Aqueles olhos verdes rebeldes, raivosos e fixos não representavam de fato nenhum tipo de ameaça ainda que o objeto metálico estivesse apontado para mim de forma delinquente... Portanto mantive a calma em assegurar que o guardasse já que não existiam meios de fugas e, além disso, seria um desastre acabar ferido por deslize. - Meu nome é Yuri Katsuki. O que está fazendo por aqui? -
- O que você está fazendo por aqui? - Curto e grosso igual ao Victor, ele continuava com a arma branca em frente sem hesitar um único momento. Persistente e direto, ele dava um passo a frente encostando a faca ainda mais sobre o tecido flácido de meu pescoço, fazendo-me estudar o lugar com rapidez na expectativa de encontrar fugas exatas dali... Infelizmente todas sem sucesso; eu estava encurralado e meu chip de coloração amarelada. - Por acaso não é o brinquedinho do meu pai? -
- Tecnicamente eu sou o empregado do seu pai, porque brinquedo recebe os sinônimos para objetos inanimados e eu sou bas- -
- Irritante - Afirmou empurrando bruscamente meu corpo contra a parede, se afastando imediatamente e dando passos para o lado oposto. Aparentava frustado com algo, mas no final das contas somente tinha personalidade revoltada e desejava encontrar alguma autoafirmação naquele momento, no entanto mal houve tempo sequer de abrir a boca, pois assim como Victor ele não precisava de ninguém além de si mesmo para lhe dizer o que fazer. - Não entendo como meu pai pôde comprar um robô para me substituir. Agora ele pensa que vocês podem ser capazes de tudo?! -
- Ele precisava de alguém para fazer as tarefas domésticas. Nada além disso. - Tendo a visão do outro lado pude entender que sem dúvidas é a cópia mais jovem do pai: desengonçado, impulsivo e também cheio de expressões delinquentes... Quero dizer, apesar disso não é como se fosse um caminho a desviar já que a única pequena diferença notável era a sua violência causada por ciúme de seu pai com um androide em aprendizado. Uma completa bobagem humana; humanos tem essa carência constante de substituírem coisas ou pessoas para satisfazerem os próprios caprichos, mas nós androides não desejamos isto... Queremos ser o acrescento ao invés da substituição. - Além do mais, você quem o deixou sozinho -
- Ele merece ficar sozinho! - Gritou sem medir esforços, uma vez que as palavras certamente permaneciam na ponta da goela durante muito tempo.
- Ele é o seu pai! - Contrapus ao apontar em tom autoritário. Talvez pressão ajudaria a arrancar respostas e fazê-lo compreender um pouco ambos os lados da moeda. - E ele é alguém que você não pode mudar, mas continua sendo seu pai! - Continuei a aconselhá-lo mesmo que estivéssemos aos berros um com o outro, pois se tornaria difícil manter a passividade daquela forma; de fazer com que entenda que Victor vive assim... Que é um adulto orgulhoso e não há nada que o fará mudar completamente.
Naquele momento Plisetsky observou de canto, prendendo os lábios e tratando de virar à escuridão que tanto inudanva ali para suspirar exausto, indiscretamente abaixando a cabeça vencido e no final das contas se pronunciar. - Você parece admirá-lo demais para dizer de forma tão firme como Victor é... - Pausou então, mirando fixo novamente. - Por acaso você é algum stalker ou coisa do tipo? -
- Huh?! - Soltei imediatamente negando com ambas as mãos e cabeça, nervoso demais ao quase ser pego expondo a visão que tenho de Nikiforov porque, se caso o próprio loiro descobrisse de fato o que fizemos, seria no mínimo constrangedor à sua ética. Ambos não gostam de androides, o que aconteceria caso entendesse que seu pai teve relações sexuais com um?! - Não! Não! Victor apenas ensinou bastante antes de liberar meus serviços e nossa convivência não passava disso -
- Você é um bastardo péssimo com mentiras - Retrucou já escondendo a arma afiada dentro do próprio casaco sujo, desta forma se aproximando sem ameaças. - E agora um divergente idiota por vir nesses cantos -
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DETROIT: Become Human | YURI ON ICE
FanfictionNum futuro não tão distante a civilização humana foi capaz de criar milhões de cópias robôs designados à servir cada pessoa seja por necessidade ou puro capricho, em razão disto Victor Nikiforov, um pintor acidentado, recorre a compra online do mais...