CD's

19.1K 2.6K 641
                                    

— Papai! – Soya gritou deliciada, contorcendo-se para sair do colo de Hoseok para correr até seu pai. O casaco dele estava frio contra a bochecha dela quando ela o abraçou, e ele cheirava as ruas lá fora. — Você saiu!

— Eu sei, Soy. Eu sinto muito. – ele a pegou, e como de costume a colocou em seu quadril.

— Eu ainda estou brava com você. – ela bufou, mas seus dedos emaranham-se no cabelo de Jungkook, quase como se ela tivesse que se assegurar que ele realmente estava lá.

— Sinto muito. – ele disse de novo, e beija a ponta do nariz dela. — Acho que precisamos levá-la de volta para a cama. Está tarde.

— Tudo bem. – bufou mais uma vez. Soya encostou a cabeça no ombro de Jungkook, e enquanto ele caminhou por Hoseok, ele carinhosamente passou a mão pelo cabelo de seu irmão, um silencioso obrigado. Hoseok apenas deu um aperto na mão de Jungkook e tentou consertar seu cabelo.

— Durma bem, Soy-Soy. – a voz de Jungkook soou como uma canção suave, Soy teimosamente rolou para o lado, olhando para Jungkook com os olhos sem piscar.

— Você não vai sair de novo, certo? – perguntou, a voz tremida.

— Não, passarinho. Eu não vou a lugar nenhum. – ela segurou a mão de seu pai, sem soltar-se enquanto adormece. Jungkook teve um pouco de dificuldade tentando libertar sua mão sem acordá-la. Ele conseguiu, porém, quando já estava voltando para a cozinha, Jimin estava puxando o casaco. — Você está indo embora? – Jeon perguntou a ele, embora não devesse ficar surpreso.

— Sim. – Jimin lhe deu um sorriso triste. — Eu só... – ele deu de ombros, e Jungkook assentiu. Ele não sabia o que dizer.

— Okay. Eu, você... Te vejo por aí? – o sorriso de Jimin ainda era triste. Jungkook não sabia o que fazer.

— Talvez. – foi tudo o que ele disse, e depois saiu pela porta.

Jimin se sentou na cama e chorou quando chegou em casa. Ele respirou fundo e ligou para Lee.

Jungkook e Soya ficaram na cama todo o dia de natal depois do ocorrido. Hoseok ainda estava no apartamento, e certificou-se de que os dois estavam alimentados, no mínimo. Jungkook não queria se mexer, e Soya só queria ficar ao seu lado. Então Hoseok os deixou assim, checando-os a cada poucas horas.

— Eu pensei que você nunca mais queria ver meu maldito rosto. – Lee disse em saudação.

— Eu não. – responde Jimin. — Eu só queria dizer que sinto muito. – isso choca Lee, que fica em silêncio por um minuto.

— Você quer dizer que sente muito?

— Sim. Eu queria que você me amasse, e acabei falando algumas coisas que eu não deveria ter dito. – Jimin respirou fundo e profundamente. Era difícil para ele. — Então, Lee, me desculpe.

— Jimin, eu... – o garoto parecia tão surpreso e satisfeito também. — Eu sinto muito também. Eu sinto muito pelo que eu disse. Você é tão digno de amor. Você é a pessoa mais adorável que eu já conheci. – isso fez com que Jimin sorrisse.

— Tenha uma boa vida, Lee.

— Você também. – ele não precisava de Lee Chi para dizer isso a ele, no entanto. Ele sabia.

No dia seguinte, as forças de Hoseok saem da cama. Soya segue-o onde quer que ele vá, agarrando-se à sua mão. Hoseok teve que literalmente afastá-la de Jungkook para que ele pudesse tomar um banho. 

— Papai Noel nem mesmo me trouxe o que eu queria. – Soya resmungou, com a voz abafada porque seu rosto estava esmagado no peito de Jungkook.

— E o que você pediu? – Jungkook perguntou, se animando um pouco. Ele estava triste, é claro, mas se houvesse uma maneira de melhorar o dia de Soya, ele aceitaria.

— Eu queria que você e o Jimin fossem felizes juntos. – ela lamentou. — É minha culpa que você não é!

— Não, não é Soy. Não é. – ele disse uma segunda vez, com mais firmeza, querendo que a garotinha não se sentisse culpada.

— É minha culpa. – Soya apenas cantarolou incrédula, inclinando a cabeça para trás contra o peito de seu pai.

— Você quer fazer um bolo? – Jungkook pergunta de repente, aleatoriamente. Ele não sabia por quê, mas ele estava de um jeito espontâneo. A coisa mais espontânea que ele podia fazer com uma criança de seis anos era fazer sobremesas aleatórias, e é isso que ele queria fazer.

— Sim! – ela aplaudiu, ambos tão surpresos, mas ansiosos quanto Jungkook.

Assim que eles acabaram de adicionar os ingredientes na batedeira a campainha tocou.

— Oi. – Jimin murmurou quando Jungkook abriu a porta. Jungkook tinha um pouco de massa em sua bochecha e ele ainda parecia bonito como o inferno.

— Jimin. – ele disse de volta. Soya trilhou atrás dele, inclinando a bochecha contra o quadril de Jungkook.

— Oi, Soy. – Jimin disse, e Soya acenou em resposta. — Jungkook, eu tenho algo para você.

— Tudo bem. – disse. — Jimin, eu-

— Espere. – Jimin tinha que fazer isso. Ele tinha que fazer isso antes de Jungkook dizer o que ele tem a dizer, antes de mandar ele ir. Jimin caiu de joelhos, sua saia subindo em suas coxas, Jungkook não tinha percebido que ele havia trazido algo com ele. — Aqui. – as mãos de Jimin tocaram uma pilha de CDs.

— O que...? – Jungkook perguntou, mas seus lábios se ergueram enquanto ele os folheava. — As pessoas ainda fazem CDs?

— Eu faço. – Jimin riu de volta, e o sorriso de Jungkook era tão afeiçoado que fazia com que o estômago de Jimin doesse.

O CD era em um tom branco em termos de capa, mas Jimin havia escrito 'eu te amo tanto mas eu sou muito ruim com palavras' nele, com vários pequenos desenhos em volta.

— Eles não são todos 'eu te amo', playlists. – explicou timidamente. — Eu não tinha certeza do que estava sentindo. Então alguns são como 'eu gosto tanto de você o que está acontecendo' e eu acho que até chamei um 'tudo sobre você é bonito'. – Jungkook não conseguia parar de sorrir.

— Você me ama. – ele disse lentamente.

— Como eu não amaria? – Jimin disse de volta. — Eu sinto muito. Eu tive que descobrir algumas coisas. Quando você disse que me amava, eu fui pego de surpresa.

— Isso não importa. Você me ama. – Jungkook disse com uma risada. Suas mãos circundavam a cintura de Jimin, e uma vez que ele o beijou, ele não conseguiu parar. Soya riu murmurando um "ew", mas na realidade, ela não poderia estar mais feliz. — Eu também te amo, a propósito.

— Eu sei. – Jimin sorriu, suas bochechas estavam rosadas de tanto serem beijadas.

Ele estava tão apaixonado e estava tão feliz por estar.

···

é isso. chegamos ao fim, obrigada por terem acompanhado a história! amo vocês :)

icicle » jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora