No Love {Lil Xan}

Capítulo Seis - A festa

POV Savannah
Maldito TCC que nunca acaba! Eu fiz umas 500 matérias durante os períodos para agora passar por esse trabalho infernal.

Eu passei o dia inteiro dentro do meu quarto fazendo essa coisa e mal cheguei na metade.

— Senhorita Flynn? — Noah para na porta e dá dois toques nela. — Você já estudou demais hoje, nós vamos até a festa de abertura daquela boate chique da zona sul da cidade.

— Você vai nisso? Ok, boa festa!

— Nós vamos nisso.

— Mas é claro que não. Você sabe que nada me atrai em baladas. Odeio a música alta, as pessoas suando enquanto se esfregam umas nas outras, o cara que com certeza vai derramar bebida na minha roupa...

— Ah Sav, vamos lá. Vai ser legal!

— Não, eu sei que não vai.

— Por favor... — Noah faz biquinho e claro que não consigo resistir.

Suspiro, odeio essa vida social agitada que vem com a faculdade! Mas é, parece que realmente vou ter que topar sair hoje.

— 30 minutos, sem me fazer segurar vela e se a música estiver muito ruim nós vamos vazar!

— Isso! Vai ser demais, você vai amar! — Ele comemora e vai se arrumar, saltitando até o seu quarto.

Tomo um banho rápido e visto um vestido preto um pouco acima dos joelhos e uma sandália de salto médio.

Encontro Noah na sala vestindo uma camisa azul petróleo com os dois primeiros botões apertos e uma calça jeans tão escura quanto apertada.

— Uau! Você está linda!

— Você já me viu um milhão de vezes com esse vestido que eu odeio e insiste nessa ideia.

— Você é bonita de qualquer jeito.

—Obrigada, Fallon. — Sorrio e ele retribui.

Sempre que ele pode tenta levantar a minha autoestima, mas todas as inseguranças que tenham tornam as coisas bem mais difíceis pra ele.

— Vamos? — Assinto e pego as chaves do carro dele, um Civic que comprou com o salário que ganha no estágio. Pois é, Noah tem o melhor estágio do mundo!

Descemos de elevador até o estacionamento do prédio. Jogo as chaves para ele e entramos no carro, onde me sento no banco do carona.

Ele dirige tão depressa que logo chegamos, mesmo não sendo tão perto da nossa casa. Do lado de fora a música já podia ser ouvida, que parece ser um pop bem chiclete. Adentramos o local juntos e Noah me puxa para o bar.

— Pode beber o quanto quiser, eu dirijo. Tenho que estar em perfeitas condições para adiantar meu TCC amanhã, e sei o quanto você é um beberrão! — Falo alto, superando o som da música.

— Eu te amo! — Ele me abraça e em seguida se vira pata o barman.

Aviso que vou dar uma volta pelo local e ele assente, mesmo eu tendo quase certeza que ele não entendeu o que eu disse.

A boate está muito cheia, as pessoas estavam realmente eufóricas para conhecer o lugar. E eu não sei porque, boates são todas igualmente chatas.

— Olá, princesa! — Sinto alguém me pegar pela cintura. Por um momento meu coração para, jurando que era o Bryan. Mas olho para o homem e percebo que não o conheço, e então me afasto. — Quer dançar?

— Não, muito obrigada. — Digo tentando sair dali, mas o homem segura meu braço. Faço força pra me livrar, mas ele é mais forte que eu.

— Não se faça de difícil. Eu sei o que você me quer, querida.

— Me solta, desgraçado!

— Larga a minha namorada agora! — Noah me puxa para seus braços.

— Acha que vou mesmo acreditar que ela é sua namorada? Desencana e deixa eu pegar sua amiguinha, vai!

Noah puxa minha cintura e me beija, levando suas mãos até minha bunda. Fecho os olhos e apenas o sinto, a música para e os toques dele se mostram intensos. Quando ele se separa de mim, abro os olhos e percebo que o homem já não está mais aqui.

— Me desculpe por tudo isso, mas babaca precisava acreditar e te deixar em paz. Eu queria muito ter dado um soco na cara dele, mas não queria causar confusão e ser proibido de voltar aqui, gostei bastante desse lugar pra isso.

Para mim não faz sentido, Noah poderia apenas me puxar dali e nos livrariamos dessa. Mas essa explicação foi tão bem estruturada que acho que deve mesmo ter sido a coisa mais prudente a se fazer.

— Tudo bem, obrigada.

— Você está bem? Ele te machucou, não é? Seu braço está roxo.

— Não está doendo. — Minto.

— Quer ir embora?

— Não. — Minto de novo, mas não quero ser uma mala que estraga os planos dele. Se já estamos aqui, é melhor que tiremos algum proveito disso. — Isso não precisa estragar a noite, vamos ficar.

Noah assente sorrindo e me puxa para a pista de dança.

POV Diego
— Você não vai me levar para a sua casa, Daddy? — A vadia que arranjei para área vip implora pela milésima vez e perco a paciência.

— Se insiste tanto, vá para a sua casa.

— Mas...

— Some da minha frente, Lindsay.

— Certo, tanto faz! — Ela esbraveja e sai batendo o pé.

Levanto-me para apreciar a visão do térreo da boate. Na verdade, gosto mesmo é de esperar até que uma boa briga comece e alguém seja banido. E pode acreditar, sempre acontece!

— O que deu em você, cara? - Steven me pergunta enquanto aperta a garota que está no colo dele.

— Não sei, cara. Ela me irritou, eu só queria ficar aqui e...

Paro de falar no momento em que reconheço alguém na multidão de pessoas na pista de dança.

— E o que?

— Savannah Flynn! Ela está ali!

— Sua fotógrafa?

— Exato! Ei cara, você me faz um favor? — Chamo um dos seguranças da área vip e ele se aproxima prontamente. — Pode trazer aquela garota bonita de cabelo cacheado escuro para cá?

Ele apenas assente e se apressa ao deixar a área e descer para cumprir a minha ordem.