velório (parte 2)

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      Ele chorou tanto e isso me deixava triste mas compreendo não sei se eu perdesse meu irmão ou uma das meninas mesmo não sendo da mesma família mas eu as amo e não sei se conseguiria aguentar isso.

      Me abaixei para ficar do seu tamanho e o abracei o mais forte que podia e choramos juntos como prometi a ele que passaríamos por tudo juntos até a tristeza.

      Ele se agarrou firme a me como uma criança que precisa se sentir seguro e amado e eu o dei todo amor que tinha para ele.

Eu: você quer falar alguma coisa? perguntei quando estava mais calmo

Nicolas: quero

Eu: pode falar eu estou aqui pra enxugar as lágrimas teimosas que querem cair

Nicolas: obrigada, lembro quando aprontavamos alguma coisa e sempre fugiamos para uma praça que havia perto da nossa casa,fingiamos que ali era o nosso esconderijo e ninguém iria nos encontrar ali mas estávamos errados pois nossa mãe sempre nos achava um pouquinho depois

     Ele começou a falar e uma lágrima desceu e como prometi enxuguei-a pode parecer bobo mas me sinto no dever de fazer isso. Depois que a sequei ele levantou o rosto pra mim e sorriu mas com um olhar triste mas terno.

Nicolas: e quando nós pegamos uma vasilha grande e nos sentamos dentro dela pertinho das escadas e pedimos para a Amanda nos empurrar para decermos como se fosse uma montanha russa foi tão legal...ele falou com um pequeno sorriso como se estivesse revivendo aquele dia enquanto eu sorria fraco imaginando a cena

Nicolas: mas aí depois nossa mãe nos deu uma bela surra choramos e depois rimos relembrando, foram tantas coisas que passamos juntos e que agora só passaram de momentos para relembrar o quanto você foi especial e sim você continuará especial entre nós

Vida de uma jovem cristã 2Onde histórias criam vida. Descubra agora