Capitulo 8

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April On
  Saí do hospital antes do Jackson, já que ele ainda tinha que checar em seus pacientes. Ainda bem, porque tive um problema terrivel. A casa estava uma bagunça. Brinquedos por todo lado, lixo por todo lado. E, claro, roupas por todo lado. Desde que o Alex começou a morar aqui, essa cara virou um lixeiro.
  As crianças estavam no quarto, então deixei elas lá para arrumar a casa. Jackson podia chegar a qualquer momento e a casa estaria uma zona. Zola, uma das crianças de Meredith, era a mais velha, então ela sabia impedir os bebês de fazer alguma coisa errada.
  Comecei a arrumar casa. Peguei as roupas de Alex e joguei em seu quarto. Se ele quisesse bagunçar, bagunçaria seu quarto. Catei os lixos e os brinquedos. Quando pensei que tinha acabado, vi uma mancha gigante no tapete. Quando cheguei mais perto, era xixi. Não acreditei.
  -Eu juro, que se não fosse as crianças da Meredith... -bati na minha boca logo depois que disse isso. -Desculpa Deus, nunca faria nenhum mal a uma criança, e nem a ninguém.
  Peguei as coisas de limpeza e comecei a esfregar o tapete. Aquela mancha não saía de jeito nenhum. O cheiro? talvez. Pensei até em colocar alguma coisa por cima, para disfarçar. Mas não fiz. Eu vou tirar essa mancha hoje ou eu não me chamo April Kepner.
  Fiquei muito tempo tentando tirar aquela mancha. Estava muito suada. Pulei de felicidade quanto terminei. Guardei as coisas de limpeza e sorri. Finalmente.
  Até que escuto alguém bater na porta. Merda. Fiquei tão focada naquela mancha que esqueci completamente de que o Jackson ia vim para cá. Eu estava uma bagunça. Impedi a casa de ficar uma bagunça mas acabei transferindo a bagunça para mim mesma.
  Abri a porta meio envergonhada.
  -Oi... -disse, sem olhar pra ele -Desculpa, estar nesse estado... É que, tinha uma mancha enorme no tapete e estava tentando tirar. Mas na verdade, não vejo o ponto de tirar a mancha se acabei te contando, então...
  -Tudo bem. Não precisa se desculpar, você ainda está linda.
  -Obrigada... -ai que eu olhei para ele. Ele estava sorrindo, como se realmente não importava, se eu estava suja ou não. Se eu estava descabelada ou não. Ele gostava de mim do jeito que eu sou. Não, espera. Ele não gostava de mim. -Desculpa, é... Pode entrar. Só promete que não vai -disse dando espaço para ele passar.
  Ele entra e olha em volta, como se estivesse avaliando a casa.
  -Bom... Fez um bom trabalho.
  -Você falou que não ia olhar! -digo batendo no seu braço de leve.
  -Ai! Não falei nada, eu só entrei -ele sorri, brincalhão.
  -Estou querendo tomar banho, mas acho que a gente precisa cuidar das crianças...
  -Pode ir, eu cuido delas.
  -Não... Acredite, você não vai conseguir cuidar deles sozinho.
  Alguém começou a chorar logo depois que falei isso. Comecei a subir as escadas e Jackson estava logo atras de mim. Entrei no quarto e vi que era Bailey. Balancei a cabeça em negação, e Jackson percebeu.
  -O que foi?
  -É o Bailey... Tenho um problema em fazer ele parar de chorar...
  -Ah, tudo bem então.
  Jackson entra no quarto e pega Bailey no colo. Balança ele de leve para acalmá-lo, o que acaba funcionando depois de um curto tempo. Não consegui conter meu sorriso, o que saiu bem grande. Ele viu e sorriu de volta. Colocou Bailey de volta no berço e saiu do quarto junto comigo.
  -Uau... Não sabia que você era tão bom com crianças assim... -digo fechando a porta.
  -Bom... Tem um monte de coisas que você não sabe sobre mim... -disse ele se aproximando.
  -Ah é? Tipo o que? -dessa vez não afasto, mas arqueio uma sobrancelha e cruzo os braços, ficando na defensiva.
  -Não sei, tipo... Como é o meu beijo... Você não sabe como é... -ele diz com o olhar fixado em meus lábios. Mordo o lábio inferior para mexer com ele. E parece que funcionou.
  Ele pega gentilmente a minha cintura e encosta seus lábios nos meus. Coloco meus braços em volta do seu pescoço e ele começa a me beijar. Senti um alívio tão grande, que pensei que ia cair. Felizmente, os braços de Jackson estavam me dando equilíbrio. Seu beijo era calmo, mas ao mesmo tempo quente. Só o fato de que queríamos fazer isso a semanas, fez ficar ainda mais quente. Mas só ficamos ali, aproveitando o momento, como se qualquer coisa iria atrapalhar a qualquer momento.
  Paramos o beijo por causa de falta de ar. Olhei pra ele e ele estava me olhando de um jeito que nunca ninguém tinha me olhado antes. Cheio de amor. Cheio de paixão.
  -Preciso... Preciso tomar banho. Eu... Estou fedendo, então...
  -Eu realmente não me importo. -sussurrou
  -Mas eu sim... -dou um selinho nele e entro no meu quarto, fechando a porta, encostando na mesma.
  Eu queria fazer aquilo faz muito tempo, e finalmente consegui. Sentir seus lábios nos meus, suas mãos na minha cintura... Foi surreal.
  Entrei no banheiro e tirei as minhas roupas, entrando no banho. Fiquei um tempinho debaixo do chuveiro, sentindo a água escorrer por minha pele. Até que sinto alguém me tocar.
  Levei um susto, mas não me movi. Sabia que era o toque do Jackson. Ele se aproxima e beija meu ombro, logo depois meu pescoço. Senti que ele estava sem roupa. Fiquei vermelha na hora, mas não me importei. O que importava, é que estava ali, eu e ele. Finalmente sozinhos.
  Ele me abraça por trás e deposita beijos em meu pescoço. Jogo a cabeça um pouco para o lado, para dar mais espaço. Me viro para ficar frente a frente. Ele me olha, e seu olhar era pura paixão. O brilho em seu olhar me fazia querer mais e mais. E aconteceu.
  Ele me beija de novo, mas dessa vez, não era calmo, e sim quente. Era feroz, como se sua vontade de me beijar não tivesse acalmado, e sim, aumentado. Acompanho seu ritmo no beijo e ele me pega pela cintura. Coloco minhas pernas em volta de sua cintura, e ele me encosta na parede.
  Ele para de me beijar para descer seus lábios até os meus seios. Solto um gemido baixo jogando a cabeça pra trás. Ele morde de leve um deles, logo depois volta a me beijar, no mesmo ritmo que antes. Se estava ficando mais feroz, eu não sei. Só sei que estava gostando. E muito.
  Não demorou muito para ele penetrar seu membro em mim. Soltei um gemido alto e mordi seu pescoço, em resposta a penetração.
  Enquanto o tempo ia passando, mais alto eu gemia. Ignorando totalmente o fato de ter crianças na casa. Estava me segurando, para aquele momento durar mais. Porque, para mim, duraria a noite toda. Mas não durou. Logo cheguei ao meu ápice, e gozei. Encosto minha cabeça em seu ombro, como se aquilo tivesse tirado todas as minhas energias.
  Transamos por mais muito tempo, até que fomos tomar banho. Juntos. Obviamente não deu muito certo, porque demos uma rapidinha novamente.
  Estava tão cansada que coloquei as crianças para dormir e fui dormir logo depois. Jackson dormiu do meu lado, e me peguei deitando minha cabeça em seu ombro. Dormimos assim mesmo. Aquela noite definitivamente iria para a lista de melhores noites do mundo.

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