Demons

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Demons















"When you feel my heat; Look into my eyes; It's where my demons hide; It's where my demons hide"

"Don't get too close; It's dark inside; It's where my demons hide; It's where my demons hide"













Coreia do Sul, 30 de março de 1886.













O tempo é a duração relativa das coisas; cria a ideia de presente, passado e futuro. O tempo é algo estranho, pôde-se ver o tempo passar diante dos olhos sem ao menos perceber. O tempo para um passa mais rápido que para outro. Em determinado momento o tempo parece passar muito mais devagar, e em outros ele passa em um piscar de olhos.

Faltavam apenas vinte e uma horas e cinquenta e dois minutos para o casamento do Príncipe ômega com o alfa do condado leste. Mesmo com pouco tempo, tudo estava quase finalizado. O castelo estava uma balbúrdia. As servas do castelo corriam de um lado para outro, apressadas. Estavam esfalfadas de tanto trabalho. Corriam de um lado a outro, colocando cada decoração em seu devido lugar, deixando o castelo impecável para o casamento real.

O casamento aconteceria de noite, por motivos de plenilúnio. Já que nessa época ômegas e alfas ficam mais férteis e propensos a procriar e assim dar origem a novos lupinos puros. A lua cheia era sempre a mais esperada. Em um dia normal, o cheiro de um ômega atiça o olfato apurado do alfa, o deixado atordoado; em lua cheia, esse cheiro se torna mais forte deixando-os fora de si.

Seu pai havia pensado em tudo.



Jimin agradecia aos ventos dos quatro cantos, por não ter visto Si Won em nenhum momento. Vagando pelo castelo. Não queria vê-lo, isso é o que menos queria desde o ocorrido do dia anterior. Com toda essa agitação, era bem capaz de o alfa estar ocupado, e o pequeno Park agradecia por isso. Por ser ômega não poderia governar o reino da Coreia do Sul, portanto, Si Won estava participando de negociações e reuniões reais, já que será ele quem irá governar, deixando ainda mais evidente sua fome pelo poder ao aumentar os impostos perante ao reino, causando descontentamento nas aldeias e gratidão dos nobres.

Tudo o que ele mais queria.

Jimin não estava muito diferente. O único tempo que tinha de repouso era quando ia dormir, mas nem isso conseguia fazer direito. O rei achou uma boa ideia colocá-lo em aulas de etiqueta e culinária, para que ao menos o comportamento do ômega mudasse e assim se tornaria um ômega perfeito. Mas era apenas mais uma perda de tempo, a tutora não possuía ter a mínima vontade de ensinar alguém como o ômega, sempre aproveitando cada deslize para puni-lo da maneira mais agonizante possível.

Perdeu as contas de quantas vezes precisou ir ao alfaiate para que pudesse tirar as medidas de sua roupa cerimonial. A Capicalli's era a loja mais procurada em todo o reino. Principalmente agora que o príncipe ômega passou a frequenta-la com maior frequência. Mas Jimin não podia negar, a dona da loja tinha um grande talento para roupas, sem tirar que ela era muito simpática. Grande parte de suas roupas sociais haviam sido desenhadas por ela.

E lá estava provando o terno cerimonial, novamente; mas a diferença é que agora levaria ele consigo. Estava virado de costas para o espelho, impedindo que visse o terno em sue corpo, se contentando em matar sua curiosidade assim que volta-se ao castelo; o que não demorou a acontecer. Com o terno em mãos, saiu da loja com dois guardas ao seu encalço, logo entrando dentro da carruagem que o aguardava em frente ao estabelecimento.

Durante o percurso até o castelo; Jimin foi observando cada detalhe do lado de fora da carruagem. O dia estava frio, mesmo que o sol tentasse esquenta-lo. Assim que a mesma parou em frente a uma confeitaria, o ômega pode ver crianças brincando umas com as outras de pega-pega, até uma delas cair e começar a chorar. No mesmo instante, a mãe da criança aparece lhe pegando no colo tentando acalma-la e a levando par dentro da confeitaria, talvez para cuidar dos machucados e lha encher de doces, como forma de mimo. Jimin sorria ao ver a cena, sentia muita falta de sua mãe; sentia falta de ter ela ao seu lado lhe afagando o cabelo e lhe dizendo que tudo ficaria bem que era apenas um sonho ruim. Mas tinha que ser forte e não dar o braço a torcer.

A floresta Mal Assombrada Onde histórias criam vida. Descubra agora