Capítulo XIX - Nosso nascer do sol

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POV Diego
Demorou aproximadamente uma hora, mas chegamos muito bem.

- Seja bem vinda à Redlands, Califórnia! - falo ao passarmos pelo portal da cidade.

- Redlands? É onde você nasceu!

- Exatamente, vamos ver o sol no Ford Park.

- São 04:30, à que distância estamos de lá e que horas o sol nasce aqui?

- O parque é à dez minutos daqui e o sol nasce às 05:50. Nós dois temos tempo!

- Ok.

- Tem um hipermercado que funciona por 24 horas aqui pertinho, quer que eu compre alguma coisa?

- Acho que não, mas vamos, eu mudo de ideia muito fácil. - rimos.

- Vamos.

- Então, Redlands... Por que me trouxe aqui?

- Eu nasci e cresci aqui com coisas muito ruins por perto, violência, drogas, pobreza, preconceito pelas tatuagens... Perdi muitos amigos que eu considerava irmãos. Eu odiava aqui e ainda odeio, mas achei que se você viesse aqui comigo, criaria uma lembrança nova e boa e sempre que eu viesse aqui lembraria.

- Então você me acordou às 03h, me trouxe à Redlands sem eu saber, pra vermos o por do sol e você ter uma memória feliz daqui?

- É...

- Conta comigo, vamos lá!

- Eu adoro você! Muito obrigado!

- Você também é legalzinho. - rio. - Eu também te adoro, não precisa agradecer!

Dirijo poucos minutos até o hipermercado. Descemos do carro e entramos no supermercado.

- Uhm... Todo mundo aqui conhece todo mundo, então não se estranhe de sermos parados de cinco em cinco muitos.

- Ok.

- E não se importe com alguns olhares estranhos pra você, quando eu venho aqui, o que é raro, é só com a minha família.

- Tudo bem, eu posso lidar com a fama. - rio.

- O que você quer comprar?

- Eu queria mesmo um celular novo, essa coisa não funciona mais. - ela diz enquanto tenta mexer no telefone e rio. - Pode comprar um energético e uma barra de cereal?

- Claro, só isso?

- Sim, obrigada. Eu te pago assim que chegarmos em casa.

- Nem ouse tentar. - ela sorri, envergonhada.

Depois de termos pego tudo fomos até o caixa, onde eu infelizmente conheço a mulher.

- Bom dia, Diego. Ou como te chamam mesmo? Lil Xan?

- Bom dia, Crisélia.

- Sua mãe sabe que você está aqui?

- Ela sabe tudo que eu faço, diferente de você com os seus filhos.

- Aposto que ela apoia igual como da vez que deixou você se viciar em Xanax.

- Olha aqui, sua desgraçada, eu não vou deixar você falar assim da minha mãe. - vou praticamente para cima dela e Savannah me segura.

- Diego, não vale a pena, vamos embora.

- Diga pra Candy que mandei um abraço.

- Diga pro seus filhos que mandei "meus pesames". - jogo o dinheiro no balcão do caixa e saímos. - Desculpe por isso.

- Tudo bem, você está bem?

- Sim, perfeitamente. Não vou deixar isso estragar tudo. Vamos... Voltar pro carro?

- Claro, vamos.

POV Savannah
Ficamos apenas sentados ali no carro, que apesar de ser muito confortável já estava me dando dores.

Eu como a barrinha que o Diego comprou enquanto escutamos música. Dá pra ver que ele está triste e o que aquela mulher disse o afetou.

Começa à tocar "Old Town Road" do Lil Nas X e Billy Ray Cyrus.

- Eu amo essa música!

- Você e todo mundo. - fala, ele realmente está de mal humorado.

- Yeah, I'm gonna take my horse to the old town road, I'm gonna ride 'til I can't no more. - cantarolo e ele ri, eu finalmente o fiz rir!

- I'm gonna take my horse to the old town road, I'm gonna ride 'til I can't no more - cantarola e sorrio.

- É isso aí, agora dançando! I got the horses in the back, horse tack is attached, hat is matte black got the boots that's black to match. - canto e começo à dançar dentro do carro.

- Eu não sei dançar.

- É claro que sabe, vai.

- Ridin' on a horse, ha, you can whip your Porsche, I been in the valley you ain't been up off that porch, now - fala dançando e rio, ele realmente não leva jeito.

- Eu te fiz sorrir! - ele sorri mas volta ao mesmo rostinho que estava antes. - É essa a lembrança que quer guardar, Diego? Não se importe tanto com o que os outros falam, não cabe às outros julgar a realidade que não se vive.

- Você estava lá, escutou o que ela disse.

- As pessoas falam muito, cabe a você dar importância ao que elas dizem ou não. Vamos lá, "Can't nobody tell you nothin'"! - cantarolo e ele ri

- Você tem razão, não vou deixar que isso estrague tudo!

- É assim que se fala! Vamos, são 05:30.

- Quer dirigir?

- Eu não sei onde é.

- Eu te guio.

- Tudo bem. - trocamos de lugar. - Espero que você tenha um bom seguro. - ele ri.

- Todos os meus carros têm.

- Não, eu quis dizer de vida. - gargalhamos.

...

Ao chegar no Ford Park nos sentamos em um banco que dava de frente para um lago. O lugar é lindo mesmo, não me impressiona Diego tê-lo escolhido.

Ele pegou a coberta que acabara de comprar no hipermercado pra me cobrir, está realmente muito frio. Agradeço e apoio minha cabeça no seu ombro.

- Quando eu morava aqui esse era meu lugar favorito, porque eu fugia das coisas que me atormentavam e por um minuto, olhando pra paisagem, esquecia de tudo... É isso que eu sinto quando estou com você. - fala e pega na minha mão.

- É isso que eu sinto quando estou com você também. - falo levantando a cabeça e olhando em seus olhos.

Diego se aproxima e me beija, o melhor beijo que já me deram na vida!

boa noite, curtiram a surpresa do Diego?
espero que tenham gostado, votem e comentem ok?💖

No Love {Lil Xan}Onde histórias criam vida. Descubra agora