YURI KATSUKI [04]

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Victor parecia ter ensaiado aquela cena durante todo o tempo que estive fora, pois aparentava óbvio através de suas ações começando por retirar meu óculo depressa, deixando-o sobre a escrivaninha enquanto sorria de ponta à ponta animado, também desfrutando do momento aproximando o rosto e logo invadindo minha boca de maneira lenta sem hesitar igual a última vez na qual tomei a iniciativa corajosa... Contudo ainda agia tão esperto que a tensão por ter suas mãos afastando peças de roupas já nem era tão presente como antes... Ou ao menos temporariamente.

De qualquer maneira a visão que tanto ajudava agora não seria tão necessária, uma vez que fechei os olhos somente para obter a luxúria de sentir o realismo de seus toques ao invés de procurar motivos e lógicas... Nada voltaria atrás para mim após esta noite e por essa razão o concedi permissão que fosse ao meu pescoço, expondo nitidamente a tremenda vontade de usufruir tudo dessa experiência.

Era bom... Extremamente bom.

Sua língua quente colidiu com minha pele e todo o resto ficou branco dentro de mim, um ápice estranho girando, enrolando e apagando... Eu mal tinha concentração nas mordidas logo em seguida porque a ambição nos desejos é excitante, jovial e entusiasmante demais, sendo assim ele também não teve nenhum pudor em permanecer retirando o restante do uniforme com rapidez ao elevar brevemente meu corpo, deveras incalculável até que agarrou minha mão esquerda e a levou na sua boca, colocando-a ali e continuando a sugar com firmeza.

Imóvel era definição do meu ser.

Apesar de estar estático o suficiente para não ter a capacidade de reagir, tomei a coragem de abrir os olhos e fitar aquele semblante ardiloso que continha bastante energia... Os cabelos desajeitados caindo em um dos olhos tranquilizava qualquer aflição, me obrigando a observá-lo firme passando toda a língua no redor de meus dedos sem se importar com o nível de iluminação do lugar que era consideravelmente alto, então imediatamente ele sorriu de canto por ver meu corpo finalmente exposto. – Seu fluído não é conspícuo sem o uniforme... – Sussurrou diante da ocasião que se encontrava com os lábios avermelhados cobertos de saliva, fixando os orbes azuis nos meus com ânsia. – É hipnotizante como você fica mais delicioso sem aquela roupa – Completou enfim.

Pela primeira o sorriso em meus lábios vieram de repente, eu não tinha sequer calculado tais ações, no entanto ela apossou-se de mim com clareza igualmente as palpitações dominando a lógica do software, o levando na direção do deleite e tentação de ser tocado daquele jeito. – Não posso descrever a excitação que meu corpo sente ao escutar isso vindo de você – Murmurei à mesma proporção, ganhando novamente um selo como recompensa.

– Seu pau duro está fazendo esse trabalho para você – Gargalhou baixinho quase de imediato, mesmo que eu não estivesse com o melhor dos sensos para entender sua piada maliciosa. – Você pode se virar? –

– V-Virar? – Engoli seco.

Com precisão ele usou o indicador para sugerir que ficasse de quatro sem qualquer contato visual de minha parte, por esse motivo hesitei de primeira sem compreender o que desejava com tais pedidos, porém logo cedi ao me dar conta que deveria atender seus pedidos senão tudo seria encerrado graças à desconfiança. Posicionei o corpo melhor quase voltando atrás de minha escolha e suspirei fundo desconcertado em como agir tendo em conta que somente a cabeceira da cama e a parede eram vistas, mas tirando esse desconforto Victor realmente deixou a compostura de lado, isso porque no momento que tranquilizei o corpo algo quente alcançou minha entrada com delicadeza, fazendo-me arfar em susto agarrando forte o objeto à frente. – Senhor Nikiforov?! –

Por um segundo imaginei que perderia a noção inteira do que se passava ao redor e que meu software simplesmente corrompeu com um vírus impregnado, no entanto aquilo não era nada além de Nikiforov massageando minha entrada com a própria língua, movimentando-a sem quaisquer forças... Tão exuberante, atrativo e novo que ofeguei escondendo o rosto de vergonha, tendo conhecimento apenas de sua mão agarrando numa nádega igualmente a seguida mordida que depositou brevemente ali. Nenhuma palavra seria capaz de descrever exatamente o medo e êxtase que arrepiavam a pele, mas eu não podia e sequer conseguia fazer algo, permaneci imóvel enquanto sua boca quente trabalhava com especialidade naquele ponto ridiculamente sensível.

DETROIT: Become Human | YURI ON ICEOnde histórias criam vida. Descubra agora