No Love {Lil Xan}

Capítulo XXXIV - Nada além da verdade

POV Diego
Falei tudo o que eu aconteceu para Steven e ele me aconselhou a ir na casa de Sav e tirar tudo a limpo com ela.

Então passei em uma floricultura para comprar um buquê de rosas cor de rosa, fui ao drive thru do McDonald's pedir dois combos do Big Tasty e um milkshake de morango pra ela e até a locadora para alugar um dos filmes favoritos dela, "10 coisas que odeio em você".

Quando chego no saguão do prédio dela dou de cara com o Noah.

— Oi. — Apenas digo e ele me olha de baixo pra cima. As vezes ele pode ser bem intimidador.

— É melhor resolver isso, não quero mais a ver sofrendo.

— Eu sei, eu quero me explicar e resolver... ela está sofrendo?

— Claro, ela sempre sofre com essas coisas. Ela até tenta não transparecer, mas o jeito que as coisas terminaram no antigo namoro dela a abalaram demais. Você sabe, né...

— Bryan. — Nós dois falamos juntos com tom de repúdio e depois consigo ver até um projeto de sorriso no rosto de Noah.

— Olha, eu não vou com a sua cara... — Noah começa dizendo.

— Sei disso.

— Sério, nem um pouco...

— Ok, pode prosseguir.

— Mas eu juro que eu nunca, nunca vi ela tão feliz como está agora com você. Não estrague isso.

— Obrigado, cara.

— Sério, se você estragar tudo eu vou arrancar as suas bolas.

— Savannah já disse que vai fazer isso.

— Então eu corto todo o resto.

— Entendi o recado.

— Boa sorte, cara.

— Nossa, mas você tem altos e baixos, né?

— O que disse?

— Nada, boa noite e boa sorte se estiver ir vendo a Louisa também.

— Você está falando da minha mina, cara? — Ele cresce para cima de mim e muda totalmente o semblante.

— É que eu só...

— É brincadeira, relaxa.

— Eu sabia, claro que sabia. — Respiro aliviado.

— Boa noite, cara.

— Boa noite. — Ele sai em direção ao estacionamento e respiro aliviado.

— Precisa de ajuda ou calças novas, Sr. Leanos? — Sr. Carlos brinca e rio.

— Quase que sim, Sr. Carlos, quase que sim.

Subo de elevador até o andar de Sav e toco sua campanhia.

— O que foi que você esqueceu, Noah? — Ela diz abrindo e se afasta quando vê que sou eu. Pelo menos ela não bateu a porta na minha cara.

— O Noah eu não sei, mas eu esqueci de dar valor pra mulher que eu amo, e estou aqui pra me redimir. — Digo entrando fecho a porta por trás de mim.

— Eu não quero escutar nada de você.

— Savannah...

— Não, Diego, vai embora.

— Mas eu...

— Eu pedi pra ir embora! — Diz, deixando algumas lágrimas caírem. Dou um passo pra trás pensando em ir, mas não vou porque eu sei que se sair agora eu irei perdê-la.

— Quer saber, eu não vou! Não vou porque não é isso que você quer de verdade. Não vou porque não é assim que tem que terminar. Não vou porque eu te amo! E não importa se você quer ou não me ouvir agora! Você vai receber essas flores porque eu sei que são suas favoritas, vai comer esse lanche que futuramente pode te causar um infarto porque você gosta e vai  assistir esse filme porque eu sei que é um dos seus preferidos! Mas você vai me ouvir, porque você me ama e eu te amo, e é isso que importa, só isso.

— Você me fez chorar de novo. — Ela fala limpando as lágrimas mas sorrindo. — Diz o que tem pra dizer logo.

— Quando estávamos aqui na sua casa, eu fui surpreendido uma mensagem da Noah Cyrus. Nós não temos uma história muito boa.

— Por que? O que aconteceu?

— Resumidamente ficamos, eu queria uma coisa séria, ela não e me deu um pé na bunda. Eu não queria me encontrar com ela por nunca ter resolvido isso, mas como ela disse que era sobre a gravadora eu fui. Não foi minha intenção esconder isso de você por não querer que você saiba que saí com uma menina ou algo assim, mas pra você não se preocupar e não ficar com ciúmes por nada, entendeu?

_ Não, Diego, não é assim que funciona. Você me conta a verdade e eu decido como ela vai me afetar. Estamos juntos nessa, você não pode ficar me escondendo nada. Eu não teria motivos pra desconfiar de você se você tivesse me falado tudo que tinha que falar, mas já que não disse eu percebi que você estava estranho, fiquei pensando no que eu poderia ter feito de errado, até fiquei com medo de acontecer a mesma coisa que aconteceu com o Bryan.

— Eu nunca faria o que ele fez com você.

— Mas foi isso que a dúvida me fez pensar, por falta de diálogo. Eu não quero continuar se não for pra estarmos muito juntos nessa, totalmente.

— Eu estou, pode ter certeza.

— Ótimo, eu também estou.

— Posso te dar um abraço agora?

— Pode. — Diz sorrindo e corro para abraçá-la. Também lhe dou um longo beijo.

— Gostou da minha surpresa?

— Pink roses, big tasty e 10 coisas que eu odeio em você? Eu adorei! — Rio. — E sobre o que a tal de Cyrus queria falar com você?

— Ela disse que a gravadora quer que a gente se aproxime.

— Mas por quê?

— Provavelmente para um dueto. Mas amanhã eu vou falar com a Columbia Records direitinho e tirar isso tudo a limpo.

— Ótimo.

— Então, quem quer comer um lanche industrial extremamente calórico e assitir esse clássico adolescente cômico e romântico dos anos 90?

— Eu quero! — Rimos.

— Eu nunca mais vou te magoar. —Abraço- a. — Eu te amo.

— Eu também te amo.