My Boyfriend Is Shawn Mendes (Concluído)

okay

Ellie Bamber

Abri os olhos devagar, ouvindo sussurros ao redor e não demorando a reconhecer o lugar em que estava. Senti algo em meu braço e então o olhei rapidamente, vendo uma agulha injetada e que “liberava” o soro na minha veia.

— É um pouco tarde para isso. Você não acha? — ouvi a minha avó, que até então parecia não ter notado que eu já estava acordada.

— Na verdade...— Dylan estava prestes a falar, porém ela o interrompeu quando eu finalmente consegui sentar.

— Oi, minha querida. Como se sente? — se aproximou mais da cama.

— Bem, eu acho. — olhei o meu professor, que também não estava tão longe. — O que está fazendo aqui? — perguntei calma, mas estranhando o fato.

— Queria saber como estava. — e eu concordei com a cabeça, voltando a atenção para os dois.

— Você já pode ir, Dylan. Muito obrigada pela preocupação.

— Então até logo. — ele caminhou para fora, saindo depois.

Eu gostaria de entender sobre o que eles estavam conversando e o que seria tarde demais, porém preferi não perguntar nada a minha avó naquele momento.

— Eles te medicaram e fizeram alguns exames. Graças a Deus você está bem. Seu avô precisou voltar para a empresa antes de você acordar. — apenas concordei.

— E o Shawn? — perguntei preocupada e até ansiosa para ter notícias do mesmo.

— Ele adquiriu uma uma forte pneumonia, mas não se preocupe porque ele ficará bem. — garantiu, mas eu não estava tranquila até porque isso havia ocorrido por minha causa. — Nina e Cameron estão lá fora.

— Pode mandá-los entrar, por favor? — pedi e ela concordou, saindo para fora rapidamente para chamá-los.

Eu me sinto péssima pelo estado atual do Shawn e por lembrar da sua pele gelada e do seu corpo trêmulo. Acrescentando o fato de que ele ainda precisou me carregar depois disso.

— Finalmente te achei. — Nina falou bem humorada quando adentrou o quarto acompanhada do Cameron.

— Que susto você nos deu. — ele comentou e eu abracei um de cada vez.

— Sinto muito. — balancei levemente a cabeça, olhando os dois.

— Procuramos vocês por bastante tempo, mas depois que escureceu foi impossível.

— Está tudo bem. — forcei um sorriso fraco. — Como o Shawn está agora? — e quis saber do Cameron, claro.

— Eu não sei. — respondeu meio sem jeito, colocando as mãos nos bolsos da frente de sua calça jeans.

— Não foi lá? — ergui as sobrancelhas e ele negou.

— Minha mãe e a Camila estão lá com ele. — explicou e eu apenas assenti, vendo a minha avó novamente.

— Podemos ir para casa? — perguntei.

— Sim. — com isso ela chamou a enfermeira, que retirou o soro, e me indicou onde estavam as minhas roupas.

Eu pedi que eles continuassem no quarto porque eu iria aproveitar para tomar um banho e me vestir no banheiro mesmo.

— Eu vou ligar pra um táxi vir te buscar porque eu realmente preciso encontrar o seu avô. — ela avisou quando saí já pronta.

— Eu posso levar ela, se a senhora quiser. — sugeriu Cameron e ela o olhou.

— Se não for incômodo...

— De forma alguma. — sorriu de canto e ela retribuiu agradecendo ao garoto.

— Eu vou tentar chegar logo em casa. Qualquer coisa me ligue. — disse depositando um beijo na minha testa e saindo primeiro.

Pensei em ir visitar o Shawn, mas seria complicado com a Camila lá e eu não gostaria de levar mais problemas para ele.

— Eu tenho que ir pra casa, mas você está segura. — Nina me abraçou quando já estávamos do lado de fora do hospital.

— Nos falamos depois. — sorri fraco e ela se despediu do Cameron.

Em seguida nos encaminhamos para o carro e eu olhei o garoto do meu lado quando percebi que ele fazia o mesmo depois de apenas ligar o automóvel.

— Você está bem? — eu não soube decifrar o seu tom, mas parecia que ele queria se referir a algo em específico.

— Estou sim. — garanti e o mesmo baixou o olhar por instantes.

— Ellie, aconteceu alguma coisa durante o tempo que ficaram sumidos?

— Não, não aconteceu. Eu só estou cansada agora. — garanti e ele pareceu pensar mais.

— Tem certeza disso? — insistiu e eu balancei a cabeça assentindo, fazendo o mesmo dar partida logo em seguida.

Desviei o olhar pensando se contaria algo a ele e até cheguei a falar por um instante, porém desisti e deixei o silêncio se instalar até chegarmos no local.

— Obrigada por ter me trazido. — coloquei uma mecha do cabelo atrás do ouvido e retirei o cinto, voltando o olhar para ele.

— Não foi nada. — deu levemente de ombros e eu me inclinei para o abraçar, sentindo ele beijar minha bochecha antes que me afastasse.

— Até logo, Cam. — abri a porta.

— Se cuida.