Talvez seja isso. Talvez a minha vida seja apenas um grito no vazio. Ou talvez não. Talvez ela seja extraordinária. É por isso que eu gosto tanto dessa palavra. Podemos ir do congelante, até o mais quente possível. Você pode subir e descer. Com tod...
Rafael: Amber por favor se acalma... você vai acordar o colégio inteiro desse jeito... Amor eu posso explicar..- Rafa falou, tentando segurar a mão daquela maluca, mas ela recusou, se afastando do meu amigo. Amber: Eu não quero mais olhar 1 segundo pra essa sua cara nojenta! Após os berros, ela deu um tapa na cara do Rafa, o deixando sem reação. Virou as costas e saiu em direção ao corredor principal. Olhei para o Rafael, pensando que finalmente ele tinha acordado, e visto que não valia mais a pena. Tomás: Vamos entrar no quarto cara, antes que nos peguem aqui fora, tu precisa esquecer essa doente - Disse, colocando minha mão em seu ombro, mas ele se esquivou e começou a fazer sinais negativos com a cabeça. Rafael: Não não não Tomás. Você não entende. Eu preciso ir falar com ela. Preciso explicar a ela o que aconteceu. Que merda, eu nunca deveria ter ido naquele quarto. ELE SÓ PODIA ESTAR FICANDO LOUCO. Tomás: Você perdeu o juízo de vez??? - perguntei incrédulo para ele - talvez terminar foi a única coisa boa que ela fez por você nesses últimos 2 anos! Acorda Rafael! Para de ser tratado como um cachorro,velho! Tu tá fazendo papel de otário!- cuspi as palavras em cima dele, bufando de raiva fitei seus olhos. Ele apenas respirou fundo, e batendo com raiva em meu ombro com o dele, saiu correndo pelos corredores. Aquele mané tinha merda na cabeça, só pode. Tomás-off ———- Acordei, e pela iluminação que entrava da janela de vidro, já devia ter passado das 10:30 da manhã. Olhei em direção a cama da Emy, que já estava com os lençóis e cobertas esticadas, mas nenhum sinal da loirinha no quarto. Afastei meu edredom, sentando com dificuldade na cama e examinei a minha perna. Conferi o curativo feito por Emy na noite passada, e estava praticamente intacto, quase sem sinal de sangramento. Respirei aliviada e deitei novamente na cama. Ouvi algumas batidas na porta e logo Emy entrou quarto a dentro, com uma bandeja de comida na mão. Dakota: Emy eu sei que como bastante, mas isso consegue alimentar um batalhão inteiro! Pra que tanta comida? - Emy não respondeu, colocou a bandeja na escrivaninha e franziu o cenho, apreensiva. Dakota: EMILY! Quer me falar o que está acontecendo? - Ela me olhou com um olhar preocupado, sentou na minha cama, e como um balão esvaziando, ela começou a falar. Emily: estamos ferradas Dak! A Amber viu o Rafa e o Tomás aqui ontem à noite, hoje mais cedo na cantina os dois não comeram juntos, e ela fez um escândalo quando ele tentou falar com ela! Sabe o que isso significa? Que ela vai dar algum jeito de sermos expulsas, ou vai fazer alguma coisa muito grave para nos prejudicar! Eu gosto de estudar aqui Dak, não quero sair! Eu sou bolsista! Se eu fizer qualquer coisa de errado sou chutada sem nem pensar duas vezes! - No final, Emy já estava chorando desesperadamente. Sentei na cama e a abracei. - ela não vai nos machucar, está me ouvindo? Vou ir hoje conversar com a coordenação, e vou dar um jeito nisso! - eu disse, tentando conforta-la, e abraçando mais forte. Fiquei em silêncio até que ela se acalmasse, e dei um pequeno sorriso a ela. Emily: Porque está sorrindo? Dakota: Não pensou em nenhum lado positivo dessa história? - disse, levantando e abaixando as sobrancelhas. Ela me olhou chocada, e deu um tapa fraco na minha perna que não estava machucada. Emily: Eu nem tinha pensando sobre isso! Só pra deixar bem claro!!!! Dakota: tá querendo enganar quem bonita? Sei que a primeira coisa que pensou foi que agora o Rafa da solteiro!!! Emily: ok, talvez eu tenha pensado, mas isso não muda quase nada Dak. Ele vai continuar me vendo como um fantasma! Bufei e levantei da cama. Fui mancando até a escrivaninha e agarrei um pão de queijo. - Emily você é tão inteligente para tantas coisas, mas em compensação, é uma tapada pra assuntos de vida amorosa. Até um cego via como ele te olhava ontem à noite Emy! Eu tenho certeza que aí tem coisa sim! - Emily fez uma cara de emburrada, porque ela sabia que de algum modo, eu estava certa. Só precisávamos de tempo pra descobrir o que era. _______________¥______________ Alguns dias depois.... No dia que sucedeu o acidente com a minha perna, fui com Emy até a diretoria, e digamos que contamos uma meia verdade. Falei que tinha ido treinar escondida,para satisfazer melhor as expectativas da escola sobre a minha pessoa,(sim eu dei uma exagerada), e que tinha machucado a perna em um passo com o patins, e que para não me encrencar, tinha procurado Emily para me ajudar. Disse que ela não tinha culpa nenhuma, e que ela fez o possível pra me convencer de procurar a enfermaria. Expliquei que eu que tinha o kit de sutura( para não dar mais confusão) e que pedi para que Emy me suturasse. A diretora que era uma senhora de mais ou menos uns 62 anos, reprimiu minha atitude, e falou que teria que ajudar nas tarefas da escola como minha punição, mas que eu estava tentando ter um desempenho melhor, então ela compreendia( benefícios de ter essa porcaria de sobrenome, pelo menos me serviu para alguma coisa.) Emily só teve repressão por parte da diretora, mas como era a primeira infração dela, ela deixaria passar. Saímos da sala da diretoria a caminho da enfermaria( claro, agora teria que me tratar corretamente), e quando estávamos saindo, dei um pequeno aceno para aquela secretária da diretora simpática que me ajudou no meu primeiro dia. Quando chegamos no quarto aquele dia, Emily me abraçou e chorou de novo, me agradecendo. Estávamos livres de qualquer chantagem que a Amber poderia tentar fazer sobre nós. Como tinham se passado dias do meu pequeno acidente, a médica da escola me liberou para voltar a treinar, justificando que a cicatrização do corte estava indo muito bem. Coloquei uma leg térmica( já que estávamos chegando ao inverno rigoroso da Carolina do Norte.) Peguei também a blusa térmica azul marinho e um moletom preto para colocar por cima. Calcei as botas pretas e coloquei a mochila dos meus patins em meu ombro. Quando estava saindo, Emy chegou com seu cachecol quase cobrindo seu rosto todo. Emily: Se prepara, foi horrível treinar hoje nesse frio. Dakota: Muito obrigada pelo apoio, hoje é meu primeiro dia de volta aos treinos, alguma palavra motivacional? Emily: Mostra para aquela vaca quem é que manda! Ela disse sorrindo. Sorri também e fechei a porta. " ela que me aguarde" pensei comigo e sai andando pelos corredores.
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