Mad Sounds [🏥]

9. Bem-vinda de volta.

[N/A: Olá!!!! Primeiramente gostaria de agradecer a Zzenitram que fez essa manip maravilhosa! Muito obrigada <3 Agora, vamos ao último capítulo dessa fic, finalmente hehe

Ignorem os erros e boa leitura!]

Narrador's POV

Duas semana depois...

Lauren não sabia por que se sentia tão aérea, como se estivesse esquecendo algo muito importante, mas seu cérebro continuava com essa lacuna estranha. Apesar disso, ela estava finalmente estabilizada, os remédios colocaram a garota no estado mais são que sua condição permitia no momento.

— Lauren? - A médica tentou atrair a atenção dela mais uma vez. - Está ouvindo?

A garota levantou a cabeça lentamente e a olhou por dois segundos antes de voltar a encarar seus próprios pés.

— Quer me dizer quem disse que você poderia não tomar os remédio?

Nenhuma resposta. A mulher mais velha suspirou pela quinta vez desde que Lauren entrou quinze minutos atrás.

— Sabe por que está tomando os remédios, Lauren? - perguntou suavemente.

— Para não imaginar coisas. - A garota disse alto o suficiente para ser ouvida.

A paciente sabia que havia tomado os medicamentos nas últimas semanas para controlar sua crise, mas não lembrava-se da crise em si e nem claramente do que aconteceu nos primeiros dias quando parou de tomar seus remédios. Isso era algo que ficaria para sempre perdido e somente aqueles que presenciaram algumas coisas daquela realidade saberiam.

— Isso. Os surtos não são bons para você e não são bons para ninguém que está perto de você. - A garota balançou a cabeça concordando. - Ninguém aqui quer que você fique mal, Lauren, queremos apenas que você fique bem. Achei que já tivesse entendido isso.

— Eu sei - Lauren sussurrou.

E sabia mesmo, ninguém a machucava e ninguém a fazia se sentir mal. Ela não sabia o porquê de ter desobedecido as enfermeiras, como a mulher sentada a sua frente estava dizendo. Tentava se lembrar do que a fez mudar de ideia antes da crise, mas era em vão.

— Então não pode parar de toma-los, tem que obedecer sempre que alguma enfermeira pedir algo para você.

Ela assentiu com a cabeça e olhou para o outro lado, desconfortável com aquela frase sem nem mesmo saber por que. A mulher mais velha a observou por alguns segundos antes de anotar alguma coisa no caderno à sua frente.

— Teve muitos sonhos essa semana?

— Não - mentiu.

A garota teve, mas só coisas que não faziam sentido para ela, e não queria compartilhar aquilo com a médica.

Ela não se lembrava dos sonhos que teve enquanto estava sob medicamentos intensos naqueles dias - os que só permitiam que ela ficasse acordada por pouco tempo -, e nem lembrava-se das alucinações.

— Tem certeza? Nada sobre seu antigo lar? É normal ter lembranças nessa fase do tratamento. - Elas já haviam conversado várias vezes sobre isso, e como na maioria das vezes, a médica cansou de esperar uma resposta de Lauren e resolveu tentar de outra forma: - Se sente mal em falar sobre o passado?

Lauren ouviu claramente aquela voz irritante do seu passado soando na sua cabeça: "porco nojento, porco nojento, porco nojento, porco nojento". A cena de como tudo aconteceu estava vívida na sua memória, mas ela nunca admitiria isso.