Capítulo 10

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          Assim que estacionei o carro e desci foi inevitável não parar e olhar para a mansão, e não tive lembraças felizes.

Porque nessa casa nunca fui feliz, aliás fui humilhada, estuprada e monte de coisas mais e para mim, Cristopher me trazer de volta aqui estava sendo uma experiência ruim, literalmente.

Me aproximei e toquei a campainha imaginando que Paula a antiga empregada e minha amiga viesse abrir a porta, mais não aconteceu não foi ela quem abriu a porta para mim.

Era ele, de uma forma diferente, não era o Cristopher Alundra mas sim era apenas o Cris, acho eu. Suas roupas eram simples.

—  Bem vinda a casa - Ele sorriu para mim e eu não sorri de volta apenas fiz que sim e ele deixou espaço para eu entrar.

Olhei para a sala e ela era a mesma, luxuosa como sempre.

— Fique a vontade, quer beber algo? Um suco? Eu sei que você não consome álcool. – Me admirei pelo facto de ele lembrar desta particularidade minha.

— Pode ser uma água.
— Certo, vá para a sala de jantar que eu vou pedir a água para a Paula.

— Senhor Alundra se não for incomodo eu gostaria de falar com a Paula – E antes que ele falasse algo Paula surgiu na sala, uma Paula um pouquinho mais velha mais ainda com o mesmo sorriso.

— Oh meu Deus, minha menina – Falou me abraçando com vontade — Que saudades.

— Paula – desfiz o nosso abraço — Como está você Paula?

— Bem querida, temos tanto para falar.

— É Paula – Cristopher se pronunciou — Mais a senhora e eu temos assuntos para tratar, por favor traga o jantar e um copo com água para a senhora.

Que grosso esse homem

— Sim senhor – falou ela saindo mais antes sorriu para mim

— Me acompanhe senhora – falou e eu o segui.

Já estavamos na sala de jantar e nenhuma palavra foi dita

— Então pensou na proposta? – Perguntei e ele levou os olhos até mim

— Sim, mais ainda não é momento de falar vamos jantar e depois te falo a minha resposta.

Falou fazendo com que o meu sangue fervesse

— Está certo.

Pouco tempo depois Paula serviu o jantar e começamos a comer

— Então... – começou ele — Depois de usar sua amiga, agora o Swart quer você? Querida isso não seria muita sacanagem? – Perguntou e eu tive que me controlar para não engasgar

— Meus assuntos pessoais não lhe dizem respeito senhor Cristopher Alundra – Fui grossa

— Eu sei mais deu pra notar que aquele sujeito te quer e isso não está certo ele ficar com sua amiga e depois querer o mesmo com você.

— E desde quando você se tornou tão certinho, Cristopher?

Perguntei e ele sorriu de lado, foi quando percebi que ele não iria falar mais nada

— Já percebi, você acha que só você tem direito de machucar as mulheres não é? – coloquei Cristopher contra a parede

— Melhor parar com essa conversa, esposa digo senhora. – ele me chamou de esposa como nós velhos tempos

Depois do jantar fomos até o escritório e lá Cristopher ficou brincando com um lápis enquanto eu o fitava esperando respostas.

— Alundra, eu tenho coisas para fazer preciso ir mais me dê logo sua resposta pare de suspense.

Cristopher não dizia nada mais ainda assim também não me deixava ir, ele só me queria ali mesmo sem dizer nenhuma palavra.

— É sim, minha resposta é sim – falou me olhando no fundo dos olhos e eu tive que desviar o olhar.

Com esse sim muita coisa mudaria, significava que eu teria que passar muito tempo com ele e quanto a isso eu teria que fazer uma preparação psicológica para mim mesma.

— Obrigada – Me levantei e estendi a mão para ele que antes de a apertar olhou para minha mão receoso e só depois se levantou e a apertou

— Agora preciso ir. Depois conversamos sobre as assinaturas com nossos advogados.  – Falei caminhando até a porta

Cristopher caminhou rapidamente até a porta e me impediu de a abrir , colocando sua mão por cima da minha mão que por sua vez estava segurando a maçaneta.

Eu podia sentir seu perfume e isso causou - me  calafrio. Muito calafrio.

Cristopher não falou nada nem eu falei minhas palavras haviam se perdido no espaço entre o cérebro e a boca.

A mão dele ainda estava sobre a minha, suas mãos eram macias  e seus olhos estavam sobre os meus queimando a minha pele.

Cristopher era lamentavelmente bonito... Digo, lindo, muito lindo.

Eu senti ele se aproximar de mim e eu pateticamente não consegui me mover do meu lugar, e ele deu mais um passo e mais um e a boba aqui não fazia nada e meu coração ele batia tanto, tanto que acho que até Cristopher o poderia ouvir e quando ele chegou muito perto de mim por uns segundos me olhou e voltou atrás

— Boa noite, senhora. – Falou e deu seu típico sorriso de lado o que me fez parecer uma boba

Eu achei que ele me beijaria e não que eu queria o beijo, bom eu não queria que ele me beijasse mais foi meio que frustrante nem sei explicar

Eu na verdade queria sim que ele me beijasse e quando ele estivesse prestes a fazer eu o impediria para que ele ficasse sabendo quem está no controle. Eu.

— Boa noite – Falei saíndo dali.

Caminhei a passos largos dali só queria deixar aquela casa rapidamente, era urgente e quando ia sair ouvi a voz de Paula me chamar, eu era muito boa a reconhecer vozes. Felizmente.

— Querida leve o meu número para nos encontrarmos um dia desses, se não for incomodar – Sorriu meio desajeitada.

— Você nunca vai me incomodar, Paula. — Falei recebendo o bilhete — Eu ligarei para você.

— Obrigada minha menina.
— Eu que agradeço, Paula.

Falei e depois a abraçei fortemente. Ela cuidou de mim quando eu estava ali e isso nunca vou esquecer, nunca.

_______❤

Quando cheguei em casa encontrei Mari e Nathan no sofá dormindo, a TV estava ligada e advinha o que estava apresentando? Frozen.

Desliguei a TV, acordei a Mari para ir para cama e carreguei Nathan para leva - lo para cama, hoje ele dormiria comigo no meu quarto.

_______❤

Não gosto da palavra nunca quando se trata de você dizerNunca mais me procure. Mais gosto do nunca se você dizernunca me deixe mais._ Hellen

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Voltamos brevemente.

A autora.

(2)Aliança De Amor [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora