Trinta e cinco: Dentro da armadilha

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Camila estava sozinha na viatura, os dois homens tinham ido para a outra viatura a uns dez metros de distância assistir a final do campeonato, ela olhava o celular que mostrava os códigos se alterando significando que alguém utilizava esses códigos para comunicação, nada mostrou sobre invasão do sistema e desvio de sinal, ela só tinha autorização para monitorar e passar as informações para Hannah, mesmo que suas mãos estivessem coçando para ela digitar um código de rastreamento e começar uma caçada virtual, mesmo que suor frio estivessem rolando no seu corpo pela possível batalha virtual que ela travaria com Ghost, em tempo real, não só pegando dados que ele deixou para trás, não! Ela estaria diretamente disputando controle com ele!

Dava para se ouvir as gargalhadas, comemorações e vaias dos homens na outra viatura, ela olhou para eles momentaneamente antes de fechar as janelas, pegar a maleta e ativar o programa de monitoramento e já deixar aberto a aba de invasão e controle.

Allyson estava na sua sala secreta em sua casa, ela tinha visto o que tinha acontecido com a garota utilizando as câmeras da garagem do prédio vizinho, ela estava em frente aos três monitores, ela sabia que alguém a estava observando, mas tentar rastrear seria arriscado no momento, além do mais, ela queria saber o que a pessoa sabia fazer.

Hannah andava de um lado para o outro, ela sabia que tinha agentes da CIA infiltrados entre os seguranças no prédio, ela sabia que o próprio FBI tinha colocado gente lá também e que o Adams fez o acordo com as duas agências e que ele pouco se fodia para as coisas que tinha naquela sala, ele queria reconhecimento e fama, seu nome em todas as notícias ao lado das agências contando como ele uniu forças para pegar maior ladrão de todos os tempos. O celular de Hannah vibrou e ela leu o pequeno relatório de Camila, dizendo que só a comunicação verbal estava sendo utilizada e Hannah conhecendo a garota como conhecia, tinha certeza que ela estava quase tendo um orgasmo cerebral com esse caso.

Ela bufou e sentou em uma cadeira olhando os monitores, as câmeras que os agentes disfarçados estavam usando ao redor do prédio, olhando a movimentação e fingindo serem civis, o Agente Valquez até estava flertando com uma mulher em um restaurante na parte aberta.

Ela olhou o celular mais uma vez antes de respirar fundo e chegar a arma, ela estava com uma camiseta branca com um colete preto, o distintivo pendurado no colar que ia até um pouco abaixo dos seios, uma jaqueta grande e azul com as letras FBI atrás em amarelo, usava calças jeans preta e botas pretas até o meio das pernas com um pequeno salto.

- Relaxa Hannah. -Buff comenta olhando a mulher que estava uma pilha. -você não vai ajudar ninguém fazendo um buraco no piso.

- Vai a merda. -Ela engatilha a pistola e coloca no codre preso na cintura dela. -eu preciso de outra arma.

- Vai com calma cowgirl. -Ele disse com uma risada fazendo os outros agente sorrirem. -vai dar tudo certo.

- Que Deus te ouça. -Ela responde levantando e indo a janela olhando através de uma cortina.

Os seguranças do prédio acompanharam os dois homens a sala de manutenção, os homens ficaram parados ao lado deles enquanto eles olhavam ao redor até achar uma caixa de metal na parede que precisava de uma chave para abrir. Eles voltaram aos seguranças.

- Ei. -O homem mais alto chamou. -precisamos de uma chave para abrir, para poder concertar.

Um segurança olhou para eles levando as mãos a arma e outro levou o pulso perto da boca, mas não tiveram chance para fazer nada, o homem de olhos marrons pulou no que iria pegar a arma segurou a sua mão com a esquerda e socou seu nariz com a direita fazendo um barulho alto de algo quebrando e sangue espirrou para todos os lados. O de olhos azuis segurou o pulso do outro segurança com força com a mão esquerda e girou o braço dele prendendo atrás das costas, depois levou a mão direita ao queijo do homem segurando e puxando com violência para o lado da mão fazendo um barulho de estalo soar alto no lugar e o segurança cair desacordado no chão.

Entre o Bem e o MalOnde histórias criam vida. Descubra agora