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Dias melhores estão por vir

— Papai? – Soya bufou enquanto colocava as últimas caixas de brinquedos do seu quarto na van.

— Sim, querida? – Jungkook se ajoelhou para que ele tivesse a mesma altura que sua filha de seis anos de idade. O frio fazia com que a ponta de seu nariz pequeno ficasse mais vermelho do que já era de costume.

— Papai Noel será capaz de nos encontrar em nossa nova casa? – seu lábio inferior se projetou. Claramente, essa era uma grande preocupação para ela.

— Não se preocupe, pequena. – disse Jungkook com um sorriso, pegando-a e colocando gentilmente seu chapéu de coelho em sua cabeça. — Eu vou ligar para ele quando chegarmos a nossa nova casa, só para você. Eu não tenho nenhuma preocupação sobre ele encontrar você. – ele beijou sua testa, apenas onde sua franja escura caía em seus olhos, ela deu a ele uma risadinha encantada e plantou um beijo no mesmo lugar nele.

— Podemos ouvir música natalina no carro? E você pode colocar a faixa rosa no seu cabelo? Você prometeu. – Jungkook soltou uma risada afetuosa.

— Sim, Soy. Tudo bem. Só para você. – ele a colocou no chão para que ela pudesse subir no banco de trás, tirou o objeto que estava em seu pulso e o pôs, organizando sua franja para o lado. Soya sorriu ao ver seu pai com sua faixa favorita, com glitters e coroas no qual ela mesma enfeitou.

Ele deu um último e desapontado olhar para a casa em que estavam saindo e entrou no carro. Embora Jungkook e seu ex-marido Dong Gu, tivessem se separado por quase um ano agora, ele ainda estava triste com a coisa toda.

Dong Gu se recusou a assinar os papéis do divórcio mesmo quando Jungkook o encontrou o traindo, e Jeon só ficou na casa com ele porque ele tinha notado que estava negligenciando Soya.

Felizmente, depois de quase um ano de constantes brigas, ele assinou os papéis, e quase menos de 24 horas depois, já estava indo embora daquele inferno com sua filha.

— E os sinos, papai? – Soy pressionou, e ele imaginou que já estava olhando para nada por uns bons minutos.

— Desculpe, amor, aqui estão.

A corda auxiliar era um pouco desajeitada, uma ponta dela tinha a forma de um cachorro e a outro era um osso, e Soy adorava, então Jungkook continuava até que não funcionasse mais. Soya soltou um grito de alegria e cantou alto enquanto seu pai percorria a rua.

— Quanto tempo demora para chegarmos a Busan, papai? – perguntou algum tempo depois, mastigando ruidosamente um punhado de pretzels.

— Algumas horas. – respondeu Jungkook honestamente.

Eles moravam em Kusong, mas Jeon era originalmente de Busan, e foi o primeiro lugar que ele pensou ir quando foi embora.

— Teremos que dormir em um hotel por uma noite.

— Posso levar meu stuffie para o hotel? – Soy parecia preocupada, como se pinguins de pelúcia não fossem permitidos em hotéis ou algo do tipo.

— Suponho que sim. – disse Jeon com um sorriso. — Se você se comportar.

— Eu sempre me comporto bem. – sorriu.

— Eu sei que sim, baixinha.

❅

— Não vá, por favor. – implorou Jimin, ele sabia que isso era patético, que o que quer que ele e Lee Chi tivessem, estava chegando ao fim, mas ele precisava que ele ficasse. — Por favor. Não me faça ficar sozinho no natal. – o garoto o olhou, realmente parecia triste.

— Jimin, você sabe que eu me importo com você, mas eu não posso ficar. – ele começou a arrumar suas coisas e acendeu um cigarro na boca.

— Você não pode fumar aqui! – gritou.

O síndico do condomínio já estava zangado com o cheiro óbvio de erva daninha deixado no apartamento, e ter o lugar fedido de cigarros não ajudaria exatamente.

— É isso que eu quero dizer. – Lee disse zangado, mas apagou o cigarro no cinzeiro de qualquer maneira. — Você está sempre reclamando, Jimin! – os olhos de Park se encheram de lágrimas.

— Eu sinto muito... – ele disse fracamente. — Mas, por favor, fique só até o natal. – ele não suportava passar as férias sozinho de novo, Lee deu-lhe um pequeno sorriso.

— Você é uma boa foda, Jimin, mas não o tipo de pessoa com quem eu passaria as férias. Me desculpe. – ele bagunçou suas mechas loiras, Jimin prendeu a respiração. Ele podia sentir o estrondo acontecendo lá dentro de si, porque eles se conheceram há três anos e ele estava apaixonado por Lee todo esse tempo, parou e só respirou fundo, ofegante quando não aguentou mais, e depois que Lee saiu, acabou por chorar em sua cama por uma hora.

Quando terminou seus olhos estavam doloridos, ele deitou de costas, porque sabia que não podia mais viver assim.

— Dias melhores estão por vir. – ele sussurrou para si mesmo, cansado, com seus olhos inchados se fechando lentamente. — Dias melhores estão por vir, dias melhores estão por vir, dias melhores estão por vir.