Namorados & Namoradas

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Um par de minutos depois, Jimin se afastou do beijo, suas bochechas estavam rosadas. Ele timidamente brincava com a bainha da camisa que estava usando, incapaz de olhar nos olhos de Jungkook.

— Ei... – Jungkook disse gentilmente, colocando uma mão na bochecha rosada de Jimin. — Estava tudo bem? – Jimin acenou timidamente, ainda mordendo o lábio inferior. Então, do nada, ele solta uma gargalhada encantada e abraça Jeon pela cintura.

— O que foi isso? – perguntou, com uma risada, abraçando Jimin de volta, ele não podia deixar de pensar que ele se encaixava perfeitamente em seus braços, ele não queria deixa-lo ir.

— Você deu um soco no Lee Chi! – Park soltou uma gargalhada de novo, o que fez com que Jungkook sorrisse.

— Sim, eu dei. Me desculpe. Soou como se ele merecesse, no entanto... – na menção do soco, Jungkook percebeu que sua mão realmente doía. Quando olhara para baixo, os nós dos dedos estavam divididos e sangrando. — Aish. – ele murmurou. Jimin o puxou para fora do abraço para ver por que Jeon havia dito isso, acabara por soltar um suspiro ao ver o estado de sua mão.

— Dói? – Jungkook estremeceu quando Jimin tocou.

— Uh, sim. Um pouco. – ele estava mentindo, claro; doía como o inferno, e quando ele olhara para baixo mais uma vez, um dos nós dos dedos estava inchando e ficando roxo.

— Hum... Talvez devêssemos ir ao hospital. – disse Jimin, um pouco preocupado. Jungkook começou a discordar, mas Jimin apenas revirou os olhos e ajudou uma Soya grogue a entrar no carro.

— Papai está bem? – Soya perguntou em lágrimas de onde ela estava empoleirada no colo de Jimin. Ele correu suavemente sua mão para cima e para baixo em sua espinha.

— Sim, Soy-Soy, seu pai vai ficar bem. – Jimin garantiu gentilmente. Ela fungou e inclinou a cabeça contra o ombro do mais velho, Jimin soltou um pequeno sorriso e acariciou seu cabelo.

— Você gosta do meu papai... Não é? – Soy perguntou calmamente.

— Eu... – Jimin não sabia como responder isso, ele não sabia o que Jungkook gostaria que ele dissesse. — É complicado, Soy.

— Não, não é. – franziu a testa, sentando-se. — Você gosta dele. Eu sei que você gosta, porque você está agindo como eu agi com a Ji Ah.

— Ji Ah? – a olhou confuso. — Do que você está falando?

— Ji Ah foi minha namorada! – Soy disse isso irritadamente, como se fosse óbvio. — Assim como meu papai é seu namorado!

— Seu pai não é meu namorado!

— Sim, ele é!

A garotinha estava genuinamente chateada, e quando Jungkook saiu do quarto do hospital, envolto em gaze, Soy soltou um soluço frustrado. Ela saiu do colo de Park e enterrou o rosto na frente da camiseta de Jungkook.

— Ei, baixinha, o que está acontecendo? – perguntou, confuso, tentando desajeitadamente pegar sua filha usando apenas uma mão. — O que aconteceu? – ele perguntou a Jimin, porque Soya estava apenas chorando tempestuosamente na gola de sua camisa. Jimin passou a mão pelos cabelos.

— Ela estava... Nós...

— Ele disse que não é seu namorado. – Soy disse em uma voz rouca, olhos um pouco inchados e úmidos e cabelos riscados no rosto. — Ele está mentindo e eu não gosto de mentirosos, papai.

— Oh. – Jungkook ajustou Soy em seu quadril, e seu olhar cintilou em Jimin. Culpa estava escrita em todo o seu rosto. — Passarinho, ele não está mentindo, ele não é meu namorado. – ele disse para Soy, mas seu olhar estava em Jimin. — Ainda. – as sobrancelhas de Park se levantaram, e então seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso.

— Mas eu vi vocês se beijando. – disse, confusa. — Você pensou que eu estava dormindo. Você só pode beijar seu namorado! – Jungkook riu enquanto as bochechas de Jimin ficavam rosadas.

Você só pode beijar seu namorado, ou namorada. – Jungkook disse, cutucando a barriga pequena de Soya. — Eu, por outro lado, posso beijar quem eu quiser. – Soy enrugou o nariz.

— Isso não é justo! – Jimin balançou a cabeça, pegando a mão de Jungkook quando ele a oferecou enquanto saíam.

— Bem, eu sou um adulto – disse, ele ainda estava sorrindo para Jimin. — É justo para mim.

Algumas horas depois, Park estava lendo na cama quando alguém batera em sua porta. Por um minuto, houve um medo terrível e aterrorizante de que fosse Lee Chi, mas quando ele olhou pelo olho mágico, Jungkook estava parado do outro lado da porta.

— Oi. – Jimin disse suavemente, sorrindo enquanto ele puxou a porta aberta.

— Olá. – a voz de Jungkook estava suave, e seus olhos percorriam o rosto de Jimin, o olhando com carinho. — Uh, eu tenho uma babá.

— Okay...? – Jimin disse, um riso em sua voz, confuso. Jeon sorriu, mordendo o lábio por um segundo. Suas covinhas estavam aparecendo.

— Uh, você gostaria de sair comigo?

— Espera. – Jungkook o olhou. — Deixe-me pegar meu casaco.

— Está congelando. – disse Jimin, mas não de uma forma ruim, meio que envolvia prazer em suas palavras. Ele usava um gorro rosa, e Jungkook não conseguia parar de sorrir. — Onde você conseguiu uma caminhonete?

— Meu irmão. – admitiu. — Hoseok é estranho. – isso faz com Jimin sorrisse.

— Eu aposto que eu iria gostar dele. Meu irmão é estranho também.

— Você tem um irmão? – Jungkook perguntou, suas sobrancelhas estavam levantadas. Jimin acenou com a cabeça.

— O nome dele é Seokjin. Talvez você o encontre algum dia. – Jungkook sorriu.

Ambos se mantiveram em silêncio até chegarem ao destino.

— Oh, meu Deus. – Jimin sussurrou.

Jungkook estacionou na entrada de uma faixa de luzes natalinas. Eles estavam iluminados em várias formas e cores, Jimin soltou um suspiro quieto e satisfeito.

— Como você-

— Eu vi o quanto você estava animado sobre as árvores de natal. – Jungkook disse baixinho, esfregando a mão na minúscula de Jimin. — Eu pensei que talvez você fosse se divertir com isso. – ele saiu da caminhonete e espalhou um cobertor nas costas. Jimin riu quando se sentou no cobertor em frente a Jungkook e aceitou uma caneca de chá que Jungkook entregou a ele.

— Isso é lindo. – ele disse suavemente. — Obrigado. – Jeon apenas piscou de volta, e então, com um pequeno sorriso, ele disse.

— Você olharia para aquilo? – Jimin olhara para cima para ver o visco pendurado acima deles, ligado a um fio preso na cabine da caminhonete.

— Você é uma seiva¹. – ele disse, mas estava sorrindo. Jungkook também estava sorrindo.

— Eu recebo um beijo ou o que?

E sim. Ele recebe.

····

¹: sentido figurado para energia.

foi um trocadilho. 👐🏻

icicle » jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora