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Fazia uma semana que eu havia conversado com Alec, que eu tinha decidido que iria lhe contar tudo que sentia e no fim desisti quando ouvi ele dizer que eu sempre seria o melhor amigo dele. Agora estávamos aqui, todos nós juntos. A mãe de Camille, Maryse, e minha mãe fazendo janta juntas. Nossos pais assistindo jogo na televisão com Jace e Ragnor. Catarina estava com Camille, Izzy e Max, os quatros estavam sentados no chão da sala, as meninas pintando as unhas umas das outras enquanto Max tirava o esmalte velho que Izzy tinha em sua mão. Eu estava sentado em um sofá de dois lugares, ao meu lado estava Alec e nós dois víamos vídeos aleatórios no YouTube e riamos de nossos pais que torciam para times diferentes. Alec e Camille estavam suportando um ao outro. Na verdade eles não conversavam muito mas eu via que eles não estavam se odiando tanto. Camille as vezes me olhava como se estivesse perguntando “Por que vocês dois ainda não estão namorando?” e eu sempre revirava os olhos. Enquanto assistíamos um vídeo no celular de Alec, Robert deu um grito animado quando o seu time fez um gol e Alec levou um susto. Eu me controlei para não rir dele e levei um pequeno soco no braço.

— Podemos subir? — Alec sussurrou pra mim. Minha pele se arrepiou quando ele disse isso contra o meu ouvido e eu balancei a cabeça afirmando. Eu nunca iria negar nada a ele.

Levantamos e caminhamos entre as pessoas na sala — todo mundo fazia um esforço enorme para não tocar em Alec sem querer —, então subimos as escadas e entramos no meu quarto. Alec se jogou na minha cama e fez uma careta olhando para o quarto em volta.

— Já sei — Falei, quando ele abriu a boca para falar algo — Eu sou um porco.

Alec riu baixinho, eu deitei ao seu lado e Alec automaticamente deitou a cabeça no meu peito. Suspirei, o calor de seu corpo fazendo minha pele arder. Eu o amo tanto. Ele é tão perfeito e tão incrível. Não há ninguém que consiga me fazer sentir assim. Apenas ele.

— Sim, você é — Ele disse, rindo. — Olhe essa bagunça.

— Eu tenho preguiça, poxa — Me defendi.

— Porco e preguiçoso — Alec reclamou e riu logo em seguida. — Como que você é meu melhor amigo mesmo?

— Ah você me ama — Falei com desdenho e Alec apenas riu baixinho, meio constrangido. — A gente não vai mais assistir?

Estava nervoso, não tinha o que dizer e Alec estava deitado no meu peito, eu não sabia o que fazer. Eu queria levantar o rosto dele delicadamente e beija-lo. Já tínhamos nos beijado antes, não seria estranho.... seria? Eu o amo tanto. Não quero estragar o que temos, não quero perdê-lo. Sua mão escorregou até a minha, ele entrelaçou os nossos dedos e eu fechei os olhos, suspirando. Me sentia em paz, me sentia tão bem. Eu queria ele, quero ele mais que tudo, como eu conseguiria me controlar? Eu estou me afogando, eu o amo tanto e é difícil me controlar quando ele é tão perfeito.

— Não... — Ele disse simplesmente, sua mão livre fazia desenhos em meu abdômen, por cima da camisa e eu tinha certeza de que ele sentia a minha respiração, totalmente descompassada, tinha certeza de que ele podia ouvir meu coração, acelerado por causa dele. Será que ele ao menos sabia que era por causa dele? Será que ele tinha alguma noção de como o meu corpo reagia ao dele, será que ele sequer desconfiava que eu sou completamente apaixonado por ele, será que ele não desconfia que eu o amo mais do que apenas um melhor amigo?

— Alec... — Eu travei. Não sabia o que iria dizer além disso. Minha garganta doeu e eu queria simplesmente dizer tudo que eu pensava, tudo que eu sentia. Senti meu corpo todo ficar tenso, o nervosismo tomando conta de mim sem que eu pudesse controlar.

— Sim?

Ele levantou a cabeça, tinha um pequeno sorriso nos lábios, os olhos azuis brilhando e os cabelos negros estavam bagunçados. Eu o olhei, estava tão perto, sua cabeça ainda descansada sobre o meu ombro e seu rosto tão perto do meu. Eu o olhei e o mundo parou, o olhei e não consegui dizer nada, foi como se eu tivesse travado no lugar. E então Alec apoiou uma mão na cama e colocou a outra no meu rosto, fazendo carinho na minha bochecha. Meu mundo girou e parou ao mesmo tempo. E então ele me beijou, colocando sua mão na minha nuca e enrolando seus dedos nos meus cabelos. Eu não sabia porque ele tinha feito aquilo mas não iria nunca reclamar. Levei minha mão até sua cintura, porque sabia que podia e o apertei ali, sentindo-o suspirar contra os meus lábios. E então, eu aprofundei o beijo, pedindo espaço com a língua. Alec levou isso como incentivo pois ele aprofundou o beijo na mesma intensidade que eu. Nos beijamos com intensidade enquanto eu o abraçava pela cintura com força. Meu coração estava tão acelerado que eu achei que poderia morrer ali mesmo. Alec gemeu nos meus lábios e eu perdi totalmente o meu controle. Com minhas mãos ainda em sua cintura eu o puxei para cima de mim. Alec colocou as pernas em volta da minha cintura e não desgrudou os lábios dos meus.

Tudo era intenso demais, tudo é perfeito demais. As mãos de Alec puxam os fios dos meus cabelos e entram em baixo da minha camisa, passando as unhas pelos meus ombros. Eu não fazia ideia do porquê estávamos fazendo isso, não fazia do porque ele estava fazendo aquilo mas eu estava amando. Sentir Alec me beijando, com todo o corpo era o tipo de coisa que eu sonhava em ter todas as noites. Eu coloquei minhas mãos em baixo da camisa dele e o ouvi gemer mais uma vez, se remexendo em cima de mim. Alec separou os seus lábios dos meus, ele me encarou com aqueles olhos azuis e eu perdi o ar. Eu provavelmente estava com as bochechas tão coradas quanto as dele mas isso não me impediu de sorrir feito um idiota. Alec sorriu de volta e se aproximou mais uma vez. Alec beijou minha bochecha e o meu coração deu um salto. Ele desceu os beijos, chegando ao meu pescoço e me deixando louco. Ele passou a língua por minha pele, o prazer daquele toque me deixou tonto. Ele me mordeu e eu gemi completamente excitado e eu não conseguia mais pensar em nada além do fato de que eu amo ele mais que tudo. De que ele me deixa louco. Alec me deu um chupão, dois, três e eu estava cravando as unhas nas suas cinturas e gemendo em baixo dele. Eu levantei minhas mãos e peguei o seu rosto e fiz um carinho em seus lábios rosados, antes de beija-lo mais uma vez. Eu me entreguei completamente a ele, beijando Alec como se eu poderia morrer, e eu não conseguia pensar em nada que seja melhor que isso.

Eu não sabia o que estava acontecendo, mas eu não queria parar. Não queria parar nunca mais.

Delicate (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora