No Love {Lil Xan}

Capítulo LIII - Companhia

POV Diego
Como eu já estava muito ferrado com o Marcus e a gravadora, eu preferi fazer o que me foi ordenado e escrevi minha parte do dueto com a Cyrus.

A música se chama "Live Or Die", e preciso admitir que ficou muito boa, até mesmo para a parte da Noah. Eu não gosto dela, mas admito que tem talento.

Ela: o Marcus marcou de gravarmos nossa música Studio amanhã de manhã.

eu: certo, tudo bem pra mim.

Como fiquei sozinho esses dois dias, e preciso de alguém pra me comunicar senão perco a habilidade de me comportar socialmente, ligo para Steven pelo FaceTime.

— E aí, irmão! — Steven atende animado. Analiso o local que ele está e chego a conclusão que é um quarto de hotel dos bem caros.

— E aí, tudo bem? — Pergunto enquanto ajeito a posição do celular para a luz ficar melhor.

— Tudo sim e você?

— Eu também, cara. Tô maluco pra ver minha garota amanhã!

— Sua garota, Diego? — A voz estridente de Brittany questiona ao fundo.

É, mesmo que eu já tenha conquistado muito do perdão de Savannah, acho que a melhor amiga dela nunca vai me perdoar. Brittany me odeia, e digo isso pegando bastante leve na escolha de palavras.

— Oi pra você também, loirinha.

— Ei, só eu posso chamar a minha loirinha de loirinha, ok? — Steven adverte algo que acho que nunca vi incomodá-lo até hoje.

— Beleza, foi mal! — Digo, levantando uma mão como se me livrasse da culpa. — Parece que eu estou incomodando vocês então amanhã a gente se fala.

— Tudo bem. Tchau, até mais. — E então ele desliga.

Nossa. Eu esperava pelo menos que o meu melhor amigo me dissesse que eu não estava atrapalhando ou me pedisse pra ficar, mas é, tanto faz.

Desço até a cozinha e abro o armário de remédios para tomar minhas vitaminas. Não sei por qual motivo, mas mexo um pouco até achar três caixas de uma minhas maiores fraqueza, o fentanil.

Penso em me livrar desse veneno que está literalmente escondido no meio das minhas pílulas diárias, mas por algum motivo as deixo ali. Talvez parte de mim ainda seja aquele viciado desprezível de antigamente.

POV Savannah
Eu, Louis e Tobias chegamos em casa antes de escurecer. Paramos na entrada, perto da x
caixa de correios amarela que está aqui desde que eu nasci.

— Eu tenho que ir. — Toby anuncia, largando a alça do carrinho com muito cuidado.

— Você não vai nem mesmo dar uma entrada? — Pergunto, analisando-o para ver se consigo perceber o que o aflige.

Ele parece tenso, e mesmo com a tentativa de sempre estar bem humorado, seu rosto parece quase explodir de nervosismo.

— Não, eu preciso mesmo ir. Mas quero dizer que foi muito bom passar a tarde com você.

— Igualmente! E muito obrigada por tudo que fez por mim e pelo Louis hoje.

— Foi um prazer!

Dou um abraço no Toby e antes de eu me afastar, ele beija minha testa.

— Eu venho amanhã pra ir até o aeroporto com você.

— Ah, que gentileza! Tudo bem, obrigada.

— Não é nada, até amanhã.

— Até.

Quando eu e Louis estamos prestes a entrar em casa, ouço um grito de Toby pedido para esperar. Viro-me e vejo como ele está ofegante por voltar correndo até mim.