O IRMÃO DA MINHA AMIGA (VOL. 1 - SÉRIE OS IRMÃOS)

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O que mais eu poderia desejar na cama? Tinha feito essa pergunta há um mês e me dei conta de que estar com Danilo era sempre uma nova descoberta ou uma aventura diferente. Após uma semana de namoro eu havia constatado, por exemplo, que ele era tão bom com a boca e a língua quanto era bom com todo o resto. Nós nos encaixávamos literalmente e cada vez menos eu tinha dúvidas. Danilo havia se tornado uma certeza em minha vida. Aquele tipo de certeza que queremos ter para sempre.

Era uma noite de sexta-feira e eu havia acabado de gozar sentada sobre o rosto de Danilo, na cama de solteiro do seu antigo quarto de adolescente. Ele ainda não havia se mudado para o seu apartamento e estava chateado com a burocracia em relação a isso. Eu queria ajudá-lo de alguma forma, mas também descobri que a melhor forma de ajudá-lo era fazer com que ele relaxasse. Para isso, ele adorava me possuir. Desabei ao seu lado. Danilo lambeu os próprios lábios e me deu um selinho. Fiquei abraçada ao seu corpo, ainda sentindo espasmos.

— Você é literalmente gostosa. – ele sorriu e deslizou um dedo dentro de mim só para depois provar meu sabor mais uma vez – Muito gostosa.

— E você é muito safado. – gargalhei.

Nas últimas semanas tínhamos buscado um equilíbrio para o nosso relacionamento. A nossa vontade era passar os dias inteiros na cama, mas havia responsabilidades e nem sempre estávamos juntos. A minha rotina de trabalho demandava muito do meu tempo, já que atendia em uma clínica particular e também era psicóloga em um Centro de Atenção Psicossocial.

Danilo já estava empregado em uma clínica veterinária, mas também estava focado em estudar para a seleção de professor efetivo no Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Piauí – algo que já vinha fazendo há algum tempo, desde São Paulo. Ele já tinha tido experiência na docência como professor substituto na Universidade de São Paulo e desejava trabalhar na Academia.

Então, quando tínhamos oportunidade não nos desgrudávamos. Um frio sempre percorria a minha barriga quando Danilo falava sobre levarmos o relacionamento mais a sério, mas eu lhe pedia paciência. Era um fato que nós tínhamos muito mais em comum do que poderíamos imaginar e estávamos apaixonados. Eu conseguia sentir a reciprocidade daquele sentimento que nos pegou de supetão.

— Eu finalmente vou me mudar para o apartamento no domingo. Era essa a novidade que eu queria te contar.

— Que maravilha, meu bem! Você vai sair desse quarto com pôsteres automotivos horríveis! – ri.

— Não é tão ruim assim. Eu estava até pensando em levar alguns para decorar meu quarto novo. – ele disse, mas percebi o sarcasmo na sua voz.

— Se você levar esses pôsteres, eu juro que não vou pisar lá.

— A propósito, eu gostaria que você fosse para lá à noite, para estrearmos a minha cama.

— Tudo bem. Só não quero voltar muito tarde para casa.

— Eu estava pensando em você dormir comigo. – Danilo beijou a minha testa.

Em um mês de relacionamento ainda não tínhamos dormido juntos. Eu já tinha dormido na casa dos pais dele milhares de vezes, mas não conseguia me sentir à vontade indo dormir lá com ele, no quarto dele, na cama de solteiro dele. Assim como ele também ainda não havia dormido no meu quarto. As pessoas já sabiam que a gente transava. Eu não deveria me importar, mas me importava com possíveis comentários.

— Você está pensando demais, Alice. Dorme comigo, por favor. Você pode ir da minha casa para o seu emprego.

— E o que vão pensar disso?

— A única pessoa que está pensando alguma coisa é você. Somos adultos e namorados. Todo mundo sabe o que a gente faz.

— Ouvir você dizendo isso me faz perceber o quão ridículo isso soa. Não faz mal dormirmos juntos.

— Então é sim? – ele mordiscou a minha orelha.

— É. E eu espero que a sua cama nova seja maior e menos barulhenta que essa, porque estou a fim de cavalgar selvagemente outra coisa além do seu rosto. – acariciei o membro rígido coberto pela bermuda de Danilo.

— A minha cama foi comprada pensando especialmente em cada movimento que você pode fazer sobre o meu corpo.

— Sendo assim, o que você acha de começarmos as despedidas dessa cama? A coitada nos fez muito feliz nas últimas semanas. – abri o botão da bermuda.

— Acho uma excelente ideia.