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A mesa da lanchonete era pequena demais para o meu grupo de amigos. Realmente, éramos muitos. Ragnor, Raphael — seu namorado— Catarina, Jace, Clary, Izzy, Simon, Camille, Eu e Alec — que estava escondidinho em um canto. Ele não gostava de pessoas, mas — tirando Camille — ele gostava de todas essas pessoas. Gostar de alguém não significava que eles podiam tocar em Alec e por isso, Alec era o último na mesa, ao meu lado, e do meu outro lado ficava Camille, com um braço entrelaçado ao meu. 

  — Cara, você é um porco! — Disse Jace para Alec, que quase se engasgou com o copo de suco que tomava para rir. Eu virei para o lado e o encarei vendo o sorriso calmo em seu rosto que automaticamente eu sorri também. Jace chamou Alec de porco porque ele simplesmente estava dividindo Ketchup — que estava em uma vasilha pequena entre mim e Alec — comigo. 

  — Mas eu não estou fazendo nada! — Alec se defendeu, Jace o olhou confuso.

— Nada? — Ele perguntou. — Ketchup é uma coisa sagrada, Alec. Você é um porco.

— Eu sou o porco? Você já viu o quarto do Magnus? — Alec pergunta rindo. Eu dou risada alto.

O clima estava completamente animado até que Camille interrompeu.

— E por que você foi no quarto do Magnus? — Ela perguntou. Todos ficaram em silêncio. Alec se encolheu ao meu lado e segurou a minha mão em baixo da mesa.

— Porque ele é o meu melhor amigo. — Eu respondi por Alec. Camille me olhou e céus, ela estava brava. Ela odiava Alec. Eu sabia disso, sempre soube.

  — Não muda nada! — Ela gritou em resposta. Alec apertou a minha mão. Eu odeio Camille agora, eu quis levar o Alec para se divertir, fazer ele sorrir e ela simplesmente estragou tudo isso. — Ele é gay, Magnus e você é bi. 

  — Cara, o que isso tem a ver? — Jace quem perguntou já ficando irritado. — Jesus Cristo! Como você é idiota! 

— Não se meta! —  Ela disse para Jace. Alec levantou de repente.

— Eu... vou ir embora. — Ele disse levantando. Eu puxei ele pela mão. Ver Alec tocando alguém ainda surpreendia as pessoas.

— Nem pensar. — Eu falei. É óbvio que ele não iria embora por causa de Camille. Não havia um mundo em que eu deixasse isso acontecer.

— Magnus! Deixe ele ir! Vocês já são grudados demais um no outro... — Camille disse. Eu ignorei ela e coloquei minha mão na bochecha de Alec, fazendo um carinho leve e em seguida dizendo:

— Você não vai ir a lugar algum. — E ele sorriu calmamente. E então Camille levantou. Ela chegou perto de Alec e o olhou brava.

— Você sempre tentou roubar ele de mim! — Ela estava praticamente gritando. — Fique longe do meu namorado!

Alec a ignorou.

— Hey! Você está me ouvindo? Eu disse para ficar longe de Magnus! — E então ela tocou ele no pulso, puxando com força e gravando as unhas na pele dele. Alec arregalou os olhos e deu um pulo para trás, saindo do toque dela.

— Camille! Você sabe que não deve tocá-lo! — Eu gritei para ela. Camille revirou os olhos.

— Isso é frescura! — Ela disse mas eu mal ouvi pois eu corri até Alec que estava olhando para o seu próprio pulso e respirava ofegando, contendo as lágrimas que eu via que queriam descer.

Eu coloquei meus braços em volta dele e o abracei com cuidado, passando toda a confiança que eu podia com o meu toque. Alec respirou fundo e deixou algumas lágrimas caírem em minha camisa. Ele colocou os braços em volta da minha cintura e me apertou ainda mais, eu afaguei os seus cabelos com cuidado e carinho e vi quando ele fechou os olhos e voltou a respirar novamente.

Delicate (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora