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Ellie Bamber

Soltei um suspiro profundo enquanto passava meus dedos cuidadosamente em seu nome escrito na lápide.

— Eu sinto muito por não termos tido a chance de passarmos mais tempo juntos, sinto muito por ter causado tudo isso e eu sinto muito por ter te perdido de novo. — a cada palavra as lágrimas caíam com mais facilidade em meu rosto enquanto o meu coração se partia em mais pedaços dentro do meu peito, ao mesmo tempo que as batidas falhavam. Eu não tinha muito o que dizer, pois tudo dentro de mim já trazia sensações inexplicáveis e que eu só gostaria que parassem um pouco, deixando  assim de me sufocar. — Eu te amo muito, pra sempre. — sussurrei e fechei os olhos, os apertando por alguns instantes até levantar e me virar, encontrando a Nina em minha direção.

Eu percebi que um pequeno sorriso triste ameaçava brotar em seu rosto, mas antes eu simplesmente a puxei para um abraço calmo e apertado. Era como se estivéssemos compartilhando a nossa dor de certa maneira, como se cada uma ajudasse a outra a lidar com aquilo.

Nina segurou minha mão e caminhou até o túmulo juntamente comigo enquanto um silêncio gritante parecia se fazer presente dentro de mim.

Assim como o Shawn, os pais de Nina esperavam fora, já que eles iriam viajar, pois acreditavam que ela precisava ficar longe da cidade por alguns dias.

— Eu te amo. — abracei ela mais uma vez.

— Eu te amo. — sussurrou e em seguida sorriu fraco, já entrando no carro enquanto eu seguia até o carro do Shawn.

Respirei fundo assim que entrei no veículo e olhei o garoto do meu lado quando o mesmo pôs sua mão sobre minha coxa, acariciando. O mesmo não quis entrar e eu respeitei isso, pois entendia que era ainda mais difícil para ele.

— O que acha de morarmos em Toronto? — perguntou assim que começou a dirigir, me fazendo olhá-lo de maneira confusa e surpresa.

Sua carreira estava realmente decolando, sua música lançada “life of the party” estreou entre as 25 primeiras posições da Billboard Hot 100. Eu não entendi o porquê de ele querer se mudar, já que Los Angeles era o ponto principal nesse caso.

— Toronto? — questionei calma.

— Acho que precisamos ficar algum tempo longe, pelo menos até as coisas se acalmarem. Mas se você não quiser ir, eu realmente vou entender. — disse simples, me olhando de relance.

— Eu só preciso de um tempo para pensar. Meu avós, o Dylan... — expliquei e ele já concordou.

— Sem problemas. — e o mesmo já estacionou o carro perto de um café. Antes de entrarmos, Shawn atendeu algumas garotas que pediram para tirar fotos com o mesmo e até autógrafos. Era meio estranho, mas era perceptível que ele gostava disso.

— Isso é bem confuso pra mim. — balançou levemente a cabeça, pegando seu copo de café e me entregou o meu cappuccino. — As pessoas estão começando a me reconhecer e de certa forma isso me causa medo. — admitiu um pouco sem jeito enquanto nos dirigíamos até uma mesa perto da janela.

— Por que medo? — sentei em uma das cadeiras, próxima a dele.

— Isso está começando a fluir e eu realmente fico feliz, mas ao mesmo tempo eu não sei se quero que vá tão longe. Talvez seja só um pouco de insegurança... — deu de ombros. — Quer ir pra São Francisco amanhã, ver a Taylor?

— São Francisco? Claro.

— Que bom, eu quero passar o máximo de tempo possível com você e longe de L.A.

My Boyfriend Is Shawn Mendes (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora