Capítulo L

5.5K 402 18
                                    

A festa estava em alta, Mari e André eram a felicidade  pura. 
__ Vem amiga,  vou jogar o buquê! - convidou Mari entusiasmada.
__ Ah, não! Com essa minha barriga não tenho chance... - Karen riu.
__Que nada! Vamos lá.
Mari a puxou pela mão levando para junto das outras meninas que se acotovelavam para disputar o buquê.
Mari se posicionou e jogou. Karen desviou de uma moça que se atirou na  sua frente, pegando as flores.
Karen olhou para Mari e deu uma risada.
__ Acho que não serei eu a próxima a casar. - disse para a amiga.
__ Quem garante isso? - Daniel chegou por trás a abraçando.
__ Segundo a lenda, quem pega o buquê é a próxima, Daniel!
__ Pois eu digo que isso não é verdade. - discordou ele. __ Me dê uma chance e te provo isso! - disse baixinho no ouvido dela.
Karen se virou o olhando dentro dos olhos.
__ Isso é um pedido de casamento, Daniel?
__ Pode considerar que sim, só não tenho um anel aqui comigo.
__ Vou pensar no seu caso...
Ele a puxou para mais perto beijando levemente seus  lábios.
__ Será que isso te ajuda a pensar direito no assunto?- indagou se referindo ao beijo.
__ Talvez...
__ Karen, quando vai me dar uma outra chance? Não quero forçar nada, mas bem que poderíamos sair daqui.
__ Agora?
__ Sim. Mari e André vão entender.
__ Não sei... E vai me levar pra onde,  Daniel? 
__ Pra onde você quiser ir.  A decisão está em suas mãos. Eu sei que você também quer, Karen... Só está bancando a durona comigo. Sei exatamente, como vai reagir se passar agora meus dedos sobre seu seio... se beijar atrás da sua orelha, se roçar minha barba no seu pescoço...
__ Para! Que jogo sujo, Daniel!
__ Estou jogando limpo, meu amor. Eu quero e você também quer... Só o modo como você fica quando te toco significa que me perdoou...
__ Saio daqui, só depois do bolo. Estou com desejo! Até já passei o dedo nele!
Daniel  não conteve a gargalhada.
__Trocado por uma fatia de bolo! A que ponto eu cheguei nessa vida!
__ Sim! Quer que sua filha nasça com cara de bolo?
Ele a puxou a fazendo sentar numa mesa.
__ Ok. Vamos esperar o bolo, então. - suspirou resignado.
Pedro se aproximou deles . 
__ Linda festa, não é mesmo? 
__ Sim. Tudo de muito bom gosto. - respondeu Karen. 
__ E Francine? - perguntou Daniel.
__ Foi ao banheiro. - disse puxando uma cadeira e sentando de frente para eles. 
__ Quero falar com vocês dois. - anunciou os olhando.
Karen ficou surpresa e Daniel concordou com um sinal de cabeça.
__ Sim, pode falar, Pedro.
__ Não é novidade, para nenhum de vocês, que sempre tive uma queda por você. - disse sem rodeios.
Karen olhou para Daniel, meio sem jeito.
__ Não se preocupe, Karen. Daniel sabe disso. Quero dizer a vocês, para que não fique nenhum constrangimento entre nós, afinal, somos amigos dos mesmos amigos.  Eu e Francine estamos saindo. Ela é uma mulher incrível!  Estou me apaixonando por ela, quero dar uma chance a mim. - bebeu um gole de sua bebida. __ Não quero que fique ressentimentos  entre nós, Daniel. Há alguns dias, entendi que a vida é assim... A gente não escolhe por quem se apaixonar. Quem diria, que você, Daniel, seria o responsável por me fazer conhecer a mulher da minha vida.
Sorriu.
__ Fico feliz, meu amigo, que tenha encontrado alguém legal. Você merece mais do que ninguém ser feliz.- disse Karen.
Daniel não reagiu diante das declarações de Pedro.
__ Ela é simplesmente fascinante! Por mim, em breve, teremos outra festa de casamento. - confessou ele.
__ Sério isso, Pedro? - Karen falou admirada.
__ Parabéns, Pedro! Francine já sabe dessas suas intenções? - perguntou Daniel.
__ Ainda não, mas uma coisa é certa, não paro de pensar nela, isso é amor. Ou não? - seu sorriso era bobo.
__ Então é melhor falar logo. - disse Daniel rindo, apontando com a cabeça .
Francine estava dançando com um rapaz.
Pedro levantou. 
__ Vou lá cuidar do que é meu.- disse sorrindo.
Se afastou. Karen olhou para Daniel. 
__ O que foi? -disse ele.
__ Nada. Só estou pensando ... 
__ Ficou com ciúmes de Francine?
__ Fiquei.
Daniel torceu o nariz.
__ Não ouvi isso!
__ Calma! Não terminei... Fiquei com ciúmes dela sim, mas naquela noite, que vocês foram ao restaurante.
Daniel  sorriu aliviado. 
__ Morri de ciúmes. Tentei me convencer do contrário, mas não consegui.- confessou.
Ele agarrou um cacho  de seus cabelos, que caia sombre os ombros.
__ Será que vão demorar pra partir esse bolo? Minha vida depende dele.
Karen começou a rir.
__ Pra que a pressa? Não disse nem sim, nem não...
__ Vou te convencer a me dizer sim.
__ Ah é? - disse maliciosa.
__ Sim.
Se inclinou a beijando, agora, com mais paixão. Uma das mãos dele entraram por debaixo da toalha da mesa, acariciando as coxas de Karen por cima do tecido do vestido
__ Para, Daniel! Alguém pode ver!
__ Vou te provar que sou mais gostoso que esse bolo aí... 
Agora, sua boca beijava o pescoço dela.
__ Esse teu cheiro me deixa louco, Karen... Não aguento mais esperar ...
__ Daniel... as pessoas estão olhando pra cá! - disse se desvencilhando dele, levantando.
__ Vou ao banheiro. Já volto! Não sai daí.
__ Mesmo que quisesse, não poderia. Meu estado não permite isso. 
__ Talvez eu dê um jeito aí, no seu amigo... mais tarde.
__ Não faça promessa se não for cumprir!
__ Eu disse : talvez. Isso exprime uma possibilidade, Daniel! - piscou o olho, saindo em direção ao banheiro feminino.
Karen passou a mão molhada no pescoço. Daniel a excitava  demais. Estava pegando fogo de tanto desejo por ele. Seus hormônios estavam em ebulição!
Talvez fosse a hora de perdoar e voltar a ser feliz, pensou. O amava tanto...
Olhou sua imagem no espelho. Não era mais a mesma pessoa frágil de uns meses atrás. Havia adquirido mais maturidade nesse tempo. Sabia que poderia enfrentar qualquer situação que viesse pela frente. Seria mãe dali a dois meses.Queria formar uma família . Queria ter o amor de Daniel de volta! 
Retocou o batom e voltou para onde o tinha deixado.
__ Demorei?
__ Sim. Já ia entrar naquele banheiro... - disse malicioso, piscando um olho.
Ela sentou ao lado dele, pegando na sua mão. Daniel se surpreendeu com o gesto. Se encararam como se  adivinhassem os pensamentos de cada um.
__ Quero você no final da festa.-disse ela baixinho em seu ouvido.
Ele sorriu, a puxando para bem perto da sua boca.
__ Não vejo a hora, Karen... Eu te amo.

SEGUNDA INTENÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora