Capítulo 4 - A chegada do Pedro.

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Nós estávamos tranquilas e felizes terminando o ensino médio. Queríamos ir para faculdade e já trabalhar assim poderíamos morar juntas. Eu vi no mural da escola um anúncio que precisavam de meninas com boa desenvoltura para trabalhar com marketing digital eram seis vagas.

- Bety, veja esse anúncio. Disse Kely.
- Vamos tentar? Disse Bety, animada.

Saímos, depois das aulas, e fomos no endereço da agência de comunicação que havia colocado o anúncio.

O Uber nos deixou na porta de um prédio elegante em uma região de escritórios.

Nos identificamos na recepção e fomos convidadas para assistir um vídeo da empresa no auditório do prédio. Para nossa surpresa umas 30 pessoas aguardavam para assistir o vídeo que passaria em 10 minutos.

- Meu Deus será que vamos conseguir a vaga? Disse Bety.

Segurei firme em sua mão e respondi:

- Estamos preparadas, somos responsáveis e só queremos trabalhar. Se for a vontade Deus vai dar certo.

Sempre tive muita fé. Por dentro eu estava super nervosa. rsrs

Assistimos o vídeo e pediram para escrevermos como seríamos úteis para a agência, qual a nossa experiência de vida, quais as nossas paixões. Entregamos as folhas com as respostas e disseram que em uma semana chamariam os selecionados para uma entrevista.

Sai animada algo dentro de mim dizia que se fosse para dar certo nossa relação amorosa as coisas fluiriam para morarmos juntas. Isso me deixava bem tranquila.
Bety era mais desencanada, ela já tinha esse perfil "só vai".

Eu queria muito ter uma família, um amor, filhos, pet. Amo cães e gatos. Amo animais. Bety também queria uma família estável. Não com regras e padrões, mas estável, com muito amor, carinho e respeito principalmente. Esse emprego poderia nos dar as condições necessárias para iniciarmos essa história de amor.

Sonhávamos muito e isso era muito bom. Enfrentávamos algum preconceito mas a gente nem ligava o amor entre nós era mais forte.

Nossos dias eram felizes e completos tínhamos muita atitude. E sabíamos que com esforço conquistaríamos nossos sonhos.

Os dias foram passando e nós gostávamos muito da companhia uma da outra, sorrisos, intimidades sempre intensas, partilhávamos a vida cheia de sonhos.

Na sexta convidei Bety para ir ao cinema, ela feliz combinou comigo uma hora antes do horário do filme no shopping.
Assistimos o filme IT, morri de medo, ela ria de mim. Saindo do cinema ela me convidou para ir a sua casa fazer brigadeiro. Amei a ideia.

Nos deliciamos com o brigadeiro. Comemos sentadas na cama, Bety resolveu ficar pelada. Eu também, rsrs.

Nos cobrimos com o edredom e começamos a nos pegar, sem pressa... Muitos abraços, beijos, não sentia mais o tempo, até que num beijo delirante e bem intimo que recebi, minha pele arrepiou meu coração acelerou que saiu pulando pelos quatro cantos do quarto, eu estava incontrolável parecia um choque eletrizante. Gozei.

Um pouco depois nos banhamos relaxadas, riamos conversando alegremente.

Meus pensamentos foram longe e falei:

- Bety, acho que seria adorável se tivéssemos um Pinto Amigo. Sorri meio encabulada.

- Kely, sabe que eu também estou sentindo falta de um Pinto Amigo.

Nos duas rimos e começamos a pensar quem poderia ser nosso Pinto Amigo.

No dia seguinte acordamos super cedo, e fomos para escola, estávamos terminando o ensino médio e era intenso, muitas pressões sobre vestibular, trabalho, provas finais.

...Será que vamos ter o Pinto Amigo?...

No meio da semana com aquela correria toda recebo um whats. Era da agência me chamando para a entrevista na quinta às 14 hrs. Fiquei muito feliz.

Bety ficou um pouco chateada pois ela não havia recebido nenhuma mensagem.
Eu dizia para ela se acalmar. Dizia também que ainda poderiam chamá-la,  e que se não a chamassem pelo menos eu poderia começar a trabalhar, juntando uma grana para logo morarmos juntas. Ela tentava me dar parabéns mas era nítida sua decepção. Eu tentava apoiá-la sem muito sucesso.
O dia da entrevista, la fui eu. Peguei um terninho preto, fiquei super alinhada, um salto alto, uma maquiagem leve, batom, perfume e estava pronta. Bety veio para me acompanhar. Quando me viu exclamou:

-Kely você esta linda!
- Obrigada. Respondi sorrindo.

Chegando na recepção do prédio, fui logo encaminhada para o sétimo andar, tudo moderno nessa agência espelhos e vidros, uma vista espetacular, pena que a Bety não subiu. Ela amaria ver a cidade desse escritório. Me apresentei e pediram para que eu aguardasse um pouco.

Sentei peguei uma revista e comecei a ler. Estava tranquila e descontraída quando ouvi:

- Kely?
- Pode me acompanhar, por favor?
- Claro, respondi com desenvoltura.

Entramos em uma sala do lado direito, super elegante, agora eu fiquei nervosa.rsrs

Ele sentou em sua mesa, era um rapaz bem jovem, deveria ter terminado a faculdade a bem pouco tempo. Tirei minhas conclusões. Ele era bem bonito.

Começamos a conversar, ele falava da agência, quais eram as expectativas me perguntou se eu tinha experiência, eu disse que não pois eu estava concluindo o ensino médio com informática.
Ele disse que isso não era problema, afinal assim eu poderia aprender aqui, ele ainda disse ainda que a empresa apostava muito nos estagiários e que ele era um exemplo disso, pois tinha acabado de ser efetivado.
Ele disse ainda, que se eu pudesse começar amanhã mesmo seria ótimo pois assim já seria apresentada para toda na reunião geral, no início da manhã. E que eu estava contratada.

Fiquei super feliz, até um pouco desconcertada, ele sorriu. Levantei para me despedir, o cumprimentei esticando a mão virei tropecei na cadeira e fui para o chão. Ria de nervoso, ele veio rápido e me ajudou a levantar todo educado. Fiquei muito sem jeito, pedi mil desculpas, ele disse:
- Não se preocupe, tudo bem, Muito prazer, eu me chamo Pedro.

- Espero você as 8 hrs, até mais.

Sai a mil, estava feliz, nervosa e envergonhada.

- Betyyyyy. Eu saindo gritando ao encontrá-la.

Amor não tem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora