OPOSTOS

3º Capítulo

  P.O.V. Crystal

 Estávamos todos os Wolverlaw no pavilhão do ringue de combate. No ringue estávamos apenas três, eu, o Oliver e Fredderick Rodriguez que iria arbitrar o combate. Todos os outros estavam fora do ringue, alguns bastante entusiasmados, outros nem tanto. Um combate mano a mano, como apelidavam os combates entre Wolverlaws apenas era uma forma de quebrar laços entre família e isso era tudo menos vantajoso.

 - Vamos todos rever as regras do combate. - começa por dizer Fredderick.

 - Avança essa parte Fred. - interrompe Oliver, em pulgas, com a olhar fixo no meu. - Quero um combate livre, sem regras.

 Fred olha para mim e eu aceito as condições com um gesto de cabeça.

 - Muito bem pessoal. - grita Fred. -Vamos aumentar a fasquia, por isso é melhor subirem as apostas. Vamos ter um combate até à morte.

 Todos aplaudem e gritam urras a pedirem por um bom combate e eu apenas concentro-me em Oliver, vai ser fácil derrubá-lo, ele apenas está a lutar por orgulho, está completamente cego, colérico, um animal sedento é facilmente caçado. 

 - Não há desistências! - fala Fred, enquanto gera um campo de forças em torno do ringue. Ao meu sinal... -  ele caminha até ao exterior do campo de forças. - Que comece o combate!

 Mal ouve o sinal, Oliver corre para mim repleto de raiva, parecia um touro, eu só tenho tempo de me desviar e pegar na minha caneta, tenho de pensar rápido, em alguma coisa para usar como arma. Desenho uma corrente, é a primeira coisa não letal que me ocorre e seguro a ponta com uma mão e com a outra faço-a girar.

 Oliver olha para mim, ainda mais irritado e eu tento atacá-lo com a corrente, mas ele desvia-se sem muito esforço. Continuo a atacá-lo continuamente, até ganhar espaço para o poder apanhar desprevenido. Vejo uma aberta e consigo prendê-lo com a corrente, depois estico-a, para mim, com força, imobilizando Oliver. Ele fica furioso e puxa a corrente para o seu lado, com a força que fazemos de cada um dos lados, a corrente acaba por ceder, quebrando e desaparece e eu, sem tempo de reação, acabo por levar um soco em cheio na cara e caio no chão.

 A maior parte do público fica histérica, apenas algumas raparigas mantém-se imóveis e com expressões de choque estampadas no rosto.

 Oliver está contentíssimo e pede que todos o apoiem com gritos e palmas para que ele ganhe balanço e se atire para cima de mim, mas com isto eu ganho tempo para desenhar um escudo e quando Oliver chega a mim é abalroado e todos gritam agora por mim. Eu olho fixamente para Oliver com o escudo armado no braço esquerdo e com a caneta na mão direita. Ele ri-se na minha cara.

 - Não é com esses desenhos que me vais conseguir derrubar, Allen. Precisas de um engenho mias letal.

 - Eu posso desenhar o que quiser Oliver, o que é que tu tens para oferecer? Aqui não há nada a que te possas agarrar, spiderman.

 - Eu não sou o Spiderman! - ruge ele, correndo para mim e eu desenho rápido uma espada.

 Parece-se mais com qualquer coisa menos uma espada, mas tem uma lâmina por isso é letal e Oliver pára de correr quando sente a lâmina fria na sua garganta.

 - Allen. - ele toma uma expressão apavorada. Consegui assustá-lo. -  Eras capaz de jogar sujo contra outro Wolverlaw? 

 - Foste tu que decidiste, Oliver. - argumento e o silêncio é geral, todos querem ver o que acontece. - E este combate é até alguém não conseguir continuar.

 O que acontece a seguir é mesmo muitio rápido, eu desenho uma espécie de mão gigante que agarra no tronco de Oliver e o puxa para o chão e depois golpeio-o com o escudo na nuca, deixando-o inconsciente.