a little too much

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Cameron Dallas

Finalmente as férias chegaram porque, sinceramente, eu não aguentava mais o colégio, muito menos encontrar as mesmas pessoas entediantes todos os dias. Era bem exaustivo.

— Dallas! — ouvi a voz da Camila atrás de mim e suspire, fechando o zíper da mochila.

— Oi Camila. — disse sem humor, me virando para a mesma e passando uma mão no cabelo, o deixando meio bagunçado.

— Então, já sabe pra que faculdade vai entrar?

— Corta essa e fala logo o que você quer. —  ajeitei a alça da mochila em meu ombro.

— O Shawn, claro. — disse óbvia, dando de ombros e se encostando em um dos armários ao lado. Eu de fato precisei rir naquele instante.

— Nem o papai noel vai poder te ajudar nessa. — dei pequenos passos para fora dali, mas logo fui impedido por ela, que correu ficando na minha frente.

— Eu sei que não, mas já você pode.

— Eu não vou te ajudar em nada. — falei realmente sério.

— Por que não, Cameron? — colocou uma mão sobre meu rosto acariciando de maneira cínica, digamos assim. — Você gosta da Ellie e obviamente queria estar no lugar do Shawn, então...

— Eu não sou como você. Simples. — tirei a mão dela, apertando meu maxilar por um momento enquanto mantinha a última paciência com ela.

— Então a raivinha já passou? — balançou a cabeça em negação, debochada.

— Não, mas também não é por isso que eu vou estragar o relacionamento deles e forçar a Ellie a ficar comigo. — dei de ombros e esbocei um sorriso sarcástico.

— O amor vem depois, Cameron. Ou você prefere que eles fiquem juntos? — arqueou uma sobrancelha, dando uma pausa. — Só  lembra que o Shawn nem se importou de ficar com ela enquanto você está aqui...

— Estou pouco me fodendo. — e eu simplesmente sai, indo de encontro a Nina em passos rápidos.

— Que cara é essa? — ela perguntou quando me aproximei.

— Nada demais, não vamos falar sobre isso. — olhei em volta, enquanto pensava naquela maldita conversa.

Eu não faria nada daquilo, eu sabia muito bem quem era e não era daquela forma, claro que motivos não me faltavam para agir de maneira estúpida também.

— Eu vi o Taylor... — disse a garota, dando uma pequena pausa enquanto olhava para frente como se esforçasse para continuar. — Beijando uma garota atrás do colégio. — ela desviou o olhar enquanto começávamos a caminhar devagar.

— Eu vou matar ele. — murmurei, ainda tentando digerir suas palavras.

— Não quero que faça nada, eu sabia que ele era desse jeito e mesmo assim resolvi tentar algo sério. A culpa é toda minha. — me olhou e eu precisei parar, ficando na sua frente.

— Você não tem culpa se ele é a porra de um idiota que só faz merdas. Isso definitivamente não vai ficar assim. — falei mais irritado do que gostaria.

— Não quero que faça nada, Cameron. Ele é o seu amigo, e além disso não preciso que me defenda. Eu sei resolver os meus problemas. — cruzou os braços, me olhando.

— De qualquer forma... — ela me cortou.

— Eu já disse que não. — me interrompeu, logo caminhando na direção oposta.

— Nina. — chamei, mas ela continuou andando rápido.

— Preciso ficar sozinha. — me olhou de relance e eu respirei fundo, voltando a caminhar.

De uma forma era a minha culpa não ter impedido esse relacionamento que eu tinha noção que terminaria dessa forma. Taylor era imaturo demais para levarum relacionamento a sério, não que justificasse alguma coisa, mas tinha sentido também.

Quando entrei em casa, olhei a Ellie de relance e mesma levantou, me olhando enquanto eu seguia para as escadas.

— Eu só estou esperando o... — a interrompi.

— Não precisa me justificar nada, a casa é dele também. — falei seco.

— Até quando vamos continuar desse jeito? Eu sinto a sua falta.

— Não muda nada. — olhei o Shawn que descia as escadas e então eu subi em direção ao meu quarto.

A cada dia as coisas pareciam se complicar para o meu lado e eu não conseguia enxergar saída alguma para mudar isso. Minha mãe mentiu para mim, eu não tinha a mínima ideia de quem era o meu pai e ainda não sabia nada sobre ele.

Joguei a mochila na cama e fui direto para o banheiro, tomar um banho e tentar afastar os pensamentos que me consomiam de algum jeito.

Quando terminei batidas na porta ecoaram e então eu a abri logo, encontrando a minha mãe.

— Vai me contar agora? — me encostei do lado da porta, não querendo que ela entrasse.

— Ele não está vivo. — deu uma pausa como se eu precisasse analisar suas palavras e talvez eu estivesse um pouco frustrado, porém não demonstrei.

— Quero o nome.

— Não muda nada. — suspirou fraco.

— Tenho o direito de saber quem ele era, e quanto mais você esconder isso, mais eu vou te odiar.

— Eu não...

— Se eu descobrir, garanto que será  pior pra você.

My Boyfriend Is Shawn Mendes (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora