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Alec estava brilhando, seus olhos azuis estavam felizes quando ele me me olhava. Eu sorri, passei a mão em seu rosto e ele ficou corado. Alec estava em cima de mim, seus lábios estavam vermelhos de todos os beijos trocados e seu pescoço tinha marcas de chupões que eu tinha feito. Ele também havia deixado marcas em mim, e eu não poderia estar mais feliz com isso.

— Eu... — Alec sussurrou, ele estava vermelho, eu o conhecia, sabia que esse era um daqueles momentos onde ele não sabia o que dizer. — Eu não sei, não... não sei o que...

Eu o calei, beijando-o. Alec não contestou, ele apenas me beijou de volta como eu implorava internamente que ele fizesse. Alec suspirou contra os meus lábios, e eu contra os deles. Nós sorrimos após o beijo.

— Está tudo bem. — Falei, puxando-o para deitar ao meu lado. Eu não iria até o fim com Alec ainda, não assim, não agora. Ele já tinha sofrido com isso e se eu o machucasse, eu não sei o que eu faria. Ele é tudo para mim e machuca-lo é a última opção.

— Promete? — Ele perguntou, me abraçando com força. — Porque eu não sei o que estamos fazendo.

Suspirei.

— Confesso que estou confuso também. — Admiti e vi ele ficar tenso. — Mas não quero falar sobre isso agora. Vamos apenas ficar aqui deitados, okay?

Alec sorriu e eu me senti realizado.

— Okay, Mags.

Alec deitou em meu peito, sorriu levemente e eu deixei que ele dormisse em meus braços, nada pode me fazer mais feliz.

§

No dia seguinte, Alec e eu não falamos sobre o ocorrido. Ele parecia evitar o assunto de todas as formas e eu não o pressionei. Ele parecia pior do que antes. Estava com olheiras e voltou a ficar no quarto o dia todo. Alec tem depressão e tendências suicidas, eu passo o tempo todo com medo de perde-lo. Eu não poderia de jeito nenhum perder o amor da minha vida. Meu Alec. Então, agora eu estava terminando um banho rápido e voltando para Alec, como sempre. Meus pais não questionavam o fato de que eu ficava o tempo todo junto com Alec, eles conheciam Alec, sabiam que ele precisava de mim. Meus pais também sabiam que eu daria tudo a Alec, que eu faria tudo por ele, e por isso, eles nunca — nem mesmo uma vez — me impediram de ir ver o meu melhor amigo. Eles nos conheciam bem o suficiente para saberem que nós somos invencíveis.

O cumprimentei quando cheguei na casa dele, ele me deu um beijo simples na bochecha, estava tímido. Eu sorri para ele, sendo mais ousado e lhe dando um selinho. Alec arregalou os olhos por meio segundo, depois retribuiu ao beijo, sorrindo bobo.

Cheguei na escola junto a ele, ninguém nos olhou diferente, sempre chegavámos juntos e isso não era novidade para ninguém, porém, quando eu puxei a mão de Alec para a minha, entrelaçando os nossos dedos, todos nos olharam.

— Você tem certeza de que quer fazer isso? Seja lá o que isso for... — Alec perguntou e eu sabia que sua pergunta era em relação a tudo. O quão bobo era ele. Eu precisava lhe dizer.

— Nós não conversamos realmente sobre isso mas... nós nos beijamos várias vezes — Eu comecei, parando de andar e ficando de frente a ele, ignorando os olhares de todos os alunos. Parecia que nós dois éramos a novidade do momento. Alec não parecia estar ligando muito e por isso não parei de falar, ou de segurar a sua mão. — Eu... eu estou apaixonado por você, sempre estive, Alexander. E... parece que você está também então... eu quero isso. Quero que nós dois sejamos mais do que beijos roubados. Quero ter você como meu namorado, como meu. E eu quero ser seu. Eu nunca quis ser de ninguém como eu quero ser seu Alexander. E se você me quiser, eu vou ser bom pra você, eu prometo. Eu prometo que vou cuidar de você, que eu vou te amar ainda mais do que eu já amo. Eu só peço você me aceite.

Delicate (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora