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Victor Santiago

-Fique aqui com ele. Logo venho meu filho. - minha mãe diz e Amber chega se ajoelhando ao meu lado.

-Venha, sente na cama, está muito frio esse chão. - Amber pega no meu braço e eu me afasto negando, querendo está alí no chão. Era pra eu ter morrido no lugar de George, não ele. -Victor Santiago, eu não vou ficar insistindo, então pode levantando, agora! - diz mandona e eu olho para ela que agora está de pé com a mão na cintura.

-Não era pra você está me consolando? - pergunto e ela rir balançando a cabeça em negação.

-Sabia que você é dramático demais. Levanta logo, vamos. - manda e assim faço me sentando na cama porém olho para todos os lados certificando que ele não está alí. -Ninguém está aqui Victor, apenas nós. Agora conte-me, o que houve? Pelo que lembre, de manhã você estava excelente.

-Você sabe que odeio conversar. - digo e ela revira os olhos fazendo o coque no cabelo.

-Você sabe que amo conversar. Agora vamos, se abre. Sabe que pode confiar em mim.

-Ruby está aqui e ainda por cima com Erik. Ele a pediu em casamento e a desgraça ainda aceitou sabendo que eu estava vendo, sabendo que eu a amo Amber. Ela está ferrando comigo, sem saber que eu já estou ferrado. - me exalto e quando vou ver ela está com olhos arregalados e mais uma vez passei dos limites.

-Sim... agora porque você não conta o que está acontecendo com você para ela? Tenho certeza que está havendo uma grande confusão e vocês vão se machucar se não falarem desse sentimento.

-Eu não consigo Amber... não consigo. Expor isso para meus pais foi difícil mais não tive jeito pois eu moro com eles, e eles sabem como estou, já você é minha psicóloga, e se eu não contasse minha mãe disse que contaria para meu avô, e sabe se sei lá o que poderia acontecer comigo. Eu poderia ser zoado Amber, por ter ficado traumático por uma simples "morte" para as pessoas que já enfrentaram coisas piores. - falo realmente como sinto e ela bufa andando de um lado para outro.

-O problema da maioria dos meus pacientes são esses, já que os únicos que tenho são da máfia. É vocês não se abrirem, não falarem o que sente porque a maioria de vocês pensam no que os outros vão achar, mais vocês esquecem que a vida é de vocês e não dos outros. Caramba Victor! Sabe quem é você? - pergunta e eu assinto balaçando a cabeça para o óbvio. -Se soubesse realmente quem você é, não estaria se escondendo desse jeito, ficando só entre essas quatros paredes, ficando em oculto do mundo. Poxa Victor eu esperava mais! - exclama e eu fico surpreso pela sua irritação, pois eu achava que todos os psicólogas eram calmos... Até agora.

-Sim Amber, agora quem eu sou?

-Tenho mesmo que dizer tudo? Por isso os homens são chamados de idiotas, por causa disso, dessas perguntas idiotas. - fala e se ajoelha a minha frente fazendo-me olhar para ela atentamente. -Victor você é neto de Alex Santiago um dos líderes mais aclamados dessa máfia. Você tem um pai que é adorado por todos, pois já passou por mais guerras que ele pôde contar. E você é um dos sucessor dessa máfia! Tem noção disso tudo? Não que você tem que olhar apenas para o poder, mais olhe tudo em sua volta e se permita ver o quanto você está perdendo sua vida, por está aqui atrás de seus pais. Faça sua história Victor, você pode, você consegue. Eu não te falaria isso tudo, se eu não soubesse que você poderia.

Respiro fundo, e pela primeira vez me permito enchergar na realidade que estou vivendo e o quanto ela tem razão. Minha vida está passando e eu estou apenas me focando no trauma. George era sim meu amigo, um irmão para mim, mais ele se foi e eu fiquei. Foi uma tragédia? Sim. Mais ele não gostaria nada em saber que estou vivendo assim. Não gostaria mesmo.

-Você tem razão Amber. Obrigada por me fazer lembrar quem eu sou de verdade. Me espere aqui, iremos dá uma saída estou cheio de ficar aqui. - digo e ela sorrir quando dou um beijo em sua testa. Amber para mim tem sido muito mais que uma psicóloga, e sim uma irmã com quem posso contar sempre.

Parto para o banheiro, e tomo uma ducha gelada para eu animar os animos. Faço minha barba que estava enorme por vários dias não aparar. Visto um terno azul marinho sobre medida, com uma blusa social branca. Coloco meus sapatos que veio diretamente da Itália o qual ganhei de presente de Ruby, e pentio meus cabelos vendo realmente como eu estava muito melhor depois da conversa de Amber. Volto para o quarto e ela está sentada na cama.

-O que acha de irmos a um restaurante? Conheço um muito bom. Cansei daqui. - digo e ela se levanta assentido.

-Já estava na hora de me convidar para almoçar. - brinca e eu rio com seu divertimento da situação.

Descemos as escadas rindo a como muito tempo eu não fazia encontrando todos na sala, até mesmo o infeliz. Porém eu não faço cara de raiva, e nem de ódio mesmo que isso esteja me consumindo. Eu apenas coloco o meu maior sorriso, sabendo que sairei vitorioso dessa guerra. Ele pode até mesmo ter feito convite mais quem vai levá-la ao altar será eu.

-Mãe irei almoçar com Amber, avisa meu pai que passarei na sede. Não tenho hora para voltar. - aviso indo até ela, e beijo sua testa que me olha sem entender nada.

-Se cuida, qualquer coisa pode me ligar. - avisa e eu assinto me odiando por ter dado tanto trabalho.

-Estou bem. Amo a senhora. - falo e caminho com Amber até a porta dando uma última olhada em Ruby que nos matava só com o olhar dela. Dou uma piscadela e ela olha para Erik para desfaçar que não estava mexida ao me ver. Amo essa mulher!

Entramos no Audi, e saímos pelo volante ao som de Bruno Mars - That's What I Like. Abro as janelas e deixo os vento frio entrar enquanto cantávamos em plenos pulmões a musicá dele. Parei em frente ao restaurante Park Chinos, que é de culinária japonesa o qual seu gostei, pois ele tem segredos que só, quem vive no submundo sabe.

Dei a chave a manobrista e entramos sendo guiado pelo Mestre que mais tremia ao me ver que dava até vontade de rir de tanto que ele gaguejava.

-Se acomode bem senhor. Será por conta da casa. - ele disse e saiu quase que correndo fazendo Amber gargalhar.

-Isso foi engraçado, perdão. - pede olhando tudo em volta, e eu me lembro quando eu trazia Ruby aqui, e ficávamos até de manhã curtido no subsolo. -Fiz algo?

-Não, apenas lembranças boa. - falo e ela sorrir pegando o celular.

A nossa comida rapidamente chegou, comemos tudo falando de nossas viagens que já fizemos na vida. Logo saímos, e caminhamos pela calçada um do lado do outro olhando para o chão.

-Gostei do nosso dia. A muito tempo que eu não ria assim. - confessa mais eu paro de imediato sentindo alguém me observando.

-Amber fica atrás de mim. - peço e assim ela faz colocando um expressão confusa.

Olho para todos os lados, e sinto alguém tocar meu braço. Me viro rápido e é um menino, que me entrega um papel. Pego e ele sai correndo, entrando em um beco. Abro, e o que eu leio não é nada agradável.

"Estamos de volta, e você pagará caro."

*

***
Nota da autora:
Olá babys 🍭
Tudo bom? Espero que sim.

Acordei 06:00 apenas para escrever esse capítulo para vocês, então pode me agradecer no comentários... brinks mais se quiser eu vou adorar 😁
Temos segredos vindo aí...
Vote e deixe sua opinião. Bjs 😘😘


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