N/a: Rubrite, no sentido mais atual, é como cocaína.
Mantive a limpeza do lugar durante três horas seguidas para não tentar entrar novamente ao quarto e constranger Nikiforov como o fiz... Não, ele precisava de seu próprio espaço e era isso o que teria, por essa razão no meio desta organização acabei descobrindo cada vez mais quadros, livros e vestígios de sua família pelos outros locais desocupados que me causou a dúvida de o porquê de Yuri Plisetsky falar tantas coisas ruins ao pai tendo em conta aquele ambiente exalando um ar contínuo de sossego, sequer parecendo que lá fora as pessoas são rodeadas de tumultos e insatisfações.
Em um dos passos para fora da sala onde Victor costuma desenhar e pintar, o barulho comum da campainha se espalhou por todo o ambiente duas vezes imediatas, me surpreendendo por não esperar visitas... Victor não havia dito que teríamos. De qualquer maneira a pressa para quem quer que estivesse lá fora estava óbvia com ela sendo tocada de novo, desta forma apressei os passos mais longos.
Através do olho mágico pude perceber que um garoto loiro de capuz escuro batia o pé direito no chão, continuando a olhar de um lado para o outro, por essa razão destranquei a porta um pouco hesitante em fazê-lo, no entanto assim que pude checar corretamente a barra de pesquisa do meu sistema já informava claramente que aquele é o filho de Victor... Yuri Plisetsky. - O que faz aqui? - Tratei de perguntar logo que seus orbes vieram de encontro ao meu.
Não existiam motivos cabíveis para uma visita repentina a não ser que fosse uma emergência de vida, entretanto ele parecia bastante agitado como quem havia se drogado com rubrite por um dia inteiro, estava mais do que exposto através dos restos de pó vermelho abaixo da narina e os movimentos inquietos e incontroláveis. - Quem é você? - Ele contrapôs - Um androide?! - Intrigado, levantou uma das sobrancelhas e entreabriu a boca confuso - Puta merda, saia do meu caminho! -
- Onde você pensa que vai? - Interroguei depressa, bloqueando a passagem com meu próprio corpo.
- Onde penso que vou? Essa é minha casa! - Gritou totalmente alterado, o que significava perigo ao Victor e eu não poderia deixar isto acontecer, já bastava seu tornozelo doente... Uma dor de cabeça a mais não era saudável. - Onde meu pai está seu imbecil? -
- A casa é do senhor Nikiforov e ele não está em condições de vê-lo. Ele precisa de repouso - O avisei enquanto remexia a mão para que se afastasse da porta, não ousando tocá-lo para evitar futuros conflitos por questões diplomáticas. Humanos são explosivos demais para ter algum tipo de diálogo coerente que não seja a favor deles mesmos.
- Que porra, ele realmente comprou uma lata velha para cuidar dele? Eu desconfiava que estivesse mesmo ficando louco da cabeça - Gargalhando de maneira sarcástica, ele murmurou incrédulo, prontificando-se a entrar sem mais.
- Plisetsky devido ao seu temperamento preciso pedir que saia agora - Apontei ao seu peitoral, permanecendo a bloquear o caminho na expectativa que fosse embora de uma vez para não ter de usar a força.
Victor não iria vê-lo hoje, já estava decidido.
- Quem é você para resolver as coisas em nome do meu pai? - Irritado, questionava aproximando novamente, por esse motivo o agarrei pelo moletom sem hesitar e o trouxe para perto lutando contra mim mesmo na decisão de estabilizar a situação ao invés do processo incessante de contrapor.
Contando com o fato de que nós androides somos programados para aguentar bastante força e concertar situações independentes das quais fossem, eu não acredito que realmente fosse obrigatório ter o uso disso no momento mesmo que a vida de Victor estivesse acima de qualquer situação. - Eu sou a pessoa que está amigavelmente pedindo que saia de perto da casa do meu mestre e não volte tão cedo - Murmurei ainda agarrando com brusquidão aquele tecido grosso.
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DETROIT: Become Human | YURI ON ICE
FanfictionNum futuro não tão distante a civilização humana foi capaz de criar milhões de cópias robôs designados à servir cada pessoa seja por necessidade ou puro capricho, em razão disto Victor Nikiforov, um pintor acidentado, recorre a compra online do mais...