EPÍLOGO

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Danilo e eu decidimos nos casar no mês de novembro, mês dos nossos aniversários. A cerimônia aconteceria em menos de três meses. Eu já estava sofrendo da febre da noiva neurótica, me tornando mais perfeccionista com cada detalhe do que Mariana, a minha madrinha também neurótica. E pior estavam as mães dos noivos, vendo o tão desejado sonho que começou com uma brincadeira se tornar realidade.

Eu já havia me mudado para o apartamento do Danilo uma semana após a nossa festa de noivado surpresa, que aconteceu três dias após o pedido do casamento. E adivinhe quem elaborou às pressas a festa de noivado? Dona Antônia e Dona Sônia! Tinha que ser. Foi uma festa lindíssima com uma decoração bem rústica e cheia de corações vermelhos. Elas convidaram o máximo de pessoas que conseguiram em pouco tempo. Mas a maior festa – e cotidiana – acontecia mesmo pelo apartamento do Danilo, que ele insistia para que eu chamasse de nosso apartamento.

Eu não sei se Danilo e eu vamos viver felizes para sempre. A vida não é um livro, muito menos um conto de fadas. Meus pais fracassaram em seu casamento, mas os pais do Danilo e da Mariana continuam firmes e fortes, aparentemente ainda apaixonados. E embora Danilo e eu tenhamos perdido alguns anos estando longe um do outro foi esse tempo perdido que nos levou até o momento atual.

Nós precisamos ter nos afastado para descobrir a importância que o outro tinha. Precisamos até mesmo ter nos odiado (ou pelo menos eu o ter odiado) para depois nos amarmos. Precisamos de um reencontro para nos encontrar. O tempo e a distância foram as chaves para abrir a porta que dá acesso à nossa felicidade. Agora vamos vivê-la.

Vamos ser felizes aqui, hoje, agora. E até mesmo o amanhã, que é uma incógnita, nos enche de esperança, porque juntos somos uma certeza.

O IRMÃO DA MINHA AMIGA (VOL. 1 - SÉRIE OS IRMÃOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora