Capítulo V

6.4K 597 33
                                    

Karen entrou no carro.
Daniel já estava esperando ouvindo uma música no rádio.
_ Demorei?
_Nem um minuto, Cinderela! Aliás, pra ficar a sós contigo, esperaria o tempo que precisasse. - a olhou com sedução.
Ligou o carro e acionou o controle do portão eletrônico, saindo em seguida.
O trânsito estava calmo. Ele dirigia devagar.
_ Aonde vamos? - perguntou ele com um sorrisinho malandro nos lábios.
_ Você não sei, mas eu espero ser deixada em casa dentro de alguns minutos.
Daniel deu uma guinada, estacionando o carro bruscamente.
_ Cinderela, Cinderela... - falou com uma voz baixa e sensual. _ O que eu faço com você?
_ Comigo? Nada. Me deixando em cas...
Nem terminou de falar e Daniel avançou sobre seus lábios exigindo sua língua. Karen sentiu-se amolecer, correspondendo ao beijo com desejo. Uma das mãos segurava sua nuca e a outra subiu por baixo de seu vestido apertando sua coxa .
Ela gemeu quando os dedos de Daniel chegaram até ao elástico de sua calcinha, afastando o tecido para que sua intimidade fosse acariciada.
Karen amoleceu e o desejo tomou conta de seu corpo. Nunca tinha deixado Rafael avançar o sinal daquele jeito!
_ Macia, quente e molhada! Exatamente, como imaginei. Você está tirando meus sentidos, Karen. A única coisa que passa pela minha cabeça é te ter nua na cama. Só minha, gemendo o meu nome enquanto te faço  gozar... - declarou  descendo e subindo a boca por seu pescoço, chegando ao pé de seu ouvido, enquanto seus dedos trabalhavam sensualmente, em sua sua entrada. No início, suave, depois mais exigentes, abrindo e penetrando o dedo, acariciando seu clitóris em círculos.
Karen sentia que seu coração saltaria pela boca a qualquer momento. Estava sem fôlego e ficou ainda mais, quando os lábios de Daniel a beijaram novamente, para logo, desceram até um dos seus seios, mordendo seu mamilo por cima tecido fino do vestido.
Uma onda de prazer a invadiu, fazendo com que todo seu corpo estremecesse suspirando e gemendo palavras incompreensíveis.
Daniel foi acalmando seus movimentos e voltou a procurar seus lábios, a beijando ternamente, para que acalmasse aos poucos sua respiração.
_ Daniel!...
_ Shii! Não fala nada... - a  puxou para que se encostasse em seu peito.
_ Está ouvindo meu coração? - indagou, a voz baixa.
_ Sim. - respondeu quase inaudível.
_ Ele pulsa no mesmo ritmo desse. - levou sua mão até seu membro, por cima da bermuda
Karen, não reagiu, estava embrigada pelas sensações. Ela o sentiu duro.
_ Sabe o que é isso, Cinderela?
Karen ficou em silêncio e apenas o olhou dentro dos olhos que agora estavam mais escuros.
_ Isso é tesão, paixão...sei lá. Só sei que é exatamente, assim, que quero ficar com você...Uma noite inteira...te levando à loucura.
Karen não sabia o que dizer, apenas se afastou e pediu :
_ Por favor, Daniel, me leva pra casa. Preciso pensar... você  é  comprometido e isto não está certo. Na verdade, eu não sei o que fazer...Nunca fiz isso, ainda mais assim, dentro de um carro. Pode achar que sou fácil e...
Ele interrompeu as desculpas para lhe tranquilizar.
_ Os vidros têm películas e ninguém enxerga aqui dentro. E eu não acho nada, Karen.
_ Eu mal te conheço, Daniel...
_ Tudo bem, Karen, não quero que pense que estou te forçando a fazer algo contra a vontade. Quero que saiba que tenho tesão por você e sei que é recíproco.Caso contrário, você não teria sentido prazer. Não se recrime por isso.
Quanto a Stella, não pense que estou traindo. Ela também tem seus casos lá em Brasília. O fato é  que gostamos de sexo e quando estamos juntos sempre rola algo, mas não somos fiéis um ao outro. Já fomos, não mais!
Karen ouvindo isso, sentiu vergonha do que havia acontecido. Daniel deu a entender que sexo é sexo e era assim que costumava viver, tendo "casos". Relacionamentos sem muito compromisso ou sentimentos.
_Pode me levar agora?- ajeitou o vestido.
_ Claro.
Saiu com o carro e em poucos minutos, a deixou na porta do prédio. Karen e ele fizeram todo o trajeto em silêncio.
_ Obrigada pela carona! Até  outro dia. - disse já abrindo a porta para descer.
_ Ei, calma! O agradecimento vai ser só pela carona? A gozada não merece um "muito obrigado"? - disse com malícia.
Karen o fuzilou com os olhos.
_ Quer saber, gostosão? Vai se foder, seu filho da puta!
Saiu do carro e bateu a  porta com toda sua raiva. Pisando duro, sem olhar para trás, entrou no prédio.

🐹🐹🐹🐹🐹🐹🐹🐹
Não  esqueçam de votar, por favor!

SEGUNDA INTENÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora