Onde tudo mudou

Capítulo 4- Sucesso no processo

~Dulce

Acordei com o meu despertador marcando nove e meia da manhã, espreguicei-me e segui até meu closet, vesti minhas roupas de academia e desci para tomar um café da manhã reforçado antes de dar início ao meu treino.

—Bom dia maninha. -Annie alegre como sempre

—Bom dia. -peguei uma torrada no prato que estava no centro da mesa

—Edu já chegou? -perguntei

—Sim, já está nos esperando.

   Eduardo era nosso personal trainer, a uns anos atrás nos matriculamos em uma academia que fica bem perto de nosso apartamento, mas como já sabem, o trio das irmãs Savinon não consegue passar despercebido, o assédio dos fãs era demasiado, então resolvemos transformar um de nossos quartos em uma academia que atendesse todas as nossas necessidades, havíamos conhecido Edu, como o chamamos, nessa mesma academia, gostamos tanto dele nos dias que frequentamos o lugar que resolvemos contratar-lo.

—Bom dia meninas! Como passaram à noite?

—Perfeitamente bem! -sorriu Mai

—Nossa Mai, do jeito que você está falando parece que transou a noite inteira. -a olhei

—An? Maitê! Você passou a noite com alguém e não nos contou!? -Annie fingiu estar chocada

—Não é nada disso! Suas pervertidas! Eu só tive uma ótima noite de sono. Tudo pra vocês tem que envolver sexo e homens. -revirou os olhos

—Aah, vamos combinar! Mas homem é tudo de bom! Não é atoa que o Edu também ta do nosso lado! -Annie deu um empurrão no professor com o ombro que corou de imediato com a brincadeira

Edu é um homem de mais ou menos um metro e oitenta, negro, seus olhos mel se destacam eu seu rosto viril e sexy, seu corpo é de dar inveja. Obviamente que eu e Anahi logo quando o conhecemos, quase ficamos de quatro por ele, o homem é um espetáculo! Demoramos um tempinho para descobrir que ele era gay, pois Eduardo é um homem muito reservado e profissionalíssimo, após dois anos de trabalho conosco ele se soltou um pouquinho, hoje em dia conversamos sobre tudo, abertamente, confiamos plenamente nele.
   Após fecharmos nossas séries, nos sentamos exaustas no sofá da sala.

—Bom meninas, agora vou me retirar pois tenho um evento mais tarde e esse final de semana terei dois desfiles em Madrid. -levantou-se Anahi

—E eu vou tomar um banho por que tenho gravação as 14h.

—E você Dul? Qual seus planos para hoje? -questionou-me Annie

—Vou passar na gravadora para saber como está o andamento do disco.

    Seguimos para nossos respectivos quartos. Tomei um banho relaxante, e aproveitei para pensar em como faria para que Christopher Uckermann fosse muito mais que meu advogado, e parece que os deuses estão afim de nos ajudar. Ao sair do banho, chequei as mensagens em meu celular e haviam duas mensagens do advogado gatão. Primeiro ele começou com um "Bom dia senhorita Savinon", extremamente formal, depois seguiu-se com "Está livre esta tarde? Poderíamos sair para almoçar e assim poderei lhe dar informações de como está indo o processo", será que ele leva todas as suas clientes para almoçar fora? Prefiro pensar que ele está super na minha e que esse gato já é meu!
Obviamente, aceitei o convite de imediato, além de ter o prazer maravilhoso que é olhar para aquele homem, ainda poder aumentar minhas chances de traçar aquele advogado gostosão, e além do mais, eu queria muito saber novidades sobre o processo, não via a hora de estar livre dessa acusação sem pé nem cabeça.

—Boa Tarde. Tem reserva?

—Boa Tarde, o senhor Uckermann está me aguardando.

—Ah sim, a senhora é Dulce Maria?

—Sim senhor.

—Siga-me, por favor.

   O maître me levou até a mesa onde o advogado gatão já me aguardava.

—Boa Tarde senhorita Savinon. -levantou-se para apertar minha mão

—Boa Tarde. -sorri apertando sua mão

—Sente-se. Tenho boas notícias.

—Que bom, é exatamente disso que estou precisando.

—Bom, como você sabe a família dele está lhes acusando de atropelar a vítima de propósito, pedi para a polícia os vídeos perto do local, e em um deles da pra ver claramente que o homem está com uma garrafa de cerveja na mão, também consegui conversar com o dono do bar que fica bem na esquina do ocorrido, e ele me garantiu que o homem estava lá, e me deu uma cópia do vídeo que mostra ele saindo do local. Já encaminhei os vídeos para o juiz.

Passamos mais um tempo conversando sobre o processo até o garçom nos interromper para anotar nossos pedidos.
   Após anotar nossos pedidos, o garçom retirou-se, nos deixando a mercê de nossos olhares famintos, a análise era recíproca, não deixávamos nada passar.

—Rum, rum. -coçou a garganta- Está tudo bem senhorita Savinon?

—Tudo ótimo, senhor Uckermann.

   Logo nossos pratos foram postos e comemos em silêncio total.

—Bom, senhorita Savinon, se houver alguma mudança ou novas notícias sobre o seu caso eu lhe aviso.

—Tudo bem.

—Caso precise, é só me ligar. -piscou e saiu em direção ao seu carro

Que homem! Que bunda!

   Respirei fundo e segui em direção ao meu carro, precisava ter esse homem dentro de mim imediatamente. Entrei em meu carro e dei partida, no caminho até a gravadora, pensei em mil formas de conseguir ter o "senhor Uckermann" nem que fosse por uma só noite.

<<•>>

   Um mês se passou, como previsto ganhamos o processo.

—Parabéns senhor Uckermann, você conseguiu! -Taylor apertou a mão de Uckermann eufórico.

-Não fiz nada além do meu trabalho. -sorriu

-Meus parabéns, e muito obrigada, tirou um grande peso de minhas costas. -apertei sua mão

    Ao sair da sala do senhor Uckermann junto de Taylor que falava sem parar sobre como foi fácil ganhar esse processo, e como era competente o advogado que contratamos, eu só pensava em como faria para ter aquele homem em minha cama.

—Taylor.

—Sim.

—Frank ainda trabalha para nós?

—Não, parece que não irá voltar tão cedo de licença, seu escritório me informou que iria substituí-lo por outro advogado.

—Cancele o contrato com eles, e assine com o senhor Uckermann, ele fez um bom trabalho.

—Ótima ideia!

<<•>>

—Como é que é? -Annie me olhou incrédula- Repete, acho que não escutei direito.

—É isso mesmo que você escutou, agora o Uckermann e seus sócios são nossos advogados, e teremos uma reunião com eles daqui a quinze dias.

—Ai meu Deus! Então quer dizer que vou finalmente conhecer o senhor Herrera.