Capítulo 36- Sequestro (parte2)

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~Dulce

—Você é louco!

—Sim Dulce, eu sou louco por você. Mas você não enxerga o quanto eu te amo, muito mais que aquele advogadozinho.

—Isso não é amor, é doença!

—Relaxa meu amor, logo, logo seremos só eu e você. Vamos ter filhos muito mais bonitos que aqueles dois pirralhos. -acariciou o rosto da ruiva que virou o mesmo

—Você está muito doente Pablo! Me solta! O Christopher vai me achar e vai ser muito ruim pra você.

    Ele riu e a olhou nos olhos.

—Ele nunca irá lhe achar! Você é minha! Só minha!

    Ao ouvirem un barulho vindo do lado de fora do quarto, Pablo segurou o rosto de Dulce e a beijou a força.

—Logo, logo vamos sumir daqui!

    Dulce se debatia, mas Pablo era mais forte, ele tapou sua boca com uma mordaça novamente e injetou um remédio na veia da ruiva.

—Descansa um pouquinho bebê, quando acordar já estaremos bem longe daqui. -beijou a testa da ruiva que se debatia

~Christopher

    Me escondi atrás da porta do casebre para tentar ouvir a conversa.

—Trouxe tudo o que eu pedi?

—Sim. Está tudo aqui.

—E o Christopher?

—Não desconfia de nada. Eu disse que você tinha ido visitar sua família do interior.

—É um idiota mesmo!

—Ei! Não fale assim dele!

—Não consigo entender o que vocês veem nele, mas de uma coisa eu tenho certeza, sei que Dulce ainda me ama e que é só questão de tempo para que ela note que fomos feitos um pro outro.

—O que vai fazer agora?

—Vamos sair do país, deixar o caminho livre pra você e o Uckermann. Saímos daqui a 30 minutos!

     Xinguei Poncho mentalmente, me afastei um pouco e atendi sua ligação.

Estamos chegando, tem duas viaturas a caminho! Não faça nada Christopher! Espere as autoridades chegarem!

—Vocês tem meia hora! Eu não vou deixar ele levar a Dulce!

    Desliguei a ligação e dei a volta na casa, por uma janela pude ver que Pablo estava armado, ele arrumava uma mala enquanto contava seu plano para Belinda.
Voltei para o meu carro e peguei minha pistola.

—É, isso vai servir. -fechei o porta malas e voltei para o casebre

    Me escondi atrás de uma árvore, Pablo estava do lado de fora, conversando com dois homens.

—Droga. -enviei uma mensagem para Poncho dizendo que havia mais dois homens com ele

    Meu amigo me implorou para que eu não fizesse nada e me disse que estava a cinco minutos da minha localização. Voltei para o meu carro para poder pensar no que fazer, se os policiais não chegassem a tempo, eu teria que agir.

—Ucker! Graças a Deus! Eu vim voando!

—Eles estão no final dessa rua, cadê os policiais?

—Estão chegando.

    O delegado estacionou atrás do carro de Poncho.

—Onde ela está?

—No final da rua, uma casa bem antiga.

—Quem está la?

—Pablo, Belinda e mais dois homens. Eles estão armados.

—Ok, vamos esperar por reforços.

—De jeito nenhum! Ele estava se preparando pra sair! Não vai dar tempo!

—Christopher você precisa manter a calma.

—Como manter a calma Poncho!? É a minha mulher que está la dentro! A mãe dos meus filhos!

—Não podemos fazer muito! Somos três contra um! -o delegado levantou sua arma

—Se for por isso -tirei meu revólver de trás da minha calça
—Dois!

—Não sabia que ainda andava com uma dessas. -questionou-me Poncho

—Então nossas chances aumentaram para cinquenta porcento!

—Para cem! -Poncho entrou em seu carro e pegou sua arma no porta luvas —Também sou precavido!

    Depois de bolarmos um plano, seguimos para o casebre, eles estavam do lado de fora, Belinda estava em seu carro pronta para sair de lá, enquanto Pablo e os capangas carregavam suas malas até um carro preto.

—As viaturas vão chegar daqui a quatro minutos. -avisou o delegado

—Não vai dar tempo. Vamos seguir com o plano.

    Dei a volta pela casa e cheguei até a porta dos fundos, por sorte ela estava aberta. Entrei com cuidado, olhei em volta e vi uma porta fechada, onde deduzi que Dulce estaria. Assim que abri a porta pude ouvir o som das sirenes e disparos.

—Dul! Dulce! Meu amor! Olha pra mim!

     Pablo havia lhe drogado, ela estava desacordada, amarrada a uma cadeira de madeira. Desamarrei a mordaça e as cordas, quando ia lhe pegar no colo a porta abriu com um estrondo.

—Solta ela! -Pablo apontou a arma na minha direção

—Você está doente! Olha o que está fazendo com ela! Isso é o que você chama de amor?

—Tudo seria mais fácil se você não tivesse aparecido!

—Nada que você faça vai mudar os sentimentos dela! A Dulce me ama, ela ama os filhos, nunca vai ficar longe deles!

—Então terei que matar você e depois aqueles dois pirralhos.

    Foi tudo muito rápido, ouvi dois disparos e me joguei no chão junto de Dulce.

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