sentado mexendo no celular e claramente me esperando.
— Mags! — Ela disse animada. Eu revirei os olhos.
— Não me chame assim. — Falei suspirando e limpando as lágrimas.
— Você está chorando? O que houve? — Ela perguntou, se aproximando de mim. Chega, eu não aguento mais isso.
— Camille, chega. Eu quero terminar. — Falei, soltando tudo o mais rápido possível.
— Como é? — Ela perguntou, confusa. Suspirei.
— Eu sinto muito. — E era verdade. — Você é incrível mas eu não te amo. Não consigo. Eu te traí, Camz, e eu não me orgulho disso. Eu não deveria ter feito isso, e eu sinto muito mesmo, eu nunca quis te trair propositalmente, você merece alguém que te ame de verdade.
— Ah Magnus... — Ela disse, Camille suspirou e sentou-se na minha cama. Ela não parecia tão brava quanto eu imaginária que ela ficaria. — Eu não sei o que dizer... é confuso demais. Eu achei que ficaria mais chateada...
— Eu não entendo... — Falei, sentando-me ao lado dela. — Você... não se importa? não está triste? Porque eu me sinto péssimo por ter te traído...
— Não, eu odeio você por ter me traído mas... não machuca como eu imaginei que machucaria. — Ela falou suspirando.
— Você acha que um dia pode me perdoar? — Perguntei baixinho. Ela sorriu.
— Talvez... — Ela falou sorrindo. — Olha, eu sei que você, o Alec, Isabelle, Jace... bem, todo mundo, me acha uma vadia e eu realmente sou mas... eu nunca quis machucar você, ou Alec. Eu realmente não desejo fazer tanto mal quanto eu faço. Eu não medi minhas ações e sinto muito. Nossas mães são tipo, irmãs, eu odiaria que elas brigassem por nossa causa.
Eu sorri, ela parecia sincera e eu a entendia. Camille agia com seus impulsos e eu compreendo. Havia feito isso algumas horas atrás. No fim, ninguém é perfeito. Ela merecia desculpas.
— Eu também não quero isso. — Falei verdadeiro. — Eu sinto muito mesmo, Camz.
— Vai ficar tudo bem. — Ela disse sorrindo. — Eu prometo tentar controlar os meus impulsos.
— Você não precisa mudar quem é, Camille. — Falei sincero. Eu sabia que no fundo ela era uma boa pessoa.
— Não, mas eu quero. — Ela disse sorrindo. — E você, senhor, tem que me prometer algo também.
— Diga! — Falei, dando um tapinha nas minhas pernas. Camille abriu um sorriso enorme e eu sabia que aquilo não era bom.
— Fale logo o que você sente pro Alec. — Ela falou e eu arregalei os olhos. — Nem tente mentir pra mim.
— Não vou. — Falei, sorrindo um pouco. — Prometo que vou tentar, pode ser?
Ela suspirou, e eu sorri. Poderíamos ser amigos, certo? Nada nos impedia de ser amigos. Nós nos conhecemos desde pequenos e eu gostava dela então, poderíamos fazer isso funcionar.
— Pode ser. — Ela disse sorrindo. — Ele merece saber a verdade e eu tenho certeza de que ele gosta de você também.
— Não... Isso é...
— Cale a boca! — Ela interrompeu, virando os olhos.
— Calei — Respondi, levantando as mãos em sinal de rendição. — Chata.
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Delicate (Malec)
FanfictionEle era delicado, seu amor por ele era delicado, o momento era delicado. Magnus não queria estragar, ele não queria machucar Alec mais do que ele já estava machucado. Alec era quebrado, mas Magnus iria colar todos os pedaços de volta, ainda mais for...